Haja pachorra para tanta alarvidade III
«Este tipo de argumentação exaltada, embora sincera e bem-intencionada, é bem típica das discussões portuguesas: acusa-se o outro de ignorância ("será que o Andreu já leu qualquer coisinha acerca de economia"?), de falta de experiência do mundo ("coitado!, é jovem...não pensa!?"), etc.»
...fatal com'ó destino!, este tipo de complexo de perseguição e pseudo choque de gerações...
...fatal com'ó destino!, este tipo de complexo de perseguição e pseudo choque de gerações...
«(...)Se cometer alguma ilegalidade, todos concordamos que deve ser responsabilizado.(...)»
Se???, pois...só a ignorância permite usar um 'se' quando nos fartamos de assistir ao abrir e fechar (para voltar a abri noutro local) de empresas sem que sejam, alguma vez, penalizadas quer pelas falências fraudulentas, quer pelas dívidas deixadas para trás, das quais os trabalhadores são sempre os mais penalizados pois ficam com salários em atraso e, tantas vezes, com as vidas feitas num caos pela dificuldade em arranjar novo trabalho, ou por serem atingidos vários membros da mesma família ...Se???, pois...só a ignorância permite usar um 'se' quando nos fartamos de assistir ao abrir e fechar (para voltar a abri noutro local) de empresas sem que sejam, alguma vez, penalizadas quer pelas falências fraudulentas, quer pelas dívidas deixadas para trás, das quais os trabalhadores são sempre os mais penalizados pois ficam com salários em atraso e, tantas vezes, com as vidas feitas num caos pela dificuldade em arranjar novo trabalho, ou por serem atingidos vários membros da mesma família ...
«Quanto aos trabalhadores, se não quiserem continuar numa empresa "matreira" destas, podem muito bem pegar em si e investir o seu trabalho noutro local, noutro projecto, noutra empresa(...)Fácil é ficar na mesma empresa, investindo tempo e trabalho num projecto falido à partida. (...)Será que a solução é termos empresas artificiais, presas por arames, em que os direitos dos trabalhadores estão protegidos não por negociações livres, mas por legislação externa?(...)Mais: os trabalhadores, com o seu trabalho, não se poderiam juntar para criar outra empresa mais justa?(...)»
Agrupei tudo num link só para não parecerem muitas...as alarvidades! De resto, apenas me ocorre sugerir que se visite o Vale do Ave e regiões limítrofes, bem como a região de Setúbal; ou que se faça uma pesquisa pelo estado da nossa indústria...se é que se pode considerar indústria o que temos...ou então que se visite a região onde se acabou de encerrar uma fábrica, encerramento esse depois dos patrões terem dado à sola sem dizer água vai deixando tudo e todos a ver navios...ah!, mas antes - pela calada da noite - lá conseguiram retirar (roubar!) a maquinaria e a última produção, tantas vezes levada a cabo com trabalho extra que, claro, também nunca será pago!
«(...)ou será que o retorno do investimento (o tal lucro retirado a quem produz) é sempre injusto?(...)»
...é claro que é sempre injusto!, mas...dentro da lógica do 'se não podes vencê-los, junta-te a eles' - ou também porque entendo que nem toda a gente tem queda para viver do trabalho dos outros - acho que não teremos muito mais escolhas...por enquanto!, enquanto a humanidade continuar nesta toada de individualismo, egoísmo e salve-se quem puder!
«(...)a maioria das empresas portuguesas são pequenas e médias empresas, onde os "patrões" (o capital) trabalha tanto e a maioria das vezes mais do que os funcionários. (...)»
...outra falácia!, a fazer-me lembrar aquela do director lá da empresa que, tentando justificar a impossibilidade de aumentos e argumentando, perante uma a insatisfação geral, atira com esta: "vocês são uns ingratos!, os patrões fartam-se de trabalhar, muitas vezes até às tantas da madrugada, para garantir as verbas para os ordenados...por isso é natural que, depois, possam ter a compensação desse esforço comprando o 'bólide x' "...[é claro que nunca percebi porque raio tinham eles de 'trabalhar assim tanto' com tantos directores a ganharem balúrdios!?]...então porque raio é que o gajo que trabalha na sua 'empresa' - onde faz de patrão e empregado! - e se mata a trabalhar, não consegue o tal bólide!?, a casa na Quinta da Marinha!?, a quinta no condomínio fechado!?, as férias nos paraísos tropicais todos os anos!?, etc.,etc.,etc.,!?!? Pura e simplesmente porque se não tiver quem produza para lhe dar os lucros nada feito! Ah e também porque, neste país, só as empresas com uma razoável organização, conseguem fugir ao fisco...ser patrão/empregado, ou só empregado, não dá direito a arrecadar o grosso do fruto do trabalho produzido...é também por isso que continuamos a viver num país atrasado: enquanto as grandes acumulações de riqueza conseguirem continuar a fugir aos impostos como se foge, e apenas ao pequeno contribuinte é exigido o couro e o cabelo sem lhe dar contrapartida nenhuma [a saúde, a educação, a habitação é o que se sabe:quem pode pagar tem, nem não pode...arreia!] não me venham com tretas de patrões que trabalham mais que os trabalhadores, isso é duma alarvidade pura!...
Mas...o mais engraçado de todo o post é o final!:=»
«O que é irónico é que, na realidade, até penso que o grande problema em Portugal é a má gestão e não o mau trabalho (ou antes, o problema é o mau trabalho dos gestores). Precisávamos realmente de melhores empresários e para isso precisamos de mais empresários: ou seja, precisamos de projectos, de capital, de trabalho empenhado, de concorrência, de melhores processos, de melhor legislação, de melhor aproveitamento do tempo e também de mais liberdade de escolha por parte dos trabalhadores e dos empregadores, mais fluidez, mais flexibilidade, mais riqueza (para todos). Há sítios e empresas onde o aumento da produtividade tem efeitos benéficos para todos: são as chamadas empresas que funcionam.»
...eu também acho uma profunda ironia!, que o Andreu V. tenha escrito isto...Afinal, é o que tenho andado a 'berrar' - na exaltação tão habitual do português :=» - desde a primeira vez que lhe respondi, mas...enfim!
***...***...***
(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW
Se???, pois...só a ignorância permite usar um 'se' quando nos fartamos de assistir ao abrir e fechar (para voltar a abri noutro local) de empresas sem que sejam, alguma vez, penalizadas quer pelas falências fraudulentas, quer pelas dívidas deixadas para trás, das quais os trabalhadores são sempre os mais penalizados pois ficam com salários em atraso e, tantas vezes, com as vidas feitas num caos pela dificuldade em arranjar novo trabalho, ou por serem atingidos vários membros da mesma família ...Se???, pois...só a ignorância permite usar um 'se' quando nos fartamos de assistir ao abrir e fechar (para voltar a abri noutro local) de empresas sem que sejam, alguma vez, penalizadas quer pelas falências fraudulentas, quer pelas dívidas deixadas para trás, das quais os trabalhadores são sempre os mais penalizados pois ficam com salários em atraso e, tantas vezes, com as vidas feitas num caos pela dificuldade em arranjar novo trabalho, ou por serem atingidos vários membros da mesma família ...
«Quanto aos trabalhadores, se não quiserem continuar numa empresa "matreira" destas, podem muito bem pegar em si e investir o seu trabalho noutro local, noutro projecto, noutra empresa(...)Fácil é ficar na mesma empresa, investindo tempo e trabalho num projecto falido à partida. (...)Será que a solução é termos empresas artificiais, presas por arames, em que os direitos dos trabalhadores estão protegidos não por negociações livres, mas por legislação externa?(...)Mais: os trabalhadores, com o seu trabalho, não se poderiam juntar para criar outra empresa mais justa?(...)»
Agrupei tudo num link só para não parecerem muitas...as alarvidades! De resto, apenas me ocorre sugerir que se visite o Vale do Ave e regiões limítrofes, bem como a região de Setúbal; ou que se faça uma pesquisa pelo estado da nossa indústria...se é que se pode considerar indústria o que temos...ou então que se visite a região onde se acabou de encerrar uma fábrica, encerramento esse depois dos patrões terem dado à sola sem dizer água vai deixando tudo e todos a ver navios...ah!, mas antes - pela calada da noite - lá conseguiram retirar (roubar!) a maquinaria e a última produção, tantas vezes levada a cabo com trabalho extra que, claro, também nunca será pago!
«(...)ou será que o retorno do investimento (o tal lucro retirado a quem produz) é sempre injusto?(...)»
...é claro que é sempre injusto!, mas...dentro da lógica do 'se não podes vencê-los, junta-te a eles' - ou também porque entendo que nem toda a gente tem queda para viver do trabalho dos outros - acho que não teremos muito mais escolhas...por enquanto!, enquanto a humanidade continuar nesta toada de individualismo, egoísmo e salve-se quem puder!
«(...)a maioria das empresas portuguesas são pequenas e médias empresas, onde os "patrões" (o capital) trabalha tanto e a maioria das vezes mais do que os funcionários. (...)»
...outra falácia!, a fazer-me lembrar aquela do director lá da empresa que, tentando justificar a impossibilidade de aumentos e argumentando, perante uma a insatisfação geral, atira com esta: "vocês são uns ingratos!, os patrões fartam-se de trabalhar, muitas vezes até às tantas da madrugada, para garantir as verbas para os ordenados...por isso é natural que, depois, possam ter a compensação desse esforço comprando o 'bólide x' "...[é claro que nunca percebi porque raio tinham eles de 'trabalhar assim tanto' com tantos directores a ganharem balúrdios!?]...então porque raio é que o gajo que trabalha na sua 'empresa' - onde faz de patrão e empregado! - e se mata a trabalhar, não consegue o tal bólide!?, a casa na Quinta da Marinha!?, a quinta no condomínio fechado!?, as férias nos paraísos tropicais todos os anos!?, etc.,etc.,etc.,!?!? Pura e simplesmente porque se não tiver quem produza para lhe dar os lucros nada feito! Ah e também porque, neste país, só as empresas com uma razoável organização, conseguem fugir ao fisco...ser patrão/empregado, ou só empregado, não dá direito a arrecadar o grosso do fruto do trabalho produzido...é também por isso que continuamos a viver num país atrasado: enquanto as grandes acumulações de riqueza conseguirem continuar a fugir aos impostos como se foge, e apenas ao pequeno contribuinte é exigido o couro e o cabelo sem lhe dar contrapartida nenhuma [a saúde, a educação, a habitação é o que se sabe:quem pode pagar tem, nem não pode...arreia!] não me venham com tretas de patrões que trabalham mais que os trabalhadores, isso é duma alarvidade pura!...
Mas...o mais engraçado de todo o post é o final!:=»
«O que é irónico é que, na realidade, até penso que o grande problema em Portugal é a má gestão e não o mau trabalho (ou antes, o problema é o mau trabalho dos gestores). Precisávamos realmente de melhores empresários e para isso precisamos de mais empresários: ou seja, precisamos de projectos, de capital, de trabalho empenhado, de concorrência, de melhores processos, de melhor legislação, de melhor aproveitamento do tempo e também de mais liberdade de escolha por parte dos trabalhadores e dos empregadores, mais fluidez, mais flexibilidade, mais riqueza (para todos). Há sítios e empresas onde o aumento da produtividade tem efeitos benéficos para todos: são as chamadas empresas que funcionam.»
...eu também acho uma profunda ironia!, que o Andreu V. tenha escrito isto...Afinal, é o que tenho andado a 'berrar' - na exaltação tão habitual do português :=» - desde a primeira vez que lhe respondi, mas...enfim!
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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW
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