06/02/07

Como eu dizia, algures ali prós lados do Aspirina B...escusam, os homens, de pretender ter uma palavra decisiva na opção da mulher de ter, ou não ter, um filho porque essa palavra decisava só terá lugar se (e enquanto) o domínio machista prevalecer. Fora isso, duma forma ou de outra, uma mulher que não quer ter um filho num determinado momento terá sempre forma de o não ter, mesmo!...a despeito do 'senhor que participou no acto'. :=>
Mas, como muito bem dizia o Rui Tavares cujo texto do Público foi transcrito, também, no Aspirina B a pergunta é uma e só uma e não é, por certo, se concordamos, ou não, com o aborto; ou se deve ser dada, ou não, a palavra ao homem/pai para se decidir fazer, ou não fazer, um aborto!
O carissímo 'Elmano' lá resolveu sair da longa 'hibernação' e exprimir, muito melhor que eu, essa mesma ideia: em última análise só à mulher é dado o poder de decidir...ter, ou não ter um filho!
Se, entretanto, os hipócritas do NÃO determinarem com uma maioria de votos que a mulher vá decidir pró raio que a parta, mas sem a depenalização!, então lá teremos de continuar a recorrer à clandestinidade - com todos os riscos que isso implica, já para não falar nos custos económicos que tanto os preocupa - que é uma coisa que fica muito bem num país dito civilizado, pois claro!
Às tantas apetece berrar:
'É A DESPENALIZAÇÃO, ESTÚPIDOS, É A DESPENALIZAÇÃO!'
***...***...***
(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

2 comentários:

ab disse...

"
« Comment as-tu pu me tuer ? »
Le centre paroissial de Notre-Dame-de-l’Annonciation, à Setubal, est prêt à tout pour que le « non » à la dépénalisation de l’avortement l’emporte au référendum, ce dimanche, au Portugal. Une lettre déposée dans les sacs des enfants d’au moins deux maternelles dirigées par cette église pour être remise aux parents donne la nausée. « Maman comment as-tu été capable de me tuer ? » interroge un foetus à sa mère. Écrit par les responsables chrétiens, le texte poursuit l’accusation imaginaire : « Un jour que je jouais heureux au plus intime de tes entrailles, j’ai senti quelque chose de très étrange, que je ne saurais expliquer : quelque chose qui me fit frissonner. J’ai senti qu’on m’ôtait la vie. »
Ça continue : « Maintenant, maman, je sais tout. Je suis ici dans l’autre monde et un camarade qui a subi le même sort que moi m’a dit que c’était toi. Il m’a dit qu’il y a des mères qui tuent leurs enfants avant leur naissance. Maman comment as-tu été capable de me tuer ? » La lettre insiste : « Comment as-tu accepté qu’on me coupe en petits morceaux et qu’on me jette dans un seau ? » Elle ajoute en guise de conclusion que la mère aura à rendre compte devant Dieu avec qui le foetus dit avoir parlé la veille. En réponse à la protestation des parents, le père Manuel Vieira a affirmé que la missive a été « distribuée par les écoles et les enfants », tout en ajoutant que « l’église a l’obligation d’informer ». Fortement impliquée dans la campagne en faveur du « non » à l’IVG sur simple demande d’une femme, l’Église catholique est restée muette au sujet de cette sinistre lettre."

M. K.


http://www.humanite.presse.fr/journal/2007-02-07/2007-02-07-845486

amok_she disse...

xiiiiiii, 'mon dieu'!!!...isso já chegou aí!???...q vergonha!:-(((