30/03/07

Ah meu caro...



...esta gentalha não merece a indignação!...é chuva que não molha...



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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

28/03/07



...talvez o tempo infinito do já não valer a pena...



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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

27/03/07

Mas...

...o que é que eu estou aqui a fazer????...não percebo nada disto, raios!?!


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

25/03/07


My blog is worth $12,419.88.
How much is your blog worth?



...será que isto dá pra comprar um Ferrari amarelo às pintinhas...amarelas!? É que se der considero a hipótese de trocar o peditório aos leitores/visitantes por um VENDE-SE!
...razão tinha eu pra duvidar dos resultados do peditório...com esta cotação, só se for um de colecção...de miniaturas!grrrrr


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW




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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

24/03/07

Crónicas das horas perdidas: O mealheiro da Pipoca


...bem, se a moda pega...o melhor é eu atirar já com o meu pedido!...ora bem, vejam lá se podem começar a contribuir para o meu velho sonho de ter um destes......mas tem mesmo de ser amarelo;eu até preferia amarelo com pintinhas amarelas, mas aqueles gajos (os italianos,claro!) dizem que não é possível que blá,blá,blá a cor é difícil e o efeito não bate lá muito bem com a imagem de marca deles que ainda se fosse vermelho lá tentariam as pintinhas vermelhas, mas que assim não dava e eu, enfim, já me conformava...quanto às contibuições generosas dos meus hipotéticos leitores, quer-me cá parecer que, tendo em conta o número dos mesmo, bem se acabam os blogs, a net, Portugal, a Ferrari, o mundo!, e eu ainda andaria - lá pla terceira ou quarta vida, no mínimo! - à espera...em todo o caso, se existir por aí alguém interessado em espalhar generosidade pelo próxino - neste caso por esta próxima (mesmo se afastada ...) - é só dizer que eu envio o NIB(zinho)...:=>

23/03/07

Music And Lyrics Trailer

[...já cá venho 'plantar' qq coisa...:=>


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Ser famoso(a) é lixado, oh se é!!!

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Feios, Porcos e Maus

Cansada que ando dos Feios, Porcos e Maus que me rodeiam, a bem ou a mal, ao ponto de nos últimos dois dias ter falhado a marcação do ponto por estas bandas - é que por aqui a coisa não fica melhor! - regresso e, como sempre faço, correndo o meu querido 'saitemeter'(zinho) para espreitar quem por aqui andou na minha ausência, não é que vou dar com esta pérola da língua portuguesa, já para não falar da pérola de motivação para a busca, porra! Ai deuses...eu também queria tanta coisa!, a começar por um Ferrari Amarelo...às bolinhas!:=>

Bem, a cacetada nos Feios, Porcos e Maus lá terá de ficar para segundas núpcias...

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20/03/07

Mais um belo texto de f.



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18/03/07

FUR - trailer with Nicole Kidman

...ou o retrato da nossa quase incapacidade para olhar 'o outro' para lá das imagens...das primeiras imagens...

...já que estou, há quase uma hora, a tentar meter um comentário no Aspirina B ...sem resultado!, será que fui banida!?:=> ...fica aqui para que a memória não fique perdida de vez...


«(...)num dos meus abortos espontâneos, uma das causas possíveis apontadas foi um assalto a uma casa onde me encontrava sozinha, que coincidiu com o momento da morte fetal. não chamaram a judiciária porque o montante roubado não excedia os 200 contos. mas na GNR disseram-me que se pudesse, com documento passado pelo médico, provar aquilo como causa do aborto, já chamariam a dita, por «homicídio involuntário». tens toda a razão, portanto: naquele caso tanto é pessoa que se fala em homícídio...»
Comentário de: susana | março 18, 2007 03:18 PM


...pensava já ñ voltar a isto pq daqui já ñ andamos mais pra frente, mas...

...é engraçado q a ciência ñ sirva para umas coisas, mas sirva para outras...bem entendido q se arranjasse um médico, o motivo até podia nem ser verdadeiro em termos científicos, já q se sabe mt bem como se arranjar atestados para tudo...tal e qual como na lei anterior se podia arranjar para justificar o tal aborto por causas psiquicas...

...já ag: porque razão não foste em frente e provaste q aquela foi a razão q motivou o aborto???


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16/03/07

Uma boa perspectiva este blog



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Desculpem lá,mas...alguém me explica???

Da Literatura: A COMENDA
«(...)Prémio Camões. (...)não é um prémio, é uma comenda.(...)

E daí?...façam como se eu fosse muitoooooo louraaaaaaaa: alguém me explica a diferença...em termos efectivos!?

Eu fico besta com papagaios destes...

As arengas valupianas continuam, no Aspirina B, a propósito (ainda!) do Referendo e respectivos resultados. Aquilo não passa dum papagaio, a debitar texto, convencido que é senhor duma razão, duma moral e duma capacidade de julgar os outros...à prova de bala! O homem não desarma: ele é que sabe, ele é que pode, ele é o maior da cantadeira!

Vai buscar um estudo sobre o 'baixo nível de escolaridade e de qualificação em Portugal' e, a partir daí, conclui: «(...) é um facto que Portugal é o pedaço mais estúpido da Europa —(...)». O dito estudo aponta várias conclusões: 1) o continuado baixo nível de escolarida e qualificação dos portugueses; 2) o continuado precoce abandono escolar; 3) o elevado investimento(?) na educação e fraco resultado desse investimento. Ora, pergunto eu: de quem é a maior parte da culpa? De quem não-aprende, ou de quem não-ensina? E, posto isto, é estúpido quem não aprende porque mal ensinado? E, posto isto, onde e como é que o eminente Valupi obteve o seu (suposto) tão vasto 'saber'???

Quanto ao estudo que apenas conclui sobre a não melhoria, no ensino e na qualificação, no ano de 2005 pouco sei da sua validade. Noto, apenas, que foca demasiado os 'coitadinhos' dos professores, pelo que me parece ter sido 'encomendado' para provar as suas teses: mais dinheiro, menos trabalho e alunos domesticados quando entram na sala de aula. Não deixando de apontar factos, já que se socorre de estatísticas, usa-os para dar uma visão catastrófica do ensino, mais que da qualificação, sem nunca apontar/assumir as responsabilidades dos professores nesse processo. Como se a culpa de todo o estado calamitoso do ensino fosse apenas dos governos, dos alunos e dos pais/encarregados de educação...por esta ordem!:=>

Ora, como presumo que, realmente, o eminente Valupi até fez os seus estudos em Portugal - e em conformidade com a conclusão que ele tira do estudo - o resultado só pode dar nas tais arengadas, das quais decidiu dar mais um ar da sua graça com uma destas:«(...)Se há assunto onde a mulher se revela irredutível a uma qualquer racionalidade abstracta é na temática da gravidez - por isso, o mais provável, é que continue a haver o que agora temos: mulheres que abortam por disfunção psicológica, por perversões morais, por deficiência cognitiva, por pobreza intelectual, por carência educativa, por pressão cultural, por acaso existencial. Mas, finalmente, com esta diferença: todos achamos bem, todos apoiamos. (...)
Comentário de: Valupi março 15, 2007 10:23 P»

Ou seja: por todas as razões, antes 'i_razões', que no entender dele são as únicas motivações que levam uma mulher a abortar...o aborto deve ser proibido! Porque, se a mulher é inteligente; se pensa; se é capaz de racionalizar abstractamente; se é bondosa; se defende a vida; se crê no bem sobre o mal; se sabe de Filosofia; se sabe de Direito Penal; se sabe dos Gregos; se aceita o aconselhamento valupiano; se até sabe quem é Oresteia; se até está disposta a aceitar uma violação porque ter um filho em consequência até é uma benção divina...então, essa mulher jamais praticará um aborto e, se o fizer, o melhor é atirar-se desde logo ao abismo...ao abismo do juizo valupiano!, sim que ele aconselha, legisla e ajuiza...é o três_em_um perfeito!

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O vazio impera...






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13/03/07

OH C'UM CARAÇAS!!!

Existe algum local especificamente vocacionado para a prática e/ou prestação de qualquer tipo de (in)formação sobre...sexo anal...em Torres Vedras!????

Que me cheguem aqui na senda de sexo anal ainda vai!, não entendo como nem porquê, mas ok...ele há tanto maluco à solta que enfim... agora esta «google.pt Search Words sexo anal torres vedras», juro que não entendo nem à lei da bala!



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12/03/07

Eu fico besta com coisas destas...


Da Literatura: POLEMICA


...mas, também o que se podia esperar dum Casino Estoril - daquele Casino Estoril! - a patrocinar prémios de Literatura?!?

09/03/07

Afinal há um céu que me fascina...

...o duma bela noite de lua cheia onde se vislumbre o belo firmamento em todo o seu esplendor luminoso...


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Que penses-tu de mon ciel ne dit il pas quelque chose ?...


Ton ciel...ton ciel que ontem me parecia conter, mesmo, uma andorinha onde hoje vejo um avião! Sabes? O céu raramente me diz alguma coisa...reminiscências da minha anti-religiosidade? Sei lá...sei que o céu, só por si, nada me diz... mas, se estiver complementando o mar, por exemplo, ah aí já é outra coisa...ora repara:


[Fotos recolhidas em Olhares.com]
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08/03/07

Dia de quem...do quê?????

Não gosto de 'dias de...', mas...


...hoje apetece-me recordar isto: «"Um beijo meu à mulher que possa ainda existir em ti..."» e, se pudesse, preferia ter respondido de um outro modo...

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Diário de um escândalo

[ñ sei o q se passa mas a re-edição de posts com YouTube está a provocar o desaparecimento do respectivo vídeo...'tou a passar-me a sério, porra!]

07/03/07

Diário de um escândalo

...o vídeo foi-se e...já ñ me lembro, exactamente, de como era a frase...raios!, qq coisa no género...


Um filme sobre a solidão...ou as solidões!?

05/03/07

UFAAAA que alívio|

Andava eu pr'aqui toda abespinhada porque não dava conta da reciclagem doméstica - não brinquem!, só pra caixotes(zinhos) 'à lá benetton' gasto um belo espaço de cozinha que bem podia aproveitar pra outra coisa...piscina pr'ós gatos, por ex.! - e vou dar com este belo naco de prosa*! Trufas!, 'tou safa!
*«(...)Importa juntar dados desconexos a fim de estabelecer a “evidência” do apocalipse climático e, não esquecer, acrescentar-lhe a “responsabilidade” humana. Porquê? Nada de novo: porque todo o exercício visa atacar as sociedades industriais, leia-se o capitalismo, leia-se os EUA e os seus aliados. Terminada a Guerra Fria, a orfandade levou alguma esquerda a acolher a selvajaria islâmica emergente (incluindo, claro, a “causa” palestiniana). Nos momentos de delicadeza, a esquerda manipula idiotas úteis (ver Gore, Al) e segue a alternativa ecológica: o aquecimento global, essa portentosa fraude, é a via “verde” e “despoluída” do antiamericanismo de sempre.»



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Oh que caraças...

...se toda a gente diz mal do BABEL...sou, mesmo, obrigada a ir vê-lo!

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04/03/07

fenomenologia do vómito

...cara f., melhor deixá-lo(s) ladrar enquanto a caravana vai passando...

O referido artigo - pag. 14, P2, Opinião, Olho Vivo, Público de 4/Março'07 - não diz nada, não eslcarece nada, não faz nada em prol do jornalismo que tanto apregoa...aliás, acho que o ECT está, apenas, a colocar em prática a inversa da tese que defende como sendo 'o dever do jornalismo português' : «irrita toda a gente, no sentido em que dispara pra todos os lados como gato cego; incomoda quem defende, pelo menos num mínimo, a honestidade intelectual; é mal comportado, porque recorre ao 'diz_que_disse' e à sugestão caluniosa, ao atirar para o ar suspeitas sem as fundamentar ou, sequer, as enfrentar claramente. Meteu-se-lhe na cabeça que andando pr'ai, feito barata tonta, a lançar acusações - começou com a RTP, já vai no DN - ao desbarato está a fazer o seu papel de dom_quixote dos portugueses qu'é que se há-de fazer? Melhor seria que usasse essa, aparente, coragem para meter a 'boca no trombone' pelas coisas que realmente minam a nossa sociedade. Ou, na pior das hipóteses, se acha que existem razões para acusar alguns orgãos de comunicação social - nomeadamente a RTP e o DN - que o faça de forma honesta em vez de recorrer a artimanhas, a calúnias, a cuspidelas pró ar, bem ao estilo 'correio_da_manhã'...não é em vão que tanto gaba o tal Marcelino. E também não é em vão que este senhor escreve este tipo de coisas no Público...afinal de contas é por aí que o Público quer ganhar leitores!?, descendo aos níveis dum pasquim(zinho) bem à medida da nossa tão portuguesinha menoridade cultural e intelectual.

Oh que caraças!, e eu que só queria falar nos cães que ladram...irra!



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Hoje apetece-me...




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Remexendo no baú das memórias...II

E porque não...
'Põe-te a jeito, querido, agora é a tua vez!
 

Quando comecei a ter relações sexuais, ainda era bastante nova e o essencial para mim, nessa altura, era a vontade de agradar ao meu parceiro.

O meu próprio prazer era secundário. O importante era ter a certeza de ser desejada, "digna" de ser seduzida.

Essa atitude de rapariguinha insegura é algo de que ainda tenho vergonha hoje - e de que tive vergonha então - mas a verdade é que, nessa altura, a minha prioridade era simplesmente ser a "escolhida", não alargar o meu universo de experiências sexuais.

Hoje, se pudesse ter uma conversa com a rapariga que fui nesse tempo, dir-lhe-ia: "Não sejas parva. Com dezasseis aninhos, de top e mini-saia, não há-de faltar quem se interesse por ti!"

Aquilo que me livrou do beco sem saída dos mitos românticos, e de passar a minha vida num mundo cor-de-rosa como o dos livros de Danielle Steel, foi o facto de ter feito amor com mulheres, quando estava a entrar na fase adulta da minha sexualidade. E ao ter relações sexuais com outra mulher, já não bastava saber se era ou não desejada mas também se era ou não capaz de lhe dar prazer.

Para além de questões - digamos...- "técnicas", a dúvida essencial consistia em saber se tinha ou não a confiança e a intuição necessárias para levar uma mulher a abandonar-se a mim até eu a deixar louca de prazer. É algo que exige a certeza de que se é capaz. Que só é possível quando se quer realmente estar dentro da nossa amante. Não basta ficar ali estendida numa pose atraente, é preciso uma atitude de "mulher de acção" e convém não esquecer que nos anos setenta ainda não havia Xena. Foi preciso desenvolver aquilo que eu chamo de "auto-persepção como mulher eréctil" e no meu imaginário erótico, como não podia deixar de ser, isso tinha a ver com a ideia de "quanto maior, melhor...".

Passei de assiduamente bissexual, durante os anos setenta, para quase 100% lésbica, durante a década seguinte. E quando finalmente voltei a envolver-me com um homem, tive de me confrontar com um novo problema.

Sentia-me esquisita por nunca ser a minha vez de penetrar o meu amante, de o sentir abandonar-se nos meus braços, comigo bem fundo dentro dele. Claro que podia engoli-lo com a minha boca, o que também é uma forma de submissão partilhada, mas não é a mesma coisa que estar "lá dentro".

A primeira vez que perguntei a um homem se o podia penetrar, resultou num perentório "não". Depois, tive ocasião de encontrar alguns homens a quem a ideia estava longe de desagradar e que até me ensinaram a encontrar, dentro deles, a sua próstata (que, ao toque, dá a sensação de ser como a ponta de um nariz). Mas, depois de se virem - e de gemerem de prazer até chegarem a esse momento - a sua vontade de falar evaporava-se completamente. É como se se sentissem envergonhados por eu saber das suas facetas mais secretas. E era fácil de perceber que insistir em abordar o assunto só tornaria o tabu ainda mais absoluto.

Já imaginaram se as mulheres ficassem assim depois da cópula? Bem sei que neste caso se trata do anûs e não da vagina mas as sensações que decorrem da penetração têm algumas semelhanças incontornáveis - há sempre alguém que se entrega, que se abre para deixar entrar em si algo que é parte de outro corpo. E isso significa muito, quer se trate deste ou daquele orifício!

Um dos homens com quem ocasionalmente ia para a cama costumava queixar-se por eu algumas vezes ter renitência em ser penetrada. Tive de lhe explicar que nem sempre me apetecia sentir alguém dentro de mim e que, quando não estava para aí virada, o que devia ser um abraço profundo, passava a ser sentido como uma invasão.

Mas a vida dá muitas voltas. Encontrei-o há uns meses e descobri que ele tinha uma nova namorada a quem tinha iniciado no uso do dildos. Mais concretamente daqueles que se prendem ao corpo com correias. E para o penetrar a ele. Ela revelou-se insaciável e apesar de ele retirar um grande prazer sexual dessas práticas, por outro lado, também estava a começar a sentir-se ultrapassado pelos acontecimentos.. Ao ponto de, um dia, me ter segredado:"Parece impossível, mas, às vezes, até chego a esconder-me. Só agora é que percebi o que tu querias dizer. Não fazia ideia do que é sentir que estamos para ali para abrir as pernas sempre que isso apetece ao outro."

Infelizmente, separaram-se pouco depois, senão podia tê-los apresentado a uns velhos amigos meus que acabaram de realizar o primeiro vídeo sobre esse tipo de actividade sexual:"Bend Over Boyfriend"(Namorado pronto a vergar-se). Nan Kinney, o produtor, refere-se-lhe mais abreviadamente por B.O.B.,e o vídeo foi concebido para vários tipos de usos: tem partes cuja prioridade é a educação sexual, outras mais género show erótico.

Ao princípio, Shar Rednour, a realizadora, teve dúvidas sobre a sua capacidade para resolver os problemas postos por este projecto, porque há muito para ensinar sobre sexo anal, mesmo antes de entrar nas questões que decorrem da inversão da dinâmica homem/mulher e das técnicas específicas que isso implica, nomeadamente as relativas ao uso de dildos.

Felizmente, teve como actores amantes cúmplices e generosos, que conseguiram arranjar as maneiras certas de demonstrar como o sexo anal não tem que ser necessariamente doloroso (tal como as torradas não têm que ser obrigatoriamente queimadas) e também de falar sobre as razões que levam algumas pessoas a fantasiar sobre esta inversão dos papéis habituais de cada um dos sexos.

Carol Queen, uma das actrizes principais, refere algumas das possíveis razões que levam algumas mulheres a desejar penetrar os seus amantes: a vontade de conhecer a sansação de "estar ao volante", ou de explorar mais profundamente o seu lado masculino, ou, pura e simplesmente, por mera curiosidade.

No meu caso, da primeira vez que prendi um dildo ao meu corpo, isso não me fez sentir como um homem. Antes algo como um "unicórnio genital". Senti-me tão feminina como em qualquer outra altura e notei, com prazer, que conforme aperfeiçoava o meu ritmo, a base do dildo ia roçando o meu clítoris, e era daí, desse sítio indiscutivelmente feminino, que tinha a origem da minha crescente excitação.

Shar observou que, embora o vídeo se dirija a casais heterossexuais, preferiu escolher lésbicas para desempenhar os papéis porque "Quer se queira, quer não, as probabilidades de uma fufa saber foder, são maiores." Apesar da crueza da afirmação, não posso deixar de concordar. Quando uma mulher é lésbica tem que saber tomar a iniciativa e tem de se sentir tão confortável a acariciar a sua amante como a ser acariciada por ela. Mas, mesmo considerando que as lésbicas estão longe de corresponder todas a este modelo igualitário, a verdade é que até as ultra-femininas, de saltos altos e sofisticadamente maquilhadas, mesmo essas são capazes de usar habilmente as mãos.

Gostaria que existissem mais mulheres a explorar o prazer de possuir os seus maridos ou namorados, não só porque é muito provável que eles gostem ou porque é giro brincar com mais um adereço erótico, mas sobretudo porque é emocionalmente muito gratificante sentir que somos nós que temos tudo nas mãos, que estamos por cima e a entrar "lá dentro". Quando um homem aceita ser vulnerável dessa maneira, não está apenas a desfrutar do prazer físico da estimulação da sua próstata, está também a entregar-se à sua amante, duma maneira tão intensa e absoluta que torna esse acto - só lhe posso chamar assim - romântico. Estranhamente, radicalmente, paradoxalmente romântico.

E portanto, se Danielle Steel precisar de sugestões para tornar as relações íntimas do seu próximo romance dum cor-de-rosa ainda mais vivo, não tem que procurar muito. Basta-lhe pegar no telefone para encomendar B.O.B.'


[De SUSIE BRIGHT in Pública /suplemento do Público de 26.07.98]


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Remexendo no baú das memórias...I


Era uma vez...


Era uma vez uma caixinha....

A caixinha era linda!!! .. pelo menos de cada vez que a imaginávamos...

Mas a caixinha era marota... Gostava de marotar, de brincar e de fingir que não era caixinha....

Um dia, um menino resolveu marotar e brincar com a caixinha e... abriu-a!!!

A caixinha perdeu a marotice e a brincadeira e mordeu o menino...

E depois ainda dizem que os Dragon balls são violentos... tsss.. tss...


(Xai)Set.97


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«E Deus Pegou-me pela Cintura»

Geracao Rasca - estorias do quotidiano politico, social e cultural


...eu ia 'scanar' o convite, mas...como boa preguiçosa que sou, aproveito este post do André Carvalho no GR...

01/03/07

Ó meu caro Pitta...e se, em vez de se defender o recurso a mais medidas repressoras para controlar o caótico trânsito de Lisboa, se organizasse melhores e mais eficientes transportes públicos?!?