Será que resulta?
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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW
Mas...quando não se lê o que se quer e o que se ouve é um murmúrio saudosista, que outro remédio senão o de dizermos o que não lemos e de escrevermos o que gostaríamos de ouvir?,Quid Novi?
Publicada por amok_she à(s) 10/30/2005 10:25:00 da manhã
14 comentários:
Como eu já tinha posto comentários sem serem gémeos, fiquei satisfeito de vc ter reparado no subliminar.
hummmmm...temos um macho sensível, é???;-)
...escolheu foi mal o post...
Agora sobre o seu post. Julgo que não resultam. O dia a dia demonstram-no. E julgo que as sociedades, ditas, ocidentais estão cada vez menos solidárias. Se observarmos que em relação aos vizinhos se é tão pouco solidário, pode-se calcular o resto. O pior ainda não é a falta de solidariedade, mas a indiferença. Essa esmaga qualquer iniciativa para se contrariar a degradação de algumas sociedades.
Os choques das imagens não mudam nada porque são mais e mais slogans que nos invadem a placidez - para avançarmos com generosidade e disponibilidade interior temos que ser muito desalojados e pouco apaparicados ... desde o berço - ou o contrário, temos que romper o enjoo da fartura e do privilégio com ondas de vómitos enfurecidos.
O pior ainda não é a falta de solidariedade, mas a indiferença.
...afinal, sempre nos entendemos de algum modo...uffffaaa!;-)
...é aí q está o grande podre deste nosso viver...um podre gerado por uma sociedade de consumo, onde só o lucro tem valor sobre todas as vertentes humanas...a partir daí...pouco haverá a fazer q ñ sejam pequenas gotas - de revolta, de raiva, de frustração e impotência - num oceano de alheamento egoista...
(...)temos que romper o enjoo da fartura e do privilégio com ondas de vómitos enfurecidos.
...essa é, tb, uma outra vertente da coisa...vómitos...ou bombas!?...o melhor, se calhar, era mesmo rebentar com tudo e começar de novo...
ah, mas o Prof Agostinho da Silva é um caso aparte - único! - na nossa história filosófico-literária...e cada único é...irrepetível!
Realmente as imagens já não chocam. Continuamos impávidos e serenos deste lado do écran (do lado oposto daquele).
Boa noite para si
Há uns estudos engraçados sobre mudança de atitudes que levam a crer que as imagens de choque têm um efeito ou nulo ou contrário ao pretendido, porque perante o horror as pessoas tendem ou a esquecer ou a proteger-se (às vezes por negação ou revolta) (d)aquilo que vêm.
Maite
Td o q é demais cria habituação e... insensibilidade ao efeito inicial... e com todos os horrores q nos entram pela casa(olhos) dentro - por via da caixinha dos infernos! - horrores q mal se distinguem se reais, se ficcionados...se dolorosos, se fantasiados...começa a ficar difícil manter a sensibilidade activa...para o que realmente interessa...
Lia C said...
(...)porque perante o horror as pessoas tendem ou a esquecer ou a proteger-se (às vezes por negação ou revolta) (d)aquilo que vêm.
...negar, ou esquecer...é a auto-defesa dum mínimo de sanidade mental q se precisa para ir levando esta vidinha prá frente...
...só ñ sei - na maior parte das vezes - se valerá a pena...uma coisa e outra...
...só ñ sei - na maior parte das vezes - se valerá a pena...uma coisa e outra...
eu acho que a questão não se põe em termos de "valer a pena" negar ou esquecer o horror para levar a vidinha para a frente, como dizes (ou como eu entendi)... provavelmente, por mais que te esforces, tu não esqueces nem negas que ele existe, como eu não esqueço nem nego (penso até que é ilegítimo tentar tal coisa) - portanto torna-se quase inevitável que conheças essa realidade. O que me incomoda nesse conhecimento é a sensação de completa impotência para mudar isso, ou para agir de forma minimamente eficaz. Não me adianta nada saber que há crianças a morrer de fome se não puder fazer algo, e muitas vezes (a maior parte delas) não sei o que posso fazer... por isso levo a vidinha para a frente com um grande pesar cá dentro.
"(...)por isso levo a vidinha para a frente com um grande pesar cá dentro."
...pois!:-(
A solidão corroi-me cá dentro de mim já não sei se viver se morrer.
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