01/11/04

"Somos romântico-realistas"...somos?

  • Before Sunset

Nove anos depois, eles encontram-se em Paris

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Nada se passa ("não há drama neste filme", reconhece Linklater), a não ser, o que é muito, a cumplicidade dos "esquecimentos" e da nostalgia, os ressentimento e fantasias, as mudanças de humor, aquilo que irrompe em turbilhão nas personagens e não consegue ser negado - mas que logo de seguida se acalma. A memória coloca a fasquia demasiado alta para a realidade.

Como é que acaba "Before Sunset"? Depois de um espaço para canções. Celine canta uma valsa a Jesse - Julie Delpy canta, na verdade; essa valsa está incluída no seu primeiro disco a solo, editado em França o ano passado.

E depois da valsa? Depende da perspectiva, depende da reserva de romantismo ou dos danos provocados pelo cinismo em cada um. Mas mesmo no pior dos casos, a memória sempre se encarrega de trabalhar os dados. "We'll always have Paris!" - não era isso que se dizia num filme romântico?, in Público »

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Está lá tudo! É perfeito!

Não sei se é romântico, não sei se é cínico. Não sei se eles acabam juntos - espero que não, a bem do amor! - ou se vivem mais um momento que alimentará as suas memórias eternamente. Não sei, nem isso interessa muito. O certo é que senti estar lá tudo! Como se alguém tivesse ousado ter(me) gravado conversas, ideias, dúvidas, sentimentos, medos, inseguranças, certezas, enfim...memórias!

Há muito tempo não via um filme que tanto me marcasse...


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

3 comentários:

Luís F. Simões disse...

Estou tentado a vê-lo...

amok_she disse...

...pois, não o percas!, é soberbo!

amok_she disse...

...aquele final é...fenomenal!, em todos os sentidos...não deixem de clicar no título e ouvir uma das referências do filme: Nina Simone...