22/12/03

O amor não morre...

É como nuvem que se renova após a estia, é como flores que retornam com a primavera.

Ao assistirmos o agonizar de um “grande amor”, independente da razão que o provocou, somos inclinados a aceitar que nossa felicidade também feneceu com ele e que nada mais significa estar vivendo.

Tolos, nós somos! Tolos e imaturos, por pensarmos assim!

Não foi o amor quem morreu, o amor não morre.

Morreu uma razão de amar, apenas. Assim como morre um cravo, assim como uma nuvem condensada se transforma em chuva e se desfaz.

Porém, essa mesma chuva que caiu se transmudará em nuvem, um dia, e a queda de um cravo não elimina a raiz que o gerou.

Nosso coração é como um sol.

Com seu calor nós podemos secar as lágrimas, suavemente, em lenta evaporação, compondo uma nova nuvem em nosso céu interior.

Nosso coração é também o solo onde nossa sensibilidade aprofunda raízes em busca de seiva para novas flores.

Porque chorar, então? Não há razão!

Bom terreno, é o terreno úmido que facilita o trabalho do sol na formação de novas nuvens.

Sem chuvas não há colheitas... e a queda da flor é razão de força para o botão que irá desabrochar.

O amor não morre.

Crer na morte do amor é crer na morte da vida e a vida é imperecível.

O amor é o vôo de fênix no céu interior de cada um de nós

É renascença, é eternidade.

Lembre-se de seu primeiro amor.

Lembre-se de todos os amores que você viveu até que essas últimas lágrimas fluíssem de seus olhos.

Lembre-se da importância que tiveram em cada fase de sua vida.

Lembre-se, antes dele vieram muitos.

Lembre-se, que muitos virão depois... amanhã... hoje mesmo, talvez.


Mas jamais esqueça que você é o Amor!

((OCEANO))

08.05.1999
(((P.R.A.D.))

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