31/10/07

(...)
A tua voz sossega-me... Sossega em mim o desejo de partir e de te
procurar...Sossega em mim a loucura de me afundar no nosso rio e de te
procurar no profundo azul sabendo que a viagem seria sem retorno...
"Nos teus braços morreria" e na tua boca reviveria o sonho impossível
de tudo desconstruir tendo-te...Na tua voz recordo teus olhos marejados pela injustiça da incompreensão do que nos rodeia...Na tua voz revivo os sons de um amor eterno e puro que ninguém mais viverá porque nosso...
Porém, no silêncio da tua voz sinto o brilho dos meus olhos e no brilho dos meus olhos sinto-me o espelho do teu amor...

E rio-me...Rio-me das definições...das sentenças...das certezas...Rio-me da perenidade dos sentimentos alheios...do pequenino que é o amar dos
outros...do "teatro" das vidas que perante nós desfilam...Rio-me do espanto
desajustado de quem não sente o simples...de quem não sente o difícil da distância...de quem não sente o quente que o afastamento não esfria.
(...)



Há silêncios tão inquebráveis que mais parecem ter a dureza dos diamantes, mas não a sua preciosidade...


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

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