Haja pachorra para tanta alarvidade...
Da Literatura: SACCO & VANZETTI :(...)Mas quem é que hoje trabalha só oito horas por dia?(...)
Pois...realmente, quem????? Depois queixam-se, os profs, que os pais não querem saber dos filhos (a tradução deles para os pais que se 'esmifram' a trabalhar!); e os moralistas que o casamento está em crise e há muitos divórcios e que as gajas não querem é ter filhos por isso votam pela despenalização do aborto! Depois venham cá explicar-me como é que, a trabalhar-se dez e mais horas por dia, se tem tempo - útil e de qualidade! - para a família?!?
E há ainda os ignorantes da realidade dos que trabalham - mesmo! - essas dez e mais horas por dia sem terem empregadas em casa para tapar os buracos...é que, mesmo assim, já se ganha a dobrar aos domingos, quando estes são trabalhados...só que o dinheiro não educa filhos, nem lhes dá carinho, nem respostas quando eles precisam, nem os acompanha no crescimento duma forma saudável...mas os senhores da modernização selvagem é que sabem, pois então!
Se ser-se avançado é viver numa sociedade desumanizada, impessoal e sem direito a escolher-se o modo de vida que se sonha - ter uma família e poder sustentá-la dignamente e poder educar os filhos e poder namorar e poder gozar os prazeres da vida, etc.,etc. - sem que, para isso, tenha de nos sair o totomilhões, ou herdar da tia rica, ou assaltar um banco, ou entrar no mercado do narcotráfico das altas esferas...então eu preferia ficar atrasada!, se me fosse dado o poder da escolha, claro!, porque como não estou dentro de nenhuma destas hipóteses listadas e sou obrigada a receber um vencimento mensal, fatal com'ó destino será dizer que lá terei de ir pró rol dos 'avançados', para continuar a encher o bandulho dos jogadores da bolsa...
E há ainda os ignorantes da realidade dos que trabalham - mesmo! - essas dez e mais horas por dia sem terem empregadas em casa para tapar os buracos...é que, mesmo assim, já se ganha a dobrar aos domingos, quando estes são trabalhados...só que o dinheiro não educa filhos, nem lhes dá carinho, nem respostas quando eles precisam, nem os acompanha no crescimento duma forma saudável...mas os senhores da modernização selvagem é que sabem, pois então!
Se ser-se avançado é viver numa sociedade desumanizada, impessoal e sem direito a escolher-se o modo de vida que se sonha - ter uma família e poder sustentá-la dignamente e poder educar os filhos e poder namorar e poder gozar os prazeres da vida, etc.,etc. - sem que, para isso, tenha de nos sair o totomilhões, ou herdar da tia rica, ou assaltar um banco, ou entrar no mercado do narcotráfico das altas esferas...então eu preferia ficar atrasada!, se me fosse dado o poder da escolha, claro!, porque como não estou dentro de nenhuma destas hipóteses listadas e sou obrigada a receber um vencimento mensal, fatal com'ó destino será dizer que lá terei de ir pró rol dos 'avançados', para continuar a encher o bandulho dos jogadores da bolsa...
2 comentários:
O giro é que nem sou ignorante dessa realidade, mas tá bem :)
Ninguém diz que se deve trabalhar oito dias por semana, dez horas por dia. Aliás, mais do que trabalhar mais horas, é preciso é trabalhar melhor. Mas com os níveis de produtividade portugueses, os salários baixos daí decorrentes, os preços das casas, acaba tudo para ir viver a quilómetros de casa, passando horas no trânsito, longe da família, cheios de stress, etc., etc.
Só por se dizer que o melhor é "flexibilizar" um pouco as leis mais restritivas que por aí andam em termos de flexibilidade (com muito bons resultados...), não quer dizer que queiramos voltar a impor a escravatura, antes pelo contrário.
Quanto a trabalhar ao domingo, o facto é que muitos trabalhadores preferiam trabalhar ao domingo e descansar noutro dia, sendo essa escolha feita entre eles e os empregadores. Assim, ninguém pode escolher nada: é como diz a lei e pronto, mesmo que seja pior para todos.
Mas sei que estes assuntos são muito difíceis. Flexibilizar soa sempre mal, parece sempre que queremos que se trabalhe mais. Não: quero, sinceramente, que se viva melhor. As nossas leis só nos permitem manter uma vida apertada em regras, improdutiva, com um país enterrado nos subúrbios.
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