29/02/08

Mariza, Barco Negro


(...)
Eu sei meu amor, que nem chegaste a partir
Pois tudo em meu redor me diz que estás sempre comigo.


No vento que lança areia nos vidros,
Na água que canta no fogo mortiço
No calor do leito dos bancos vazios
Dentro do meu peito estás sempre comigo.

***...***...***
(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

28/02/08

E, por causa da Bethânia, lembrei-me da Mariza...





***...***...***
(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

26/02/08

Apetece-me relembrar (a mim mesma, principalmente!) isto...


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Como eu te percebo bém, ó velhota :-)

Mas... esqueces que "isto" está tudo regido na base dos contratos??

Casamento? ---> Contrato !

Arrendamento ---> Contrato !!

Acesso a isto e àquilo? ---> Contrato !!!

Não queres acesso a istou ou àquilo? ---> Pimba! Toma lá contrato!

Somos uns contratadores, é o que é... e depois queixamo-nos...

Até as amizades acabam em contratos: "Faltas-te-me? ---> Pagas!"

Já reparaste que até os novos-anarquistas se anulam ao primeiro encontro? Na ânsia de tudo des-regularem, a primeira coisa que fazem é um grupo para estudar um contrato-de-não-regulamentação...

Acho que sou o último dos anarquistas: exijo contratos de e para tudo só para, quando me apetecer, poder ter o gozo de transgredir...

É assim que modos de um eterno Peter Pan , sabes? A minha "Terra do Nunca" está sempre ali sobreposta à dos contratadores...

Ah... como adoro perguntar "E que mais?"... ou "E depois?" e ver estampada a irritação e o desespero na cara daqueles contratadores ... eh eh eh

Nããã~... não são os pais ou os avós os "culpados" pelo teu desespero ou desânimo... nãããã

"Culpada" és tu, por te achares pai/mãe e por te regeres por contratos (de boa-educação, de racionalidade, de "na-minha-idade-parecerá-bem?" etc) irreais...

Hummm.... quase estava pronto para fazer um contrato contigo... mas... hummm... pois era, lá se iria a minha "peter-mania" por água abaixo :-))

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...por aqui se vê como nunca entendeste nada de nada!:->
...se há coisas que são "sagradas", entre nós, e são exactamente essas "coisas" que nos alimentam uma busca qq - mesmo se do pote de ouro no fundo do arco iris, ou da terra do nunca, ou doutra merdice qq em q só nós acreditamos! - essas "coisas" são suportadas pela convicção (assumida!) da completa impossibilidade de estabelecer qq tipo de contrato... qq, entendes?!?...ou bem q se é anarca, ou ñ se é! :->

...e depois, no dia em q, entre nós, se estabelecesse um contrato era a tragédia total!...encontrávamos logo o pote de ouro...e descobriamos q, afinal, era pechisbeque! ; entravamos na terra do nunca e percebia-se q tudo existia e o nunca tinha sido uma ilusão de optica (a idade tem destas coisas!, eheheh)
...e nem quero imaginar o tudo o mais q seriamos capazes de descobrir para nos dar cabo das fantasias tão afanosamente trabalhadas no pré-contrato...:->


...pois, lá vamos nós!?...não, não vamos q eu já ultrapassei essa fase...:->

...ao que parece nós(!) devemos ter estabelecido um qq pacto (ou terá sido contrato!?:->) de não agressão verbal optando, em contrapartida, por deixar aberto o dique das palavras...escritas!...eu prefiro não ir por aí!

...continuas a misturar códigos de conduta com gestão de sentimentos e, acima de tudo, continuas a linearizar td para q te seja mais fácil a respectiva digestão!;-)
...eu só tenho problemas com as digestões das jantaradas fora de horas!:->

...e já ag, tu q gostas tanto de transgredir...já experimentaste olhar bem nos olhos de alguém - que amas! - e dizer-lhe: "amo-te, mas preciso(!) deixar-te"...e aguentares com esse olhar sem virares as costas para o não ver!???!...transgredir é fácil, meu velho, é fácil e dá pica, mas...os sentimentos dos outros não podem ser misturados com contratos e com obrigações sociais, nem sequer com pactos de bem viver...quando toca a mexer com os sentimentos a coisa fia mais fino...e é só disso q eu falo...e é só disso q eu me "queixo", pela minha incapacidade para os saber gerir...porque eu tb. gosto de transgredir, mas não gosto de olhar os olhos dos outros quando sou eu a ferir...

...qt à questão genérica...dá pano para mangas e claro q irei pegar-lhe para ver se geramos pr'aqui uma boa discussão...;-)

...ah!, tb. li pr'ai umas patetices, mas a essas já nem te vou responder...são "coisas" já demasiado batidas (entre nós) e eu...detesto estragar a felicidade alheia, mesmo se baseada no não querer ver, mais do que no não querer saber...;-)


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Por muito que penses que não, fi-lo em diversas etapas da minha vida. Umas vezes, para minha salvaguarda; outras, para salvaguarda desse(s) outro(s) alguém(s)..

Talvez que isso tenha tido a bondade de também acabar por (ou , essencialmente por) salvar esse amor.

Há três anos atrás, por exemplo, fi-lo porque tinha mesmo que fazê-lo, sob pena de me destruir a mim e a alguém.

Poderás dizer "mas era necessário ir por aí? era necessário agir assim?"...

Por muito filósofos que sejamos todos, a filosofia é um acto de interiorização e não de acção (sei que há por aí quem me desminta, mas...)

E a acção não espera que interiorizemos: fazemos (bem ou mal, melhor ou pior) e arcamos com isso.

Ora, pasados três anos, poderemos então filosofar?

Eu não consigo nem quero filosofar sobre o que fiz há três anos. Hoje, não tenho que pegar numa balança e pesar o que se passou entretanto. Pelo simples facto de que o que se passou é resultado do que eu agi e não do que poderia ter sido se não agisse ou se não agisse daquela forma...

Complicado?

Penso que não. Se, por algum acaso, o que se passava comigo se passasse com alguém que me pedisse opinião... ahhh!.. aí as coisas mudavam de figura... Puxava da minha sabedoria acumulada, desfiava prós e contras, e sei lá que mais..

Mas, nesse caso, sentia a responsabilidade de habilitar a outra pessoa com tudo o que estivesse ao meu alcance, enfim, sentia-me em parte responsável pela decisão de outrém...

E eu? Eu, não tenho que pesar nada perante mim, não tenho que "fazer contas"...

Fiz o que fiz... estive a 100% e não tenho que me arrepender de nada, mesmo quando o final é menos "apetecível"...

No que diz respeito aos "contratos", era só uma outra possível visão do que nos rodeia e do que, mesmo inconscientemente, nos leva a "fazer contas".


[dialogo travado algures lá prós idos de Jan' 2005...como o tempo passa...e como nos arrependemos do que não fizemos...quando já é, de todo, impossível fazer...o que quer que seja!]

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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

24/02/08


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

«Em caso de vitória, Christofias, primeiro dirigente do partido comunista cipriota candidato às presidenciais, vai tornar-se no único chefe de Estado comunista num sistema presidencial no seio da União Europeia.»

Xiiiiiiiii...não era suposto, em teoria, nunca jamais em tempo algum um partido comunista ganhar eleições livres pelo menos no, também suposto, mundo livre e civilizado como é considerada a Europa...?



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Ora, nem mais...«Carlos Fiolhais considera que é na escola que tudo começa.(...) »

«(...) a escola é o reflexo da sociedade e que a sociedade é o espelho do sistema de ensino.

CF: A escola é uma das maiores invenções da humanidade. Tal como a ciência e a filosofia, remonta aos antigos gregos e ficou até aos dias de hoje. E não há escola sem professores - nem julgo que venha a haver. Professor é, portanto, uma profissão não só com um grande passado como com um grande futuro. Sim, sou em primeiro lugar um professor e os livros não são mais do que uma extensão das minhas aulas. Permitem chegar mais longe.
(...)
CF: Sim, mas a sociedade é também o reflexo da escola. Há uma influência nos dois sentidos. O facto é que as sociedades mais desenvolvidas são aquelas que têm as melhores escolas. Tudo leva a crer que são desenvolvidas porque têm as melhores escolas. Uma maneira que a sociedade tem de se desenvolver, de garantir um futuro melhor, é apostar na escola.(...)»

A importância primordial da família na educação e cultura já se foi...há muito tempo! Até porque essa coisa de família já não se sabe muito bem o que é...ou sequer se ainda segundo, os conceitos do antigamente. E é isso que os profs insistem em negar porque lhes serve de bode espiatório das suas incapacidades, fraquezas e demissões como cidadãos detentores dum poder que lhes foi conferido, o poder que a cultura supõe conferir. Uma sociedade que se deseja desenvolvida começa por cultivar-se com uma boa escola, um bom sistema de ensino...esperar e/ou desejar o inverso seria um absurdo perverso e eivado de desonestidade intelectual.

Já não concordo, de todo, com o Professor CF (mas entendo-lhe a necessidade de ter dado algumas daquelas respostas) quanto aos manuais escolares. A escolha destes manuais sempre esteve dependente das escolhas dos profs e era ver o corrupio das editoras junto dos profs - assim a modos como os delegados de propaganda médica juntos dos médicos - e as ofertas feitas para os fazer pender por esta ou por aquela editora...tinha tudo a ver com pedagogias e conceitos científicos, então não tinha! Isto já para não falar na adopção de determinados manuais que, obrigatoriamente, os alunos deveriam adquirir (alguns sem nunca vir a ser utilizados) porque o seu autor até era prof da escola/disciplina... e esta era uma pratica velha
que se manteve até há bem pouco tempo, pelos vistos. Ainda me lembro de pior: nos meus tempos de secundário, nada abonados para livros escolares, em que pedia a uma amiga doutra turma para me emprestar alguns dos livros menos utilizados (esperava a saída da aula dela para levar o livro) em certo ano ver essa ideia gorada, pois o prof que era o autor e ao mesmo tempo dono da papelaria mesmo ali ao lado da escola onde se deveria ir, ter decidido rubricar todos os livros de toda a malta.

Como se perceberá a perda de prestígio dos profs muito se deve às suas próprias más condutas, tantas vezes nada condizentes com a função de ensinar e contribuir para formar carácteres de futuros adultos...



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Lá voltamos aos profs....

Isto duma pessoa tentar manter-se a leste do inferno - já que do paraíso ninguém, no seu perfeito juízo, fugiria! - tem o seu quê de engraçado. Uma pessoinha recusa-se a ler o jornal diário, a ver os 'telejornais', já nem as revistas semanais compra (mesmo se ainda não resiste a dar uma espreitadela nas capas), mas depois está num sítio qualquer que resolve ter a tv ligada, precisamente, num qualquer 'telejornal' onde está a passar a 'manif dos profs', aquela supostamente convocada à revelia de grupos profissionais e/ou políticos (vulgo sindicatos e partidos), o que eu acharia muito interessante não fosse a coisa dar para o torto depois de ouvir alguns dos senhores profs!

E não é que se dá logo voz à primeira prof que passa e diz, numa voz embargada pela comoção - a propósito de quê? da raiva por alguém pretender meter ordem na bandalheira em que o ensino se tornou, em Portugal, depois de a carreira ter como principal objectivo dar emprego a quem pouco mais sabe, ou quer, fazer?!, se o vai conseguir, ou se o objectivo é mesmo esse e só esse, isso já são outros 'quinhentos' que, entre gente de boa fé, deveria ser aferido nas eleições - 'relatava' eu: muito revoltada, a tal prof, dizia que não admitia ser avaliada pelos pais que, tendo muito menos conhecimentos científico-pedagógicos, naturalmente!, não sentia merecedores de tal tarefa. E, pela forma como se exprimia, presume-se que essa seria a maior ofensa (duma série delas) constantes no tal diploma que irá regular a dita avaliação.

Também aparece um outro prof que se atira, não tão comovidamente é certo, contra o presidente de tal conselho e uma outra professora que manifesta reticências preocupadas quanto à forma como essa avaliação vai ser levada a efeito não recusando, no entanto, que os professores devam ser avaliados. Esta foi a única professora que ouvi naquelas entrevistas.

Ora, desde sempre que os profs - como bons componentes duma classe que se rege por ideias corporativistas, tal como médicos, juízes e outros que tais - se manifestam contra qualquer ideia (quanto mais lei) que pretenda mexer-lhes nos privilégios. No caso dos profs a coisa torna-se tanto mais abstrusa, quanto esses privilégios vão sendo perdidos por culpa própria, mérito do seu próprio obscurantismo. Ainda a ministra não deu um ai, limitando-se a seguir o que já estava programado, e aí estão eles a exigir a demissão!

Senão vejamos: tentava eu manter-me a leste disto tudo (como dizia no inicio), não queria saber pra nada de quem vai avaliar quem e como, mas...aquela boca fez-me ir à procura! Seria possível? Iam meter os pais a avaliar os profs??? Xiiiiii, ganda bronca! Mas...ora porra!, Então a coisa fica-se por isto:
«(...)Já a apreciação dos pais e encarregados de educação só poderá ser tida em conta pelos avaliadores mediante a concordância do professor, sendo promovida de acordo com o que estipular o regulamento interno das escolas.(...)»

Sim senhor! Aqui está uma coisa verdadeiramente chocante...ao ponto de meter aquela prof quase a chorar! Muitas culpas no cartório deve ter aquela gaja, pois então!!! Só pode...

Mas é claro que ninguém tem o direito de avaliar, menos ainda os pais!, porque raio uma prof não dá conta dos putos duma turma, quando outra prof obtém resultados completamente opostos. É claro que ninguém tem o direito de avaliar, menos ainda os pais!, uma prof que mete continuamente atestados porque até anda a fazer 'outros trabalhalhinhos' que até dão mais lucro. É claro que ninguém tem o direito de avaliar uma prof, menos ainda os pais!, que dá mais faltas que aulas. É claro que ninguém tem o direito de avaliar uma prof, menos ainda os pais!, que manifestamente não tem o mínimo jeito (e tantas vezes a mínima preparação) para lidar com crianças.

E também é claro que em todas as profissões podem e devem existir avaliações aos respectivos profissionais - se eu não mostrar continuamente a minha competência, no meu trabalho, o que tenho de mais certo é ir pró olho da rua e nem me valerá lá estar há um ror de anos, como já vi acontecer a muitas colegas minhas desde que entrei na empresa - mas isto só no sector privado, claro está! No sector público todas a incompetências são e deverão!, ser toleradas pois é para isso que, nós outros, pagamos os nossos impostos!

Como as cabecinhas de algumas pessoas funcionam como a daquela prof volto a frisar o que sempre tenho dito nestas coisas: os governos e respectivas políticas não estão isentos de culpas na calamidade a que chegou o nosso ensino; os pais e encarregados de educação não estão isentos de culpas nessa mesma calamidade; a forma como a sociedade está organizada propicia essa mesma calamidade, mas...de inocentes é que os profs não têm nada como sempre pretendem fazer crer! São até dos mais culpados, como também sempre digo, dado o seu (suposto) grau de cultura a que a maior parte da população portuguesa não tem acesso...e os pais culpados fazem parte dessa mesma maior parte da população portuguesa inculta...é que Portugal não é Lisboa e arredores!

E depois, gostava que me explicassem uma coisa: que raio de excepção deverá existir que permita aos profs subverter uma lei existente e que diz que as manifestações públicas devem obedecer a um pedido prévio de autorização das autoridades?!?

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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

21/02/08

Pois...

...podem deitar a casa abaixo ; fazer explodir o mundo; comer patinhas de aranha... que eu ando muito mais que ocupada em pesquisas sobre... a Tunísia!!! , próximo destino de aventura... não propriamente o ir prá Tunísia, entenda-se, mas o ir à revelia de tudo e de todos...!





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16/02/08

A ler...na totalidade!


Sábado, Fevereiro 16, 2008

o destilar do veneno (ou um exercício de arrogância primordial)




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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

Só nos faltava mais esta...


...não é que eu não ande a dizer, há "um rôr de tempo", q'isto ia bem mas era à bomba!, sendo que 'isto' era mesmo o mundo inteiro e arredores!!!


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

Sem fundamentalismos..."Tudo está bem quando acaba bem."




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Porque a memória existe...



"Queria tanto"

Queria tanto escrever-te!...
Queria escrever-te tanto!!!...

Queria tanto não te querer só para não te magoar!...
Queria tanto não te
magoar só por te querer!!!!...
Depois...

Depois, fico aqui como barco em doca seca a imaginar viagens
atribuladas por, como diz o Poeta, mares nunca dantes navegados e apetece-me olhar-te e ouvir-te, apetece-me decifrar em ti o que não dizemos, o que deixamos escapar sem escapar, o que olhamos dizendo o que não dizemos e o que dizemos olhando o que não olhamos.

Quantas vezes te beijei sem beijar? Quantas vezes senti o calor da tua mão na minha sem te tocar? Quantas vezes chorei no teu ombro e encostei a minha cabeça à tua sem que as lágrimas me traíssem ou que a minha cabeça te pesasse? Quantas vezes te amei odiando? Quantas vezes te odiei amando?
Quantas? QUANTAS?

A tua voz sossega-me... Sossega em mim o desejo de partir e de te procurar... Sossega em mim a loucura de me afundar no nosso rio e de te procurar no profundo azul sabendo que a viagem seria sem retorno... "Nos teus braços morreria" e na tua boca reviveria o sonho impossível de tudo desconstruir tendo-te... Na tua voz recordo teus olhos marejados pela injustiça da incompreensão do que nos rodeia... Na tua voz revivo os sons de um amor eterno e puro que ninguém mais viverá porque nosso... Porém, no silêncio da tua voz sinto o brilho dos meus olhos e no brilho dos meus olhos sinto-me o espelho do teu amor...

E rio-me... Rio-me das definições...das sentenças...das certezas... Rio-me da perenidade dos sentimentos alheios... do pequenino que é o amar dos outros... do "teatro" das vidas que perante nós desfilam... Rio-me do espanto desajustado de quem não sente o simples... de quem não sente o difícil da distância... de quem não sente o quente que o afastamento não esfria...

E tu, dás-me tudo!!!...
Dás-me a noção do dispensável da guerra mesmo quando
a paz é angustiante...dás-me a paz quando a guerra parece infindável... dás-me o resguardo de que preciso quando tremo...Dás-me esta calma que eu pensei impossível e que é tua e minha porque me ensinaste a conquistá-la!!

E dás-te a ti, quando eu penso que já tenho tudo!

Ah!, meu amor, como é belo amar e ser amado sem precisar de contabilizar vitórias... Como é belo adormecer nos teus braços e acordar sedento de mais um abraço... Como é belo este desassossego da calma que me dás!

Obrigado pela tua voz no dia de hoje!

UB

J

14.Fev.2000





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Porque somos livres!...

...haverá, sempre, forma de dar a volta ao disparate e à estupidez!!!


10/02/08

OH C'UM CARAÇAS!...IV

IV - No Público de hoje, escrito por José Sá Fernandes: «A concessão, outorgada entre outros pelo dr. Júdice em 2002, previa a construção do edifício por parte do vencedor do concurso anteriormente levado a cabo para o efeito(...)»

Dentro da minha ignorância não cabe esta! Mas, então como é que ele desconhecia tudo, como afirmou no «Público, 08.02.08
(...)
O então presidente João Soares abriu concurso público para um restaurante no alto do Parque Eduardo VII, um concorrente ganhou e assumiu em tal vitória (...)

Não soube de tal concurso, não concorri a ele, não conhecia sequer a empresa concorrente (ou os seus accionistas), não soube do resultado do concurso.(...)»

...e depois aparece a outorgar?, mas...isto não quer dizer que assinou o contrato de concessão???


Outorgar
v. tr.,
anuir;

aprovar;

conceder;

facultar;

doar;

dar por direito;

declarar em escritura pública;
v. int.,
intervir como interessado em escritura pública.


...há pr'aqui qualquer coisa que me escapa...é que não bate a bota com a perdigota, caraças!


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Mas...está tudo louco?!?

Tentei entrar no E DEUS CRIOU A MULHER e sai-me isto:

»Aviso sobre conteúdos

Alguns dos leitores deste blogue contactaram o Google porque acham que o conteúdo do mesmo é reprovável. Regra geral, o Google não avalia nem subscreve o conteúdo deste ou de qualquer outro blogue. Para mais informações sobre as nossas políticas relacionadas com os conteúdos, visite a página dos Termos do serviço do Blogger»

...isto deve-se a quê???...às fotos de gajas, em geral, semi-nuas??oh c'um caraças!, mas que raio de puritanismo vem a ser este, nos tempos que correm???



Entro no

e sai-me uma gaja com ameaças deste teor:

Em todo o caso a vizinha de cima da FC é uma grande amiga minha vai para mais de vinte anos, e se esta “jornalista” me incomodar muito ainda acabo aqui no Farmácia a revelar os visitantes da FC, o aparato que os rodeia, o que se ouve (e sem esforço) no andar de cima (a casa é antiga, ouve-se tudo), os hábitos de colocação de lixo, e demais curiosidades, todas reais e verificáveis , da FC. É que não tenho paciência para hipocrisias.’»

...embora, ao que parece, tenha apagado depois de se ver confrontada com a sua própria estupidez e perante uma remota possibilidade de se ver processada - sim, porque uma coisa é a cusquice entre 'gajas louras', outra é trazer essa cusquice para um local público e que funciona assim tipo megafone e expor tanta burrice e falta de carácter; ora, isto convém que fique apenas entre gajas do mesmo calibre, vizinhas ainda por cima! - isto tudo num blog que nem merece ser linkado, tal a quantidade de disparates ali existentes, na forma de posts e consequentes comentários... minh'alma 'tá parva!!!




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OH C'UM CARAÇAS!...

I
II


III - Porra!, esta gente gosta de nos fazer de mais burros, não gosta?!?

Estava com uma preguiça do caraças e não me apetecia levantar pra ir buscar o jornal. Assim, escrevi o post anterior citando mais ou menos de memória já que a leitura do dito jornal, por ser o meu dia de folga, pôde ser feita com todo o 'requinte' que sempre exijo para uma leitura de jornal diário que se preze: depois de me levantar, aí pelas onze da matina, de me aperaltar para um dia sem saltos altos nem 'pinturas de guerra', saio de casa compro o jornalinho (desta não me enganei!) e ala para o café habitual, mesa habitual e pequeno almoço mais ou menos habitual que há coisas em que gosto de furar hábitos...

Agora, relendo o tal post anterior e conferindo as fontes dei com umas quantas coisas do caraças, se não repare-se e atente-se nos bolds:

DN,
17.11.04

Desvendado o mistério dos 'Onze'
Quem são os sócios Quem é o chefe O que lá se come Como é o ambiente e a vista, duarte calvão



Já há algum tempo que se aguardava com enorme expectativa o restaurante que «um grupo de milionários» iria abrir no alto do Parque Eduardo VII, que se assumia logo como candidato a estrelas Michelin... Pois bem, o mistério abriu ontem as portas ao curioso público e não há dúvida que é de causar espanto: poucas vezes Lisboa terá visto um projecto de restaurante tão bem delineado e concretizado.

(...)

E quem são os «onze»? José Miguel Júdice, José Bento dos Santos, Américo Amorim, o arquitecto João Correia (responsável pelo projecto do edifício, construído de raiz), Stefano Saviotti, Joachim Koerper ( chefe alemão de 51 anos, duas estrelas Michelin no seu restaurante Girasol, em Alicante), o banqueiro João Rendeiro e os empresários Nabil Aouad, José Marques da Silva, Hipólito Pires e Tiago Câmara Pestana.

«É bastante exagerado falar de milionários. É antes um grupo de amigos interessados em gastronomia», esclarece Miguel Júdice (filho do actual bastonário da Ordem dos Advogados). «Depois da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, tínhamos interesse num projecto de qualidade em Lisboa. Havia este terreno, que a câmara tinha posto a concurso e cuja concessão foi ganha pelo arq. João Correia, e vimos que precisávamos de sócios que nos ajudassem no investimento».


Público

08.02.08

(...)
O então presidente João Soares abriu concurso público para um restaurante no alto do Parque Eduardo VII, um concorrente ganhou e assumiu em tal vitória (...) o compromisso de construir um edifício de qualidade arquitectónica que, no final da concessão de 20 anos, reverte para a câmara.

Não soube de tal concurso, não concorri a ele, não conhecia sequer a empresa concorrente (ou os seus accionistas), não soube do resultado do concurso. Meses depois, através dum amigo, o meu filho mais velho soube que o accionista que controlava a empresa vencedora do concurso estava interessado em ceder as acções da sociedade, desde que fosse ele - que é arquitecto - a fazer o projecto. Juntei um grupo de amigos dispostos a dar a Lisboa um restaurante de grande qualidade (e realmente um ano depois de abrir ganhou uma estrela Michelin, ainda hoje a única em Lisboa), que aceitaram investir e correr o risco (e que mais de três anos depois não receberam um euro de resultados, apesar do sucesso financeiro que também felizmente tem tido, pois foi elevado o endividamento para a construção), e comprámos a posição do accionista da sociedade que fora vencedora do concurso. Com isso investimos quase dois milhões de euros num edifício que reverterá para o município no final da concessão, valorizado.(...)»

Vejamos:
  • uma empresa de arquitectos(?) ganha um concurso na câmara...elucidativo!, e o que é que arquitectos percebem de cozinha de estrelas Michelin????
  • logo de seguida (meses depois de se vencer o concurso) JMJ entra no negócio para o qual convidou o tal grupo de amigos ricos...mas que se endividaram!, claro é para isso que servem os bancos, para emprestar dinheiro a quem o tem...que o digam pai e filho Jardim Gonçalves!
  • Curiosa esta sorte de acontecimentos...logo na altura em que, segundo o filho de JMJ: «Depois da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, tínhamos interesse num projecto de qualidade em Lisboa. Havia este terreno, que a câmara tinha posto a concurso(...)» aparece o arquitecto que afinal não queria ser cozinheiro...
  • os investidores (com o dinheiro dos bancos, bem entendido) ainda não viram um chavo de lucros, mas...que se lixe!, JMJ e eles por arrasto só queriam dar um restaurante de luxo com estrelas Michelin a Lisboa!, e os ingratos dos lisboetas e restantes bloguistas são uns mal agradecidos...
...depois admiram-se que o povinho mande postas de pescada pró ar...


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09/02/08


Pois é, sou teimosa e gosto pouco (ou nada!) se 'estórias' mal contadas. Também não acho piada a meias verdades e menos ainda a mau jornalismo. E gente que se faz de vítima estando quase sempre na mó de cima, então, é que me dá mesmo para desatar a barafustar.

Vem isto a propósito do artigo do JMJ no Público de ontem [Espaço Público: Caluniai, Caluniai].

Primeiro, não entendi se aquela é uma 'coluna de opinião' do autor, se um espaço de 'direito de reposta', mas como tenho na ideia que sim, que o JMJ tem uma coluna de opinião no Público, acho de muito mau gosto usá-la em proveito próprio. Se eu quiser fazer o mesmo tenho de pagar, não? O que vale é que ele é muito honesto e recto e cheio de valores e não usa de favores de nada, nem de ninguém.

Por outro lado, acho que a 'estória', a vir a lume como veio, deveria ter sido explanada no seu todo e depois os leitores (pagantes de impostos!) afeririam da justeza da concessão dum espaço público ao preço da uva mijona, tendo em conta que o dito espaço foi valorizado com a tal construção de 'griffe', dado o projecto ser da autoria dum reconhecido arquitecto que (por acaso!?) até era um dos interessados no negócio, mas isso são outros quinhentos, passe a redundância da piada...certo, certo, é que passados 20 anos o referido espaço será devolvido à propriedade da CML, com uma mais valia muitíssimas vezes acima do valor pago pelos vinte anos de (ridícula!) renda. É claro que o facto de se saber, por experiências anteriores, que o mundo dá muitas voltas e as coisas acabam sempre por nunca ficar a favor dos interesses públicos, mas sim dos privados que sabem (e podem!) fazer negócios chorudos, é irrelevante para esta questão. Pois!

Depois, também achei piada aquela dele escrever que se juntaram onze investidores que se endividaram (achei piada porque um dos investidores não é qualquer coisa tipo banqueiro???) e que nos três anos que o restaurante leva de activo, apesar do imenso sucesso e da estrela Michelin, ainda não começou a dar frutos... E é suposto um investimento daquela envergadura começar a rentabilizar ao fim de quanto tempo???, mesmo contando com rendas de 500 euros...

Resumindo...até pode não ter havido favorecimento nenhum, ah pois pode!, mas a gente cá está pra ver o que vem a seguir...Lamentável é que se levantem estas lebres e acabe tudo em águas chocas, como sempre!


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

«(...)Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes
(...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido,
análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como
duas metades do mesmo zero, e não se amalgamando e fundindo, apesar
disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos
duma vez na mesma sala de jantar.


O interessante da coisa não é que há 112 anos GJ tivesse 'adivinhado' que, passado esse tempo todo, as suas palavras se aplicariam na perfeição... interessante (e grotesco, já agora!) é que passados um sec. e mais uma dúzia de anos...Portugal, os portugueses e os seus políticos, continuem exactamente na mesma!

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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

Ora, aí está!!!







... e pra que mais serviria criar um blog!?, pra mim, basta-me...tudo menos ficar azeda!


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

Um olhar lúcido sobre a natureza humana e...como os beneméritos americanos espalham o ideal democrático(?) sobre o mundo incivilizado, à custa de perverter a consciência humana dos seus jovens que usa para carne de canhão... como se não lhes tivesse bastado, já, um Vietname...


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08/02/08

Ele há coisas que eu não entendo, mesmo! Mas...não era suposto que o ser humano estivesse sempre em evolução? Não é suposto que, por sermos inteligentes, tenderemos a defender o nosso semelhante mais franco em vez de nos aproveitarmos dele? Pois, sou eu que sou burra...

Conclusões do relatório final da Comissão do Livro Branco das Relações Laborais:

  • horário de trabalho alargado para 50 horas semanais.[Em termos de flexibilidade horária, a comissão propõe o que denomina por “horários concentrados”, que prevêem a existência de dois ou três dias de horário prolongado, seguidos de dois ou três dias de descanso.]
  • fim da majoração das férias até aos 25 dias

  • avançar para o despedimento por inadaptação caso ocorram alterações na estrutura funcional do posto de trabalho, mesmo que isso não decorra de modificações tecnológicas ou dos equipamentos.[Com base neste entendimento, o facto de o trabalhador não conseguir acompanhar as alterações no posto de trabalho, justifica o despedimento.]
Entretanto os 'inteligentes' do patronato entendem, ainda, acrescentar:

  • “Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente – porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho – deve poder ser despedido por justa causa”, defendeu em conversa com o Correio da Manhã Gregório Rocha Novo, membro da direcção da CIP.

  • “renovação” do quadro de pessoal sem redução do número de postos de trabalho. Neste ponto, a CIP tem o apoio da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

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05/02/08

Prós gajos e prás gajas


E se é assim, cada vez mais, nas relações sociais e afectivas, faz todo o sentido que o seja no sexo também. Ou seja, nem para foder, que é do best, as pessoas arriscam ‘sair à rua’.»




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A crise está instalada...mudem-se os tempos, mudem-se as vontades...

Um pouco no seguimento do comentário do AB e do post do Macro, este artigo da Visão da autoria de Mário Soares mostra que algo está podre no 'reino da dinamarca'...e não só no 'portugal dos pequeninos'...

«A crise rebentou, à vista de todos. O sistema neoliberal está podre. A economia de casino dos off-shores e das roubalheiras só trouxe desastres e escândalos. É preciso mudá-la! Quanto mais depressa melhor.

As últimas semanas têm sido arrasadoras para os que pensavam – e alguns ainda pensam – que era possível evitar a crise financeira mundial anunciada e a recessão para que caminham os EUA. Contudo, todos os sinais nos mostram que não é possível. A turbulência nas bolsas, nos EUA e no mundo inteiro, não obstante a queda da taxa de juros decretada, em desespero, pela Reserva Federal, e as medidas tomadas à pressa pelo Presidente Bush – um neoliberal extremista e ultraconservador obrigado, pela lógica dos acontecimentos, a recorrer aos ensinamentos de Keynes.

Remédio tardio e de pouca dura. A Europa, não obstante as pressões políticas, não seguiu o passo da América. Fez bem, ao que julgo, em tomar as suas distâncias... Já não era sem tempo. O dólar está em queda livre e o euro começa a ser visto como a principal moeda de referência mundial. Se os responsáveis políticos europeus tiverem a coragem de tirar daí as devidas consequências, o nosso futuro colectivo pode ser diferente.

O principal é perceber-se que o neoliberalismo entrou em descrédito irremediável e a globalização selvagem, com as desigualdades a crescerem em flecha, dentro de cada Estado e entre os diversos Estados, tem de ser regulamentada, no plano mundial, pela ONU, se queremos fazer face aos desafios com que estamos confrontados. Se percebermos isso, rapidamente, na União Europeia – e agirmos em conformidade –, poderá então, a Europa, vir a ter um papel decisivo, a que aliás tem jus, no contexto das Nações. O essencial é, contudo, compreender que o sistema financeiro-económico em que temos vivido no Ocidente – e quisemos impor ao mundo – está esgotado e tem de mudar. Rapidamente. Os países emergentes estão atentos e têm cartas importantes a jogar...

Nos EUA, em ano de eleições, a mudança surge como inevitável. Tornou-se uma questão de sobrevivência. O desemprego em alta, a crise do subprime (financiamentos de alto risco), a inflação crescente, a queda imparável do dólar, as falências, a grande corrupção, as gestões fraudulentas, o caso paradigmático do City Bank, o maior banco do mundo, aí estão para o demonstrar. Será que a Administração Bush se vê obrigada a autorizar que o City Bank seja comprado pelos chineses, para evitar a falência?...

Para não falar do impasse das guerras no Próximo Oriente e da incerteza que levaram à Região: do Líbano ao Paquistão, da Arábia Saudita ao Irão e agora ao Egipto, com o agravamento do conflito Israelo-Palestiniano, após a visita de Bush, que foi um não acontecimento... Os neocons falharam em toda a linha. Os anos do mandato de Bush foram os piores da história americana. E ainda estamos para ver como vão acabar...

Os americanos em geral já se aperceberam da extensão do desastre. Mudança é a palavra mágica. Mas para onde? E como? Esse é o problema dos candidatos democratas e até dos republicanos, os que se distanciaram mais de Bush, os únicos que contam. Mas do que vos quero falar é do ambiente de crise que se instalou nos EUA e de que há sinais claros na banca europeia. Strauss-Khan, director executivo do FMI, disse em Davos que «o pior está ainda para vir e que a conjuntura é de grande gravidade». Por isso, reconheceu: «Não se pode apenas depender de políticas monetárias para responder ao abrandamento económico.» E acrescentou: «É preciso deixar crescer os deficits», para desenvolver políticas sociais e ambientais. É pena que só agora o reconheça. Mas mais vale tarde do que nunca. No que foi acompanhado pelo presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. Duas instituições financeiras-chave do sistema financeiro, obsoletas e que devem ser reformuladas e integradas nas Nações Unidas. É tempo de o fazer.»

[o bold é meu...]

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Não consigo achar piada nenhuma à pinderiquice carnavalesca em Portugal...
...mas adoraria estar em Veneza!





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Não sei se o Arq. Tomás Taveira vai responder ao Macro, mas...


...eu respondo! (apesar de considerar que a pergunta foi mera deixa retórica...)

Dentro da minha assumida ignorância não faço a menor ideia do modelo de arquitectura da minha preferência, mas...sei do que não gosto!, do que me choca, do que me fere o sentido de harmonia, do que me irrita quando fora do contexto...Digamos que, naquilo que gosto, pode até existir uma paleta infinita de cores...entre o branco e o preto!, mas...no que não gosto não há apelo nem agravo: quando detesto, por vezes até à raia do ódio, sei logo!

Quanto aos jornais, pois...a culpa não é (só) do Público, o tempo vai escasseando e quando dei comigo a ler, ao fim de semana, os jornais que juntava durante a semana percebi que assim não dava, isso depois de ter andado 'um ror' de tempo a comprar o jornal de manhã e a lê-lo à noite...online(!); quando decidiram vedar o acesso a não-pagantes achei um roubo ter de pagar duas vezes e aos poucos fui deixando de pagar até uma vez só, preferindo semanários. É claro que a qualidade do conteúdo jornalístico, a decrescer a olhos vistos com o desaparecimento de alguns dos cronistas que mais gostava de ler, pesou consideravelmente. E agora com esta aproximação ao jornalismo 'à lá correio da manhã', desculpem lá, mas não engulo!

Depois há, também, um outro factor a assumir!...com o avanço (assustador) da idade a pachorra para andar a ler sempre as mesmas coisas - sobre o 'Portugal desgraçadinho e velhaco' - começa a faltar, porra!


Tal como com as 'estórias' de canudos&mamarrachos azulejados' tanto se me dá que a renda de quinhentos euros tenha sido obtida à custa de favores...assim como assim é essa a 'filosofia' de vida do português, em geral; uns mais, outros menos, mas todos acabamos aqui e ali a recorrer a um qualquer favorzinho que nos facilite a vida e não me venham cá com coisas que aqui não há inocentes. Não quero, com isto, dizer que o hábito faz o monge, mas...alguém vê alguma luzinha ao fundo do túnel para acabar com este compadrio que nos suga os impostos???

No entanto, a razão deste post nem é juntar-me ao coro de protestos (passivos, sempre passivos!) serve de alguma coisa?, precisamente pela passividade...mas achei graça aquelas frases ali em cima linkadas...quer dizer: o problema nem é o ridículo da renda que faz supor favorecimentos camarários, o problema é ter-se sabido e ter-se sabido porque - coitado! - o Júdice estava metido ao 'barulho'!, não fosse ele e a coisa passava despercebida como tantas outras por esse país fora e aí...bahhhh, aí não havia problema nenhum!(?)! Isso e a mania destes gajos - agora promovidos a 'elites da blogosfera' - meterem a boca no trombone por dá cá aquela palha e estragar, assim, os perfis de gente realmente de elite, neste país.

Eu bem vos dizia: ao pé dos advogados, construtores civis/engenheiros/arquitectos e autarquias são meros anjinhos de coro na bola de neve dos compadrios fraudulentos...



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03/02/08

Para o Elmano...e, já agora, para mim também!

(...)
Sobre o sonho desfeito erguer a torre
Doutro sonho mais alto, e se esse morre,
Mais outro e outro ainda,toda a vida!

Que importa que nos vençam desenganos,
Se pudermos contar os nossos anos
Assim como degraus duma subida?
F. Espanca
in, Olhares.Com



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02/02/08

Pelo cumprimento da lei nº 37/2007 Petition

A F. Câncio. que me desculpe, mas...não vou nesta!, não, nesta não!...rai's parta a esta treta toda, mas esta 'coisa' veio trazer mais mal que bem ao geral da nossa vida...senão vejamos:

-já não consigo estar com as minhas amizades fumadoras...acabaram-se aqueles bocadinhos, no café, antes de se entrar ao serviço; ao almoço; ao lanche...
-a malta anda toda nervosa...só agora comecei a associar...deve ser da abstinência forçada, do frio que passam à porta...da implicância dos tais fundamentalistas, sim que os há!...do exílio nos WC's e da ansiedade pela possibilidade de serem apanhado(a)s em flagrante, ou de pegarem fogo ao 'estaminé' ao insistirem em atirar a beata para o caixote do lixo...c'um caraças!, porque raio não atiram na pia e puxam a água?, confesso que ainda não entendi, ou então é aquela pulsão do 'criminoso' que pede, subconscientemente, para ser apanhado!?!

Sempre defendi o direito de quem fuma a poder fazê-lo, apesar de achar um sinal de falta de inteligência, ou masoquismo! Sempre refilei, quando necessário, quando um(a) brutamontes qualquer insistia em não respeitar o meu direito de não fumar, atirando-me com o fumo para cima...quando eu estava a comer!, fora isso nunca me incomodou, por aí além, o fumo em geral. É claro que uma noitada num bar, ou quejando, me deixava com os olhos em bico e a roupa prontinha para a máquina, quando não para a lavandaria, mas...como nunca fui de grandes noitadas em espaços de fumo a coisa ia passando como sendo o preço a pagar por sair dos meus hábitos, por vontade própria. Também sempre tentei que os meus filhos não fumassem, mas...sai-me mal!, apesar de cá em casa só eles o fazerem e mesmo assim o mais novo sem autorização explícita mesmo que ache que não precisa por ter atingido a maioridade!

Mas, sinceramente!, esta guerra está a raiar o ridículo...não havia forma de se limitar os excessos sem se atingir a saudável convivência entre fumadores e não-fumadores??? É que, às tantas, com isto tudo e a minha mania de ir contra a corrente ainda acabo, eu!, por me passar para o outro lado!

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A vida são dois dias, né?, mas...o carnaval são três!, por isso...

...que se lixe o resto!...em especial o Sócrates & Cª!!!

Glitter Para Orkut

Betty Boop - Glitter Para Orkut







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01/02/08

Vale mais tarde que nunca...só hoje li isto!

Macroscopio: A inveja tem as costas largas - por Francisco Sarsfield Cabral -

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Bem!...cá pra mim...[2]

...a novela vai estender-se como a outra do canudo e só ganham os jornalecos que lá conseguem vender mais umas resmas de papel...que eu depois, quase sem os ler, uso para forrar o WC dum dos meus gatos que, com manias intelectualóides, recusa as vulgares pedrinhas para tal adequadas!

Para já uma coisa posso concluir: o Público já era!, razão tinha eu para ter começado, aos poucos, a reduzir os dias em que o comprava, de tal forma que um dia destes dei por mim a ler o JN quando pensava ter pegado no Público...o subconsciente tem destas coisas!, por outro lado se o Cavaco teve o Independente, o Sócrates tem o Público...ok!, 'tá certo...acho eu, sei lá!

Mas, ainda em relação aos mamarrachos a que esta gente ainda tem o desplante de chamar casas, moradias, prédios... porra!, livra! - não entendo tanto escândalo...Portugal está cheio destas bestas arquitectónicas!, há que 'séculos' anda meio-mundo a berrar contra as 'maisons' que pululam por esse Portugal(zinho) fora?!, como é que estes escandalizados, com os mamarrachos socratianos, acham que elas se foram multiplincando por quase todos os municípios com a cobertura de engenheiros&cª - coitados!, quem manda é quem tem o 'carcanhol', né?!:=» - e os subornos nas autarquias!?!

Haja pachorra para tanta falta de vergonha nas trombas...


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Bem!...cá pra mim...

...estão a cutucar a onça com vara curta!!!

Se desatam a investigar todos os engenheiros - e arquitectos, já agora! - que assina(ra)m projectos sem lhes meterem a vista em cima acho que vamos ter um grande ribaldório!!! Mas isso não vai suceder, pois não???...a não ser que estejam na política...e no poder, de preferência! Porra...porque carga d'água estes tão prestimosos jornais nunca descobrem estas coisas quando o pessoal está do poder arreado!???

Como é que se costuma dizer agora??? Ah pois...declaração de interesses: não sou socialistas - apesar de tudo e de não ser filiada, sou comunista(!) ; não gosto do homem, seja como gajo seja como político; acho que sim senhor!, há por aí grandes vigarices com engenheiros, arquitectos, construtores civis e câmaras municipais, mas...

...isso toda a gente sabe e duvido que alguém consiga meter mão para acabar com o fartote e também duvido que meter, agora(!), o PM ao barulho não vai resolver nada nesta corrupção reinante, no entanto...

...se resolver e se acabar com estes vigaristas todos, então façam o favor de bater no homem até mais não!!!


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