29/08/04

Preciso do teu ombro pra chorar...



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Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?,WW

26/08/04

Se é que me é permitido...?!?

«Algo


Entre duas linhas, entre duas margens de rio, entre duas vidas,
entre dois momentos ligados (ou não),
entre duas pessoas, entre dois lençóis
de dois amantes que se odeiam..
algo não se escreveu..


Porque um papagaio de papel invadiu o vento que trazia o som do mar.»


Alberto Velasquez, Segunda-feira, Agosto 23,2004,6:49 PM

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24/08/04

E lá se foi um GRITO..



«"O Grito" é vulgarmente interpretado como uma representação da angústia do homem moderno para quem a ideia de Deus está morta e que não encontra paliativo para os dramas interiores com que se confronta a sós. É um ícone da dor existencialista, mostrando uma figura de expressão desesperada, olhos escancarados, boca aberta, mãos levadas à cabeça. Alguns metros atrás no caminho que percorre, duas figuras a caminhar lado a lado evidenciam a sua solidão. O céu vermelho, em fundo, sublinha a intensidade da pesada carga emocional da tela.», in Público


...e uma MADONA...


«A "Madona", a que Munch chamava também "Senhora Adorada", é um óleo sobre tela datado de 1893/94. Mostra uma figura feminina nua até abaixo da pintura, de cabelos soltos e olhos fechados, aparentemente suspensa no espaço, num misto de prazer e dor. Quando foi apresentada pela primeira vez ao público, a tela tinha uma moldura decorada com esperma e fetos mortos, pintados e gravados. Com o tempo, a moldura perdeu-se, mas deixou a obra associada a temas como a concepção, a vida e a morte.», in Público

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23/08/04

«NOCTURNO»

Percorro a memória, encontro apenas o presente.
As artérias que me são exteriores, estão agora repletas de carros e homens
Que já passaram no momento seguinte. É noite imensamente.
As minhas veias têm neste preciso instante um engarrafamento de sonhos,
Esperanças a buzinar, desejos avariados com os piscas ligados.
Hora de ponta da alma.
Eu sei que posso transgredir.
Paliativos e calmantes já me foram, no entanto, receitados.
Pois em frente agora mesmo.
Cento e dozes internos, ti-nó-nis da catástrofe mental: todos mobilizados...
Será o amor um reboque?
Sinto o espírito a derrapar e faço capotar propositadamente a minha existência.
Onde é que há uma agência de rent-a-dream?
Arre! Porque é que estais todos estacionados?
A estas horas só circulam, em alguns bares, uns quantos táxis de loucuras alheias.
É claro que há pedestres, mas esses, se é que sabem para onde vão, demoram muito a lá chegar.
E eu tenho de ir já. Manter este ritmo de circulação. Ir imensamente. Ir sem retorno. Ir. Ir. Ir...

posted by elmano

...apetece-me dizer...


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Ainda não tive tempo, mas...cá voltarei...II


...pq será q, ao ver este filme, me veio à memória «O DESPERTAR DOS MÁGICOS», Louis Pauwels - Jacques Bergier???

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19/08/04

Ainda não tive tempo, mas...cá voltarei...



...interessante aquele pedacinho em que ele desafia os senadores...;-)



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17/08/04

Parafraseando já não sei quem...

Conversas de gajas...

Então, sempre foste?
Sim, claro!
E?
E...o quê?
Deixa-te de fitas...como correu?
Ora...como sempre...
Como sempre??
Sim...quem me manda a mim meter-me nestas "alhadas"...?
Era marreco!?!;-)
Claro que não, porra!
Ó mulher!, desembucha, diz lá como correu...?
Uma treta do caraças...os mesmos lugares comuns do face-to-face...as pessoas não sabem (ou não querem!?) libertar-se das máscaras do dia a dia...precisam construir as suas próprias imagens e depois querem, à viva força, "vendê-las" com a melhor embalagem que consigam arranjar...
Mas...foi assim tão mau?
Não diria mau...apenas cansativo por já, demais, visto...é q eu já não tenho pachorra para cotas à procura da aventura perdida!:->
Heinnn?
Queres crer que estivemos pr'ali duas horas e tal no paleio sem que o gajo tenha tido a mínima curiosidade de dar uma olhadela ao livro que eu estava a ler e tinha deixado meio aberto em cima da mesa...?
Tu e a tua mania com os livros!;-)
Não é mania, pá! É uma forma de testar (mesmo sem querer, como foi o caso!) quem pretende "vender-me" belas imagens que não colam "cá dentro". Lembras-te daquela passagem d' "A Insustentável Leveza Do Ser", do Kundera?
Eu não, pá, a leitora maníaca és tu!;-)
Lembras, sim!...já estou farta de te falar dessa passagem...«Mas havia mais uma coisa: um livro aberto em cima da mesa. Nunca ninguém abrira um livro numa mesa daquele café. Para Tereza, o livro era o santo e a senha de uma irmandade secreta.(...)mas, enquanto simples objectos, também tinham um sentido. Gostava de andar na rua com livros debaixo do braço. Eram para ela o que a bengala era para os dandies do século passado. Distiguiam-na dos outros.
(...)
Em conclusão: o homem que acabara de chamar por ela era ao mesmo tempo desconhecido e membro de uma irmandade secreta. Falava de um modo delicado e Tereza sentiu a alma a lançar-se-lhe para a superfície através de todas as veias, de todos os capilares e de todos os poros para que ele a visse.»
Pois...pois...mas, ao menos, o gajo era giro???;-)
Bahhhh...e o que é que isso me interessa...depois disto!?!

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16/08/04

«Injectou-se mais dinheiro no "sistema", promoveu-se a modernização pedagógica, reformularam-se os programas e refizeram-se os manuais. Reformas e dinheiro de nada serviram.
(...)
Convenci-me ultimamente de que o panorama não melhoraria significativamente nem que os programas e os professores fossem todos excelentes.
(...)
Em suma: as crianças, os adolescentes e os jovens adultos não podem ser maçados e qualquer embate com as duras realidades da vida lhes deve ser poupado.

De facto, tudo começa com a cultura de adulação da criança que domina a sociedade ocidental contemporânea e que não passa, como tantas outras características dela, da degradante e ridícula pieguice em que culminou a "Sensibilidade" descoberta na segunda metade do século XVIII. Tudo o que diz respeito às crianças - o seu bem-estar, a sua saúde, a sua protecção, o seu lazer - suscita imediatamente a atenção desvelada de um público adulto que erigiu as crianças no centro do mundo e entende, pelo menos "teoricamente", que tudo se deve subordinar aos seus interesses e às suas presumidas necessidades. (Felizmente já temos um ministério da Criança.)

Nas famílias, as crianças tornaram-se geralmente pequenos déspotas inteiramente desprovidos de quaisquer hábitos de obediência ou elementar respeito pelos pais e os mais velhos, que no entanto tudo fazem e sacrificam para que os rebentos possam gozar de condições ideais para desenvolverem livremente as suas promissoras personalidades. De tão mimadas, as crianças crescem, desde o berço, com a justificada sensação de que na vida só há brincadeira e direitos e de que tudo lhes é devido. Se por acaso algumas revelam um temperamento mais difícil, não se aplicam os bárbaros remédios clássicos. Arranja-se-lhes acompanhamento psicológico a fim de tentar, sem traumas nem violências, torná-las mais cordatas sem contudo prejudicar nem levemente o seu "crescimento natural". A "personalidade" da criança é sagrada e todo o respeito por ela é pouco.
(...)»

...estes "mimos" são da mesma pessoa que reconhece:

«Há 25 anos que sou professora de História na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Há 25 anos que observo, de ano para ano, a degradação da qualidade dos estudantes, e há 25 anos que vão sendo piores as notas que me vejo obrigada a dar, apesar de a minha complacência e tolerância terem aumentado com a idade e a sensata tendência para a acomodação que ela gera.
(...)
Como suponho que fazem também os meus colegas, trato de me ajustar à circunstância. Isto significa baixar o nível das aulas até ao ponto em que poderíamos estar numa qualquer turma do secundário. »


Mais Dinheiro para a Educação?
Por M. FÁTIMA BONIFÁCIO
Domingo, 15 de Agosto de 2004, in Público

... mas dizia eu: como é possível, manipulando factos reais, proferir-se os chorrilhos idiotas a que nem me atrevo a chamar conclusões, como os desta douta senhora!????...ora, pela ideia da senhora, os únicos culpados da probreza franciscana em que vivemos a nível cultural deve-se, única e exclusivamente, aos instruendos e não aos instrutores...repare-se que não refiro pais, nem professores, nem escola, nem família...em separado!...toda a sociedade é responsável pelo estado caótico em que o ensino vive...e os professores fazem parte dessa mesma sociedade!!!...dupla, ou mesmo, triplamente!...porque são elementos dessa mesma sociedade, porque são professores e porque, por vezes, tb. são pais!...ora o que me parece é que esta douta senhora não deve ter filhos!...e se os tem...ou são alunos como os que descreve, ou não sendo...já nasceram cotas!!! :->

...como é evidente, não nego a realidade retratada, mas...também acho que limpa demais o papel dos professores!...é certo muitas das fraquezas que os alunos transportam, mas...e agora tenho que dizer aquela frase que tanto odeio: no meu tempo os professores eram professores e não havia mau hábito de aluno que não acabasse dentro da sala de aula!...estou mesmo a ver as respostas costumeiras: pois, mas hoje em dia os alunos usam de tal maneira a violência que nenhum professor se atreve...pois, pois...mas esquecem que esses alunos raramente passam dos anos inciais do ensino, raramente terminando a escolaridade obrigatória, quanto mais chegar à UNIV!!!...logo, que impede um professor de exercer a sua actividade com a dignidade que lhe é exigida e, se fosse caso disso, merecida!???

...tenham dó!!!...e um mínimo de honestidade intelectual, meus senhores!!!...os valores que regem esta nossa sociedade(zinha) de trampa é que gera esta juventude...e a sociedade(zinha) de trampa, sem valores que não sejam os relacionados com o poder do dinheiro, quer jovens assim para poder gerar adultos do calibre dos que temos no poder politico para melhor servir o poder económico e, assim, se servirem também, a si mesmos, do poder do dinheiro...isto é tudo um circulo(zinho) de trampa, cara prof...sensatamente acomodada!!! :->


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10/08/04

As Férias...

Férias é, sempre, aquele período das nossas vidas em que nos permitimos (quase) todos os excessos na esperança (convicta!) de que, mal acabadas, vamos fazer o que nunca fizemos e sempre nos propusemos: vamos abraçar o projecto há tanto sonhado, vamos mudar o ritmo de vida, vamos retomar velhas amizades, vamos mandar às urtigas a cambada que nos desgasta a vida, vamos olhar o invisível, vamos amar quem nos ama, vamos riscar do mapa dos afectos quem nos desama...vamos...vamos...vamos tantas coisas que, só de as sonhar, nos cansamos desde logo.

Seja como fôr, depois das férias, em Setembro vou transformar-me numa nova mulher...como em todos os Setembros da minha vida. Fiquem bem...Beijo(s)

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09/08/04

Não!, não tenho saudades de ti...

(...)




qual silêncio?
o que é d’ouro quando se procura paz?
ou o que é suspiro abafador dos sentidos quando só o suor dos corpos fala?

há silêncios que prefiro: diálogos do interior e os de sabedoria, que desejo.
há outros, gélidos, que são gritos...

há silêncios e silêncios
mas silêncio não é silêncio: é aquilo que ele nos faz.

TCA


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