O amor não morre...
É como nuvem que se renova após a estia, é como flores que retornam com a primavera.
Ao assistirmos o agonizar de um “grande amor”, independente da razão que o provocou, somos inclinados a aceitar que nossa felicidade também feneceu com ele e que nada mais significa estar vivendo.
Tolos, nós somos! Tolos e imaturos, por pensarmos assim!
Não foi o amor quem morreu, o amor não morre.
Morreu uma razão de amar, apenas. Assim como morre um cravo, assim como uma nuvem condensada se transforma em chuva e se desfaz.
Porém, essa mesma chuva que caiu se transmudará em nuvem, um dia, e a queda de um cravo não elimina a raiz que o gerou.
Nosso coração é como um sol.
Com seu calor nós podemos secar as lágrimas, suavemente, em lenta evaporação, compondo uma nova nuvem em nosso céu interior.
Nosso coração é também o solo onde nossa sensibilidade aprofunda raízes em busca de seiva para novas flores.
Porque chorar, então? Não há razão!
Bom terreno, é o terreno úmido que facilita o trabalho do sol na formação de novas nuvens.
Sem chuvas não há colheitas... e a queda da flor é razão de força para o botão que irá desabrochar.
O amor não morre.
Crer na morte do amor é crer na morte da vida e a vida é imperecível.
O amor é o vôo de fênix no céu interior de cada um de nós
É renascença, é eternidade.
Lembre-se de seu primeiro amor.
Lembre-se de todos os amores que você viveu até que essas últimas lágrimas fluíssem de seus olhos.
Lembre-se da importância que tiveram em cada fase de sua vida.
Lembre-se, antes dele vieram muitos.
Lembre-se, que muitos virão depois... amanhã... hoje mesmo, talvez.
Mas jamais esqueça que você é o Amor!
((OCEANO))
08.05.1999
(((P.R.A.D.))
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