"E choro com o Mozart"
Estou a ouvir o "Requiem" de Mozart...
Ao mesmo tempo, leio "A Serpente" de Stig Dagerman...
Que paralelismo existirá no que oiço e no que leio?
Uma frase prende-me ao livro e não me deixa avançar, enquanto Mozart se aproxima do abismo...
"Extraordinária, a facilidade com que se mentia. (...)
E nãp passo daqui. Porque será?
O Mozart suga-me para a sua mentira? Ou srá antes Stig a tentar perder-me na sua verdade?
"Natuaralmente, aqui nada tem sentido em si mesmo, de outro modo jamais poderíamos perdoar a vida, mas tudo o que fizemos ou deixámos de fazer tem certamente uma grande importância em relação a nós próprios, ao nosso sentimento de culpa.", dirá Stig um pouco mais à frente (ou atás?)...
Mas isso que interessa, quando o que se lê mais não é de o que queremos ver repetido e confirmado perante os nossos olhos?
As re-leituras têm destas coisas...
As leituras, não: são um acto de adesão ou de não-adesão.
Por isso, rio-me.
Rio-me das leituras. Rio-me da subjectividade. Rio-me das adesões.
E choro com o Mozart.
Quid Novi
Sáb Jan 25, 2003 8:42 pm
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