27/12/04

Estou de rastos!!!

...talvez tenha sido essa a razão do mau humor do post de ontem...sinceramente já devia ter-me deixado de imaginar os outros melhores do que realmente são capazes de ser, mas enfim...têm sido uns dias terríveis - (malditas férias!) - fartei-me de comer de tudo o que não devia, em especial os doces...depois, estas tretas levam um tempo dos diabos para desaparecerem e uma pessoa tem de as comer, né!?, sob pena de se estragarem e não de deve desperdiçar nada em tempos de vacas magras...pois, pois...

...juro que a partir do dia 2 volto às dietas...grrrr

***...***...***
(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

26/12/04

Porque será...

...que demoro, sempre, tanto tempo a perceber que as pessoas são (sempre!) piores do que aparentam!?!

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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

Pois, eu tb. caguei nas regras, mas...

...não sofro consequências!, este ano ñ meti lá os pés!!!;-)

...ahhhh, só uma nota(zinha): muitos destes 'nuncas' não se aplicariam na minha empresa, mas em contrapartida haveria muitos outros, oh se havia!!!:->


«RITITI EDUCA O POVAO (#17)

Manual básico para sobreviver à Festa de Natal da Empresa.

- Nunca use um vestido de malha justo e que marque bem as curvas.
- Nunca mostre felicidade por ser a mais gira da festa.
- Nunca emborque cinco gins tónicos de seguida sem ter jantado antes.
- Nunca vire as costas ao Director Ajunto Lambe Botas porque “és chato, pá”.
- Nunca diga aos tipos dos Recursos Humanos que a festa é uma bela duma merda.
- Nunca dance de enfiada David Bisbal, Gipsy King, Ricky Martin, Shakira, La Bamba e baboleoooo, bamboleaaaaa.
- Nunca fuja com a bandeja dos croquetes para a casa de banho.
- Nunca se ria da amante do Director à frente dele.
- Nunca agarre um colega pelo colarinho por tentar roubar o seu isqueiro.
- Nunca dance salsa agarrada a um velho decrépito e babado.
- Nunca se pire da festa sem ter agradecido aos chefões a oportunidade de fazer o ridículo à frente de duzentas pessoas.

Adivinhem quem se esteve a cagar para estas regras. Pois. Esperam-se consequências.»

in RITITI

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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

25/12/04

"... este é o mundo em que nós nos afogamos"

...estou-me marimbando para o tema central do post abaixo transcrito - um rodriguinho bem à moda da nossa eterna pequenez - mas achei interessante a forma como o referido texto, em todo o seu conteúdo, espelha esta nossa juventude acabadinha de chegar ao mundo do trabalho, ou prestes a nele entrar já com a "escola toda" :->

...a acreditar em quem escreveu - ainda não entendi se, afinal, é «um cabrão, como foi chamado», ou se é uma cabra (aqui já sou eu a chamar!) - "... este é o mundo em que nós nos afogamos", o mundo da simples sobrevivência, segundo nos quer fazer crer...pobre juventude esta ainda mal saida dos coeiros e já tão cínica...

***

«
a propósito de controversas, maresias e outras inundações


Começo pois então pelo princípio: eu, de nome Sofia, pus um post que pode ser lido em www.controversamaresia.blogspot.com ou um pouco mais a baixo, chamado "Conto de Natal" escrito pela autora do blog referido. Ora bem, pu-lo porque gostei, porque achei graça, porque sim. Pu-lo numa visita rápida à net e no momento nem me lembrei de pedir autorização ou de acrescentar referência ao facto de ser um copy/paste de outro blog que deveria estar bem assinalizado. Como resultado recebi algumas frases de amigos e conhecidos elogiando o dito conto e "esqueci-me" de confessar que não era meu. Resultado óbvio, pseudo-adoptei-o e prontamente me referia a ele como meu.
Diz o código deontológico jornalístico, numa qualquer alínea, que quando um meio de comunicação divulga seja uma calúnia, uma notícia falsa ou qualquer coisa do género tem a obrigação ética de reconhecer o seu erro dando o mesmo destaque no reconhecimento que foi dado à notícia em questão. È o que estou a tentar fazer, depois de desculpas pedidas à autora.
Falo no código deontológico jornalístico porque, para cúmulo e sei que me não vai favorecer, sou de comunicação social.
Vou tentar então passar a uma explicação melhor do que a natureza humana:
Neste curso, ou melhor, na vida profissional de um jornalista, há quem diga que quem quer subir, portanto na vertical, tem que se posicionar na horizontal. Ou então trabalhar de joelhos. Ou então à custa dos outros. E para promiscuidades aviso já que não tenho jeito, portanto, venha daí o mal menor. Até porque na pratica, e como estudante, quase todos os trabalhos a serem entregues são fruto de copys/paste nos mais variados sítios e com maior ou menor nexo. Isto acontece fundamentalmente por falta de tempo para fazer um trabalho bem feito, já que eles são mais do que moscas à volta de fezes. E se o hábito nem sempre faz o monge, os "habituamentos" fazem o vício leviano visto que, um acto mecanizado já nem é sequer ponderado.
A verdade é que, mesmo que não pareça, prefiro derrear-me em idealismos e tentar pautar-me pela atitude certa, tal qual D. Quixote. Só que é preciso (sobre)viver e entregar as coisas a tempo e horas. Ás vezes exigem demais à minha geração, mais do que podemos dar. E é na tentativa de não falhar de um lado que se falha do outro. Talvez isto não sirva de desculpa ou talvez nao seja mais que um (des)farrapo mas se vocês, mães e pais de agora, tiveram lutas e contra-lutas, se tiveram a sorte ou o azar de viver numa época em que se lutava por um ideal concreto e contra um monstro mais ou menos real, se isso vos serviu de referência, quem esperam que nós sigamos? Ou esperam que nós lutemos pelo quê mais do que a mera sobrevivência?
Um dandy boy vitimizado que nem Santana é exemplo? Um gajo com mau timing que nem Sampaio? Outro qualquer demissionário? Se até eles vão fugindo às suas responsabilidades!!
Ou preferem que nos agarremos aos grandes ideais ao estilo de Kant? Sabem, é que uma consciência pura não trás comida para a mesa. E já calculam, isto do emprego não está nada fácil e não nos resta a nós, futuro de amanhã, mais do que ir andando e irmo-nos sujeitando aquilo que temos. Sujeitar é a palavra de ordem, sobreviver a segunda. Meios o recurso.
Sou o melhor que posso, às vezes não dá para mais.
Assumo aqui o plágio, assumo à blogosfera no blog de Vieira e aos meus amigos no meu blog.
Chamaram-me cabrão pela primeira vez na vida. Agora quero ver é se alguém tem a franqueza de me dar uma palmadinha nas costas por tentar fazer o que está certo. Quero ver se recebi mais louros em fazer o que estava errado e se vou ser olhada de lado por mais gente depois de ter feito o que está certo. Porque este é o mundo em que nós nos afogamos.» - in caixinhas de plastico estrangeiradas


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

«"Nothing fixes a thing so intensely in the memory as the wish to forget it."


Michel de Montaigne (1533-1592); French essayist.
VRdaCosta»


...quem diria, heinnnnn, VRC!?;-)

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«Talvez a nossa casa se faça sempre contra o medo. Talvez.»

...eu diria que 'a nossa casa se faz (sempre!) contra o medo'...é nela que nos "salvamos"...


'(...)
Claro que há a beleza, que parece a mais humana de todas as sensações. Kant já tinha percebido que não era bem assim, que há beleza que não é humana, que há beleza que infunde o terror. Será que queremos mesmo vê-la? Será que confrontados com este mundo, que é o mundo, que é o que está lá fora, na esquina do nosso pequeno sistema solar, verdadeiramente queremos mais do que saber? Eu sei que sim. Queremos saber, mas vamos querer habitar. Talvez a nossa casa se faça sempre contra o medo. Talvez.

(Da sonda Cassini muito longe, esta foto para o Natal dos terrestres.)'

[in ABRUPTO, 10:52 (JPP)
OS NOVOS DESCOBRIMENTOS: A NOSSA CASA]

(não deixem de seguir o link para ler/ver o post completo!)

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23/12/04

Bem...lá terá de ser, né?!?;-)

...atendendo à época e no seguimento do que já tem sido dito, referido e desejado...acho melhor deixar já os meus "votos" pois vida de "dona de casa" é...cruz!....mesmo se compra tudo feito!;-) [...claro!... qu'é que pensavam???...era o que mais faltava ficar agarrada ao fogão e os outros na boa!grrr]

...assim...
  • gostaria de deixar um "voto" muito especial para o Ricardo...o tempo vai passando e...há coisas estranhas, não é meu caro?!?;-)...um Beijo feito da ternura das coisas inexplicáveis, inomináveis e de toda aquela matéria que dispensa compreensão...aceita-se, apenas...
  • outro, também especial, ao Luís porque no meio daquele "vendaval" todo que é a escrita dele, obrigando-me a "alinhar as agulhas" aqui e ali, vou lendo umas coisas que me obrigam a "lá voltar"...
  • outro para o Vasco porque, apesar de tudo, "elas moem, mas não matam!"... ;-)
  • outro ao "Elmano" que sendo um perfeito desconhecido, para mim, escreve o que eu gostaria de escrever...e não saberei nunca!
  • um outro, também especial, para alguns "desertores" da escrita bloguista - como o TCA, por exemplo que lá se lembrou de nós por momentos;-) ...fazes falta, pá!
  • por fim, gostaria de deixar um "voto" de agradecimento aos recentes visitantes deste cantinho sem pretensões...já as teve!... por exemplo, as de fazer chegar os meus "gritos" a uns ouvidos moucos...como não deu resultado, desisti!...de "berrar", mas fui ficando...uma pessoa habitua-se a dizer "bacoradas" e depois...fica vício!;-)
  • a todos os restantes - mesmo não mandando beijos, sim que eu não ando pr'aí aos beijos a qualquer um!;-) - desejo tudo de bom, tal como o desejo para mim e para os meus!...mesmo para aquelas alminhas (tontinhas) que acharam por bem andar todo o ano a dar-me cabo da pachorra...;-)))

  • ***...***...***
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Desta vez a volta foi pra norte do Tejo...

Quem não conhece Óbidos?

...depois foi um saltinho ao nas Caldas da Rainha...ficou por visitar o Museu Cerâmica e o entre outros... só que o tempo, sempre o maldito tempo...a faltar!



...hummmm, sabe bem passear...;-)


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20/12/04

E morri um pouco mais....


Norah Jones - What Am I To U?
provided by VideoCodes4U.com
(p/ouvir este som ñ esqueça de desligar o de fundo...lá em cima!)

Uma ferida aberta sangra. Manda o instinto que se trate das feridas até as sarar. Para tal procura-se o remédio mais adequado. Como nem sempre é possível encontrá-lo, com facilidade, acaba por se recorrer a "mézinhas" que alguns chamam de "milagrosas". Que importa? A quem dói só o alívio da dor interessa e nem sempre o método é tido em conta. Assim, começa-se por assistir à ferida a sarar e a fechar quando, como quem não quer a coisa, um outro golpe a abre de novo. E lá se volta aos curativos. E lá se volta a recorrer a todos os analgésicos para um alívio que se deseja mais que tudo. Mas, quando este processo se repete vezes sem conta, demasiadas vezes para o humanamente admissível, acontece uma coisa que a sábia mãe natureza inventou para garantir a sobrevivência: a ferida começa a calejar! Quer dizer: em vez de cicatrizar naturalmente acaba por formar cicatriz sobre cicatriz até que qualquer novo golpe deixa de provocar dor, mesmo com a ferida em aberto.

Com as feridas da alma sucede, exactamente, o mesmo. Por isso, hoje, ao receber o que há tanto (mas tanto!) desejava fiquei impávida e (quase) serena quando antes ficava num alvoroço tal que o meu coração parecia querer sair-me pela boca. Hoje senti que perdi qualquer coisa que nunca mais vou recuperar. E senti a saudade antecipada. E morri um pouco mais.


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Vamos começar a entrar naquela fase dos balanços...

...que eu odeio!... mas em que, invariavelmente, também caio!

...é, também, a época de desejar tudo a toda a gente, mesmo se nem sequer se deseja mesmo e menos ainda a toda a gente...mas, como este ano até me correu muito bem - fazendo a média a todos os "itens" nenhum correu mal embora, também, nenhum tenha chegado ao céu:-> - por tudo isto ainda cá voltarei (até porque estou de férias! yupiiiiii!!!) para distribuir os meus desejos (bons!) por alguns felizardos e veremos se me contenho e não desejo alguma coisa (má!) a algum "infelizardo"...

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19/12/04

Lavei a alma...

...por algum tempo...:-)
Vila Nova de Milfontes

***

PORTO COVO

DE ALDEIA DE PESCADORES
A ATRACÇÃO TURÍSTICA


Roendo uma laranja na falésia
Olhando o mundo azul à minha frente,
Ouvindo um rouxinol nas redondezas,
No calmo improviso do poente

Em baixo fogos trémulos nas tendas
Ao largo as águas brilham como prata
E a brisa vai contando velhas lendas
De portos e baías de piratas

Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo

A lua já desceu sobre esta paz
E brilha sobre todo este luzeiro
Á volta toda a vida se compraz
Enquanto um sargo assa no brazeiro

Ao longe a cidadela de um navio
Acende-se no mar como um desejo
Por trás de mim o bafo do destino
Devolve-me à lembrança do Alentejo

Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo

Roendo uma laranja na falésia
Olhando à minha frente o azul escuro
Podia ser um peixe na maré
Nadando sem passado nem futuro

Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo


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Mémoire de ...

...

Ailleurs... mais pas forcement
une question de distance,
cella peu commencer par un
souvenir.


albertobei

****
»...Meu caro Alberto(...) a distância não faz ausência e esta não faz silêncio e este não faz esquecimento...tu sabes, eu sei, no entanto...sempre há silêncios que se tornam insuportáveis (e imperdoáveis, refira-se) (...)«

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18/12/04

...começando a treinar-me, já!, nos (bons) propósitos do novo ano...

...PARABÉNS A NÓS, MEU AMOR!!!
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17/12/04

Este JPP, de vez em quando, tem umas muito boas!:->

...pena q seja só de vez em quando, muito de vez em quando!:->

« 13:26 (JPP)
ATIRADOR FURTIVO

diz o dr. Portas que eu sou. Infelizmente os exemplos que citou, incluindo o meu, são de atiradores de primeira linha, bem pouco furtivos. Furtivas são as "fontes anónimas", furtivos são os que "passam" notícias para os jornais, furtivos são os que, apoiados em aparelhos de imprensa pagos pelo Estado, os usam para promover e despromover quem lhes convém. Esta é uma especialidade que ele conhece bem, como produtor e receptador, não é a minha.

Dito isto, bem pobre é a acusação a quatro homens, só com o poder da palavra, da opinião e do argumento, para os culpar de tão grandes coisas: a queda de um governo e uma maioria e o fim de uma coligação que tinha jurado existir até 2014.», in Abrupto

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15/12/04

...a partir do dia 2 de janeiro de 2005 vou passar a...

  • começar as dietas às 3ªs fªs!... em vez de ser sempre às 2ªsfªs;
  • deixar de acreditar no pai natal!...acho melhor começar a acreditar na mãe natal, assim como assim sempre fico com um ar mais feminista;
  • gastar menos $€€€€$!...quero ser rica antes de começar a usar bengala;
  • deixar de protestar por tudo e por nada!...que se lixem os outros e as minorias e os pobres e os desprotegidos e os deprimidos e os tristes e os chatos e os abandonados e todos os restantes desgraçados desta terra que me calham sempre na rifa para lhes "aturar" as confidências;
  • ser menos antipática!...estou a tirar um curso intensivo para aprender a ser cínica sem "sangrar" por dentro;
  • ser mais expressiva para com quem me ama e tudo me dá!...quem dá (tudo) o que tem a mais não é obrigado;
  • ser mais "poupadinha", nos meus afectos, para com quem joga ao gato e ao rato!...os jogadores são seres em quem não se pode confiar;

Depois, também vou deixar de...
  • esperar, eternamento, por quem nunca chega!...um dia acaba-se o tempo e o espaço e eu, reduzida a pó, ainda espero;
  • acreditar que a honestidade é mais simples!...para alguns é um mito;
  • respeitar memórias inventadas!...essas podem apagar-se;
  • pensar que devo lealdade a quem só conhece a (in)fidelidade!...um e outro conceito não se misturam, nem têm nada a ver;
  • dar ouvidos a fantasmas!...se já vivos eram um sonho mau, em fantasmas são puros pesadelos;

[à medida q me lembrar irei acrescentando a lista...até ao dia 31 de Dezembro de 2004]
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14/12/04

"E que a alma tem corpo e sexo e tudo"(elmano dixit)

...quando li esta frase lembrei-me do livro «A Alma do Sexo», de Thomas Moore. Algo que me obriguei a ler, há tempos, por me ter sido oferecido por alguém muito especial...até hoje ainda estou para perceber porque me foi oferecido o raio do livro...por quem foi!?!... é que não vislumbro nada de comum com o que pensamos (ofertante e receptor), parecendo-me muito mais um livro "à lá paulo coelho" com conselhos que, no mínimo, eu classificaria de ingénuos, mas...quem sou eu para classificar estas coisas vindas de quem vêm!?:->...até é possível que esteja pra lá alguma coisa, nas entrelinhas, e só a minha burrice me impeça de ver...

...enfim, do menos mau consegui retirar isto: «O afecto é o processo de tornar o amor sensual, e por isso pode levar directamente ao sexo, dando a este a alma de que precisa para não se tornar agressivo, manipulador e vazio. 'Afecto' tem origem em duas palavras básicas latinas, ad, para, e facere, fazer, e portanto significa 'fazer para'. Quando o afecto se perde, somos passivos, mas quando está presente 'fazemos para', ou somos activos, deixando as nossas vidas e os nossos corações influírem nos nossos vizinhos e no nosso mundo, oferecendo uma espiritualidade do coração, não só da mente, para uma cultura ávida por genuíno afecto.»

...é claro que excertos retirados dos contextos são sempre perigosos, mas... sempre gostava de perceber se sou, mesmo, eu que não vejo (quase) nada que se aproveite no raio do livro!? ...no entanto, mantenho-o guardado...religiosamente!, é que dos livros, mesmo de certos livros, não me consigo livrar como de outros "lixos"...:->

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Dedidamente...quero voltar pra caverna!!!

...se nunca vou ser capaz de escrever assim (e não vou mesmo, nunca!)...quero voltar pra caverna e depois peço-vos o favor de me irem enviando coisas destas, por favor!...
*** *** ***


Esclarecimento


Saibam de uma vez por todas
Que o coração existe imensamente
Passível de síncope ou de paixão,
Que saibam para sempre
A sua influência no amor ou na morte
E que a tristeza quando surge desprevenidamente
É lá que se aloja...

Saibam de uma vez por todas
Que a alma vive intrinsecamente
Insinuando-se nos gestos e nas emoções
Que o resto é apenas biologia ou pouco mais
E que a alma tem corpo e sexo e tudo
E por isso sofre, rejubila e sangra.

Saibam de uma vez por todas
Que o espírito também bebe whisky
Esquivando-se do corpo sempre que pode
E que as ressacas são apenas a confirmação
Da inutilidade dolorosa do corpo.

Saibam enfim e definitivamente
Que o amor é simplesmente tudo
E por vezes tudo ainda é pouco
E o mais que isso é provavelmente
Do domínio dos deuses
E como tal não nos diz respeito.

posted by elmano @ 12/14/2004 05:39:14 PM, in
SULturas


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13/12/04

Decidi começar a limpar...

... todos os quartos por onde passaste...e onde nunca entrei!
Uma boa forma de limpar os caminhos por onde andaste é deixar que outros os percorram...comigo!
Desmistificar sempre foi uma boa forma de limpar...a alma!
Profanar espaços míticos também sempre foi uma boa forma de afugentar fantasmas. E afugentar fantasmas transforma-se numa brincadeira infantil quando percebemos que os mesmos mais não são que halogramas dos nossos desejos.
Quando tiver terminado as limpezas estarei, finalmente, livre! Porque se "Não me rendi a ti, não me vou render ao teu fantasma"

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Munoz
«(...)
não tenho medo de estar só
tenho medo de não estar contigo
24-02-2004,
lfdsa »

[simples, não é?!?]

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12/12/04

«É bom podermos entrar num lugar e não precisarmos de ser inteligentes ;) »

...'tás a gozar comigo, não estás?!?grrrrr
...esta faz-me lembrar aquelas pessoas, antes do 25 de Abril, muito certinhas e cumpridoras da ordem e da lei que mal ouviam falar das dificuldades da vida desatavam a berrar : " eu não me meto em política!"... parecendo desconhecer (ou fazendo por isso!) que tudo na vida é política...até o ser apolítico!
...assim estamos nós com a inteligência!...ninguém o é porque quer, ninguém o deixa de ser pela mesma razão!...pode-se é desenvolvê-la, ou embrutecê-la, mediante as circunstâncias por vezes adversas é certo, mas na maior parte das vezes por mero comodismo, tal como os outros quando não queriam "meter-se" na política...
...o que muitas vezes se confunde é inteligência com saber, cultura, conhecimento...há inteligentes pouco cultos...como há pessoas que sabem muito, quer dizer: acumularam muitos conhecimentos, mas isso nem sempre é sinónimo nem de inteligência, nem de cultura propriamente dita... o que já duvido é que possa existir um burro sábio! :->
...em conclusão: espero que me exijam (sempre) que seja inteligente!, mas...tb. espero que sejam tolerantes para com a minha ignorância...sabendo que, sendo inteligente, procurarei sempre melhorar-me a todos os níveis...mas acho que o que o Luís queria dizer era algo diverso...;-)
..."é bom podermos entrar num lugar e não precisarmos..." de estar sempre a provar o quanto valemos como se estivessemos permanentemente em exame! Isso eu entendo! Isso eu aprovo inteiramente! Se há coisa que mais me puxe o pé para o sarcásmo, deparar com gente metida a intelectualóide, armada em "mete nojo" do tipo "eu sei tudo e vc.s reduzam-ze às vossa insignificância!" é uma delas! Isso e gentinha que nada mais consegue fazer que citar autores, reproduzindo ideias alheias sem lhes acrescentar nada de novo! É que assim não há ignorância que aguente!:->
Quanto a isto: «Para quê complicar quando podemos ser simples? Deixá-los ser simples, serem o que são.» já sou capaz de entender melhor, apesar de não concordar por inteiro. É que os complicados não o são por opção, tal como se torna impossível qualquer desejo de retorno à caverna. Uma vez de lá saidos não há retorno possível! Tal como, se és inteligente, não consegues passar a estúpido mesmo que isso te facilite a vida neste nosso mundinho da treta. Mas, lá que os simples são mais felizes, lá isso são!...restaria, agora, era definir o que é felicidade!???;-)))

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11/12/04

Um pequeno esclarecimento...

...para alguns menos atentos que entendem que a postura critica nos deve remeter à abstenção...abdicando do sistema de comentários, por exemplo, se os mesmos são mais razão de comicidade, por vezes a raiar o patético!, do que de reflexão...
...e, em especial, para alguém mais atento que entendeu o que eu queria dizer fazendo-me sentir menos "ET" neste mundo de "boas vontades gelatinosas"...
...para ambos os casos gostaria de dar uma pequenina explicação: continuo a preferir manter o sistema de comentários pela simples razão de entender que aquilo que escrevo tem um valor muito relativo e limitado que apenas se referencia pela minha necessidade de usar a escrita à laia de canavial do príncipe das orelhas de burro, como já em texto anterior referi. Depois, também, porque gosto de me autocriticar e reflectir sobre as bacoradas que escrevo ajuda-me a colocar alguns pontos em alguns iiiii!...embora algumas alminhas (patetinhas, claro!) achem que, quando me comento a mim mesma, é para suprir a falta dos comentários de outros!!! [sarcastica]
...assim sendo, continuemos nos nossos silêncios polvilhados, aqui e ali, de "gritos" que quase ninguém consegue ouvir... adoro minorias!!!;-)


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10/12/04

Um dia...

Picasso
Two Women at the Window, Posted by Hello

...deixarei de ter fantasmas a assombrar-me...
(...)Dizes que repito
Algo que disse antes. Vou dizê-lo de novo.
Digo-o de novo? A fim de lá chegares,
De chegares onde estás, de saíres de onde não estás,
Tens de seguir um caminho por onde não há êxtase.
A fim de chegares àquilo que não sabes
Tens de seguir um caminho que é o caminho da ignorância.
A fim de possuíres o que não possuis
Tens de seguir o caminho do despojamento
A fim de chegares àquilo que não és
Tens de seguir pelo caminho em que não és.
E aquilo que tens é o que não tens
E onde estás é onde não estás.
T.S.Eliot
[com um repetido agradecimento ao anónimo que mo deu ao conhecimento!;-)]


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“Não me rendi a ti, não me vou render ao teu fantasma”

Posted by Hello

»Frase do dia: “Não me rendi a ti, não me vou render ao teu fantasma”.«

in sangue na navalha

  • ...um belo propósito!...que vale por isso mesmo, por ser um belo propósito...apenas!


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09/12/04

Confesso que ando há uns tempos para abordar esta questão... II

...como costuma ser hábito lê-se com demasiada ligeireza aquilo q "o outro" diz se o que disse contraria, de algum modo, o que o lugar comum pensa, faz, ou diz...:->

...assim sendo, é bem mais fácil reduzir a minha crítica - aos "circulos circularmente circulares" desta nossa "infocomunicação" bloguista - a uma leitura simplista e achar-se que "se não queres comentários tolos...retira o sistema de comentários!" ...simples, não é!?!:-> ...assim a modos como... se não estás bem muda-te!, mas...eu sou daquelas que quando não estou bem tento alterar o que me faz sentir mal em vez de desitir e sair de cena...:->

...ora, o que eu referia - e, por acaso, até nem referia o meu blog e respectivos comentários que até valorizei mais pelos silêncios que pelos lugares comuns a que, felizmente, me têm poupado...talvez porque eu não me preste a tal...logo não vejo porque diabo haveria de não ter comentários!?:-> - mas, ia eu a dizer que me referia muito mais ao que vou lendo por aí - não que se exija sempre e a todos umas tiradas profundas, inteligentes, sábias e etc e tal!, mas...entre a tolice e a qualidade suprema...não existe mais nada!??? - é que eu de tolice generalizada sei-me isenta, mas tb. me sei pouco dada a qualidades supremas!:->

...continuarei a criticar essa circularidade que faz com que ande meio mundo a visitar o outro meio dizendo quase sempre os mesmos lugares comuns, não por serem apenas banais - nem tudo o q é banal é de desvalorizar, mas...:-> - sem que daí se retire qualquer mais valia e, como eu dizia, muitas vezes até contrariando a qualidade dos próprios textos comentados...logo, é bem fácil perceber-se que me referia aos comentários tontinhos e não aos blogs tontinhos...a estes nem me dou ao trabalho de lá voltar uma segunda vez como muitos farão, por certo, com o meu...não é isso que está em causa!...afinal o que eu prentendia trazer à tona é esta massa amorfa que plana por aqui - pela rede em chats, fóruns, blogs -(como pela vida) sem nunca tomar posições, apenas deixando correr o marfim sem fazer muitas ondas...aqui e ali condescendendo em fazê-las por razões meramente fúteis...e fazendo parecer que vivemos num mundo maravilhoso onde todos somos bonzinhos_e_amigos_e_tolerantes_e_solidários_e_presentes_e_ apaixonados_e_cumpridores_e_zeladores dos bons costumes_e_supra sumos da civilidade_e_cultos_ e_informados_e_e_e_e tudo do mais perfeito que possa existir...menos os amores infelizes que a maioria chora em poemas de fazer chorar as pedrinhas da calçada!:->
...como é bom de ver, existem mais uns quantos (poucos!) blogs que, não sendo supra sumos do pensamento teórico do sec. XXI são, no entanto, interessantes porque abrangentes na abordagem dos problemas que a vida nos coloca fazendo-o duma forma inteligente, descomprometida, recorrendo ao humor de qualidade e levando ao debate - sem necessidade de pavoneamentos intelectualóides! - e não será curioso que nesses blogs a "circularidade circulante" pouco ou nada se manifeste?!?:->
...posto isto só me resta referir que as carapuças só enfiam...onde a medida lhes servir!:->...ah!...e ainda!!!;-) ...continuar a agradecer aos silenciosos que continua(ra)m a ler-me...em silêncio!;-)

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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

08/12/04

Confesso que ando há uns tempos para abordar esta questão...

...a questão dos comentários nos blogs!;-)

Não tenho muita pachorra para lugares comuns. Meus ou de outros. Escritos ou falados. Vividos ou imaginados. Vai daí...entro numa enormidade de blogs e, por vezes, apesar de apreciar os conteúdos fico estarrecida com a "qualidade" dos comentários! Melhor (diria, antes, pior!): a falta de imaginação!; a falta de originalidade!; a falta de racionalidade para fazer um comentário com sentido que não seja a bajulação, a publicitação encapotada do seu próprio blog, ou uma tirada intelectualóide que acaba por conjugar todas as patetices anteriores. Resultado? Desisto de dizer o que quer que seja porque o mais certo era sair "bojarda" a remar contra a corrente e já começo a cansar-me de andar a berrar que o rei vai nú! Depois que mais se vê? Um círculo fechado onde, quase sempre, rodam as mesmas alminhas que se paparicam mútuamente assim a modos que "tu vens ao meu que eu vou ao teu; tu dizes bem do meu que eu digo bem do teu; tu largas umas boquinhas delicodoces no meu que eu derramo um pedaço de melaço no teu"...bahhhhhh, não há pachorra, mesmo!!!
Depois, depois há aqueles blogs onde quase ninguém participa. Quer dizer: a maior parte dos posts ficam sem qualquer comentário, outras vezes aparecem uns comentários que pouco, ou nada, têm a ver com o tema tratado. Aceito que alguns temas sejam difíceis, outros de menor interesse para as maiorias, mas... c'um caraças!, no meio de tanto bloguista ninguém é capaz de largar uma "bojarda" que seja? Confesso que, no meu, prefiro de longe as "bojardas" que os melaços e, mal por mal, o silêncio absoluto! Até porque...
Até porque...eu sei quem entra no meu blog...e quem entra e lê!;-)...e isso é que me importa! Isso é que me dá gozo. Dá-me um prazer enorme perceber quem me visita todos os dias (ou quase!); quem me visita, no mesmo post, vezes sem conta...isso "diz-me" que, por mais tonterias que eu escreva, alguém está a tentar perceber o que eu quero dizer...mesmo se mal! Perceber que alguém que não me conhece de lado nenhum se dá ao trabalho de cá voltar e de me (re)ler, mesmo se em silêncio, faz-me sentir uma onda de calor feita da ternura que se alimenta do sentimento de gratidão (sem lamechice!) pelo tempo que alguém me dá sem esperar nada em troca...em geral o silêncio é feito disso mesmo: do desprendimento de quem nada pede em troca. E assim nos andamos a visitar, quase sempre em silêncio aqui e ali polvilhado dumas poucas palavras quando esse mesmo silêncio já começa a pesar-nos demais...
Obrigada a todos os que me visitam com a regularidade que só dos amigos esperamos. Mas, mais ainda, agradeço aos que me poupam aos lugares comuns e me oferecem os seus silêncios de ouro. Aos outros.... obrigada por me esquecerem!
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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

07/12/04

'...como já não há heróis...'

«...ele apenas navega na impossibilidade das coisas.»
in sangue na navalha
´

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06/12/04

...felicidade é...

'albert jacquard # 11
«Para mim, a felicidade é sentir-se belo no olhar dos outros.»
(Op. cit. p.57)
Publicado por vbm em blog experimental, dezembro 03, 2004'



  • ...para mim, "felicidade é..."...sentir-me única no sentir dos outros... ;-) Enviado por amok em dezembro 5, 2004

  • Comungar, participar, exemplificar o «belo», em nada diminui a singularidade de cada sua expressão. // Nada receies, mulher. // :) Enviado por vbm em dezembro 5, 2004

...um dia destes ainda me vais explicar porque é que estás sempre a achar que eu tenho medo e, já agora, de quê...;-)

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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

03/12/04

«Norte (o meu)»


Volto as costas ao vazio
procuro o vento frio
o caruncho pode desfrutar
do meu velho sofá
deixo as manchas de café
o candeeiro de pé
vou em busca do meu Norte

Levo imagens que sonhei
tesouros que roubei
a famosa gabardine azul
tem mais alguns rasgões
levo as horas que perdi
o espelho a quem menti
sigo em direcção ao Norte

Quantos pontos cardeais
ficarão no cais da solidão?
Quantos barcos irão naufragar,
quantos irão encalhar
na pequenez da tripulação?

Deixo os dias sempre iguais
os mundos virtuais
deixo a civilização que herdei
colher o que plantou
abandono o carrossel
a Torre de Babel
deitei fora o passaporte

Confio às constelações
as minhas convicções
quebro o gelo que se atravessar
no rumo que eu escolhi
o astrolábio que há em mim
vai respirar enfim
hei-de alcançar o meu Norte
JP

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