Porque a memória existe...
"Queria tanto"
Queria tanto escrever-te!...
Queria escrever-te tanto!!!...
Queria tanto não te querer só para não te magoar!...
Queria tanto não te magoar só por te querer!!!!...
Depois...
Depois, fico aqui como barco em doca seca a imaginar viagens atribuladas por, como diz o Poeta, mares nunca dantes navegados e apetece-me olhar-te e ouvir-te, apetece-me decifrar em ti o que não dizemos, o que deixamos escapar sem escapar, o que olhamos dizendo o que não dizemos e o que dizemos olhando o que não olhamos.
Quantas vezes te beijei sem beijar? Quantas vezes senti o calor da tua mão na minha sem te tocar? Quantas vezes chorei no teu ombro e encostei a minha cabeça à tua sem que as lágrimas me traíssem ou que a minha cabeça te pesasse? Quantas vezes te amei odiando? Quantas vezes te odiei amando?
Quantas? QUANTAS?
A tua voz sossega-me... Sossega em mim o desejo de partir e de te procurar... Sossega em mim a loucura de me afundar no nosso rio e de te procurar no profundo azul sabendo que a viagem seria sem retorno... "Nos teus braços morreria" e na tua boca reviveria o sonho impossível de tudo desconstruir tendo-te... Na tua voz recordo teus olhos marejados pela injustiça da incompreensão do que nos rodeia... Na tua voz revivo os sons de um amor eterno e puro que ninguém mais viverá porque nosso... Porém, no silêncio da tua voz sinto o brilho dos meus olhos e no brilho dos meus olhos sinto-me o espelho do teu amor...
E rio-me... Rio-me das definições...das sentenças...das certezas... Rio-me da perenidade dos sentimentos alheios... do pequenino que é o amar dos outros... do "teatro" das vidas que perante nós desfilam... Rio-me do espanto desajustado de quem não sente o simples... de quem não sente o difícil da distância... de quem não sente o quente que o afastamento não esfria...
E tu, dás-me tudo!!!...
Dás-me a noção do dispensável da guerra mesmo quando a paz é angustiante...dás-me a paz quando a guerra parece infindável... dás-me o resguardo de que preciso quando tremo...Dás-me esta calma que eu pensei impossível e que é tua e minha porque me ensinaste a conquistá-la!!
E dás-te a ti, quando eu penso que já tenho tudo!
Ah!, meu amor, como é belo amar e ser amado sem precisar de contabilizar vitórias... Como é belo adormecer nos teus braços e acordar sedento de mais um abraço... Como é belo este desassossego da calma que me dás!
Obrigado pela tua voz no dia de hoje!
UB
J
14.Fev.2000
Queria tanto escrever-te!...
Queria escrever-te tanto!!!...
Queria tanto não te querer só para não te magoar!...
Queria tanto não te magoar só por te querer!!!!...
Depois...
Depois, fico aqui como barco em doca seca a imaginar viagens atribuladas por, como diz o Poeta, mares nunca dantes navegados e apetece-me olhar-te e ouvir-te, apetece-me decifrar em ti o que não dizemos, o que deixamos escapar sem escapar, o que olhamos dizendo o que não dizemos e o que dizemos olhando o que não olhamos.
Quantas vezes te beijei sem beijar? Quantas vezes senti o calor da tua mão na minha sem te tocar? Quantas vezes chorei no teu ombro e encostei a minha cabeça à tua sem que as lágrimas me traíssem ou que a minha cabeça te pesasse? Quantas vezes te amei odiando? Quantas vezes te odiei amando?
Quantas? QUANTAS?
A tua voz sossega-me... Sossega em mim o desejo de partir e de te procurar... Sossega em mim a loucura de me afundar no nosso rio e de te procurar no profundo azul sabendo que a viagem seria sem retorno... "Nos teus braços morreria" e na tua boca reviveria o sonho impossível de tudo desconstruir tendo-te... Na tua voz recordo teus olhos marejados pela injustiça da incompreensão do que nos rodeia... Na tua voz revivo os sons de um amor eterno e puro que ninguém mais viverá porque nosso... Porém, no silêncio da tua voz sinto o brilho dos meus olhos e no brilho dos meus olhos sinto-me o espelho do teu amor...
E rio-me... Rio-me das definições...das sentenças...das certezas... Rio-me da perenidade dos sentimentos alheios... do pequenino que é o amar dos outros... do "teatro" das vidas que perante nós desfilam... Rio-me do espanto desajustado de quem não sente o simples... de quem não sente o difícil da distância... de quem não sente o quente que o afastamento não esfria...
E tu, dás-me tudo!!!...
Dás-me a noção do dispensável da guerra mesmo quando a paz é angustiante...dás-me a paz quando a guerra parece infindável... dás-me o resguardo de que preciso quando tremo...Dás-me esta calma que eu pensei impossível e que é tua e minha porque me ensinaste a conquistá-la!!
E dás-te a ti, quando eu penso que já tenho tudo!
Ah!, meu amor, como é belo amar e ser amado sem precisar de contabilizar vitórias... Como é belo adormecer nos teus braços e acordar sedento de mais um abraço... Como é belo este desassossego da calma que me dás!
Obrigado pela tua voz no dia de hoje!
UB
J
14.Fev.2000
***...***...***
(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW
1 comentário:
E eu...
Queria tanto...
...que, ainda, fosse possível voltares a ouvir a minha voz...
queria tanto!
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