Não sei se o Arq. Tomás Taveira vai responder ao Macro, mas...
...eu respondo! (apesar de considerar que a pergunta foi mera deixa retórica...)
Dentro da minha assumida ignorância não faço a menor ideia do modelo de arquitectura da minha preferência, mas...sei do que não gosto!, do que me choca, do que me fere o sentido de harmonia, do que me irrita quando fora do contexto...Digamos que, naquilo que gosto, pode até existir uma paleta infinita de cores...entre o branco e o preto!, mas...no que não gosto não há apelo nem agravo: quando detesto, por vezes até à raia do ódio, sei logo!
Quanto aos jornais, pois...a culpa não é (só) do Público, o tempo vai escasseando e quando dei comigo a ler, ao fim de semana, os jornais que juntava durante a semana percebi que assim não dava, isso depois de ter andado 'um ror' de tempo a comprar o jornal de manhã e a lê-lo à noite...online(!); quando decidiram vedar o acesso a não-pagantes achei um roubo ter de pagar duas vezes e aos poucos fui deixando de pagar até uma vez só, preferindo semanários. É claro que a qualidade do conteúdo jornalístico, a decrescer a olhos vistos com o desaparecimento de alguns dos cronistas que mais gostava de ler, pesou consideravelmente. E agora com esta aproximação ao jornalismo 'à lá correio da manhã', desculpem lá, mas não engulo!
Depois há, também, um outro factor a assumir!...com o avanço (assustador) da idade a pachorra para andar a ler sempre as mesmas coisas - sobre o 'Portugal desgraçadinho e velhaco' - começa a faltar, porra!
11 comentários:
oLÁ aMOK,
Obgdo pla resposta, apesar de ser retórica...
Confesso que já não leio jornais de papel, só on line. O c.Manhã é bom.., para forrar os caix. aos felinos, e os mamarrachos q poluem esse Portugal profundo derivam, em boa medida, de um Portugal-emigrante e desgraçado que tinha dois sonhos, ou melhor três: regressar à terra, fazer a casa e mostrar o carro. O bom gosto c/ o devido enquadramento paisagístico nc existiu, os engenheiros tb não ajudavam e as autarquias facilitavam. Um pouco como a piroseira do carnaval made in Portugal. Mete dó, pagaria só para não ver.
Macro
RPM
[o raio do coment anterior continha um erro!grrrrr]
Ehiiii, calma lá...a retórica estava na pergunta (achei eu!), ñ na resposta...
...qt ao resto...completamente de acordo...claro!, apesar de tudo...;-)))
D'accord.
Essa música faz-me sentir um Poirot numa noite de 10 assassínios; está escuro, a paisagem é floresta cerrada; sou pitosga e, ainda por cima, o vento levou-me os óculos esborrachando-os contra um tronco duma árvore..
Que fazer para descobrir os criminosos... e as suas motivações???
Com jeito, o Mário Soares ainda tem razão, a imputação da responsabilidade deve ser do sistema Neoliberal do Consenso de Washington que instituíu essas normas de economia de casino estudadas pelo Stiglitz, pelo Richard Falk e mais uns quantos sábios do n/ tempo.
Se púdessemos regressaríamos à economia de escambo do período medieval e moderno, mas hje já ninguém tem cabras para trocar por feijões, nem milho por beterraba, nem tomates por pepinos.
Hoje já ningúem tem... T & P.
Macro
rpm
Pois eu começo a render-me à evidência de q não haverá muito a mudar... porque seremos sempre humanos!...a não ser assim, alguém que me explique pq raio alguém que já possui um bom grau de riqueza (material) não fica imune à corrupção?!?...é q esta não é exclusiva de países pobres/atrasados...
Corromper o outro é, antes de mais, um jogo de sedução, é traçar a conduta de terceiros...
Em Oeiras havia um sujeito conhecido pelo sr. 12%, os 8% eram para os patos-bravos...Ainda mexe..
Além do enriquecimento pessoal e ver dilatado o património o corruptor diz tb para os seus botões: "aquele/a é meu/minha", metio-o no bolso, compreio-o/a...Um pouco como uma relação sex., ou pior ainda..., pq se agravou a dependência.
Logo, a corrupção é uma relação complexa, pq mitiga variáveis de riqueza/enriquecimento com uma lógica de poder.
E aqui somos todos atrasados e desenvolvidos, i.é, somos todos indígenas da América e da Serra leoa, p/ n dizer Angola, históricamente mais perto.
BDia..
Macr
«Corromper o outro é, antes de mais, um jogo de sedução, é traçar a conduta de terceiros...(...)»
Precisamente!, por isso mesmo é q acho q ñ 'temos' cura...;-)
«e os mamarrachos q poluem esse Portugal profundo derivam, em boa medida, de um Portugal-emigrante
e desgraçado que tinha dois sonhos, ou melhor três:
regressar à terra, fazer a casa e mostrar o carro.»
Macro
E donde deriva o "Portugal-emigrante e desgraçado"?
Em relação aos três sonhos:
Pelo que me toca que não nasci em Portugal, não realizei nenhum dos dois sonhos, e bem vistas as
coisas não estou arrependido, quanto ao terceiro, o carro que tenho não dá para mostrar. Os emigrantes não deixarão de ficar gratos..."autrement, deux fois cocus".
ab disse...
(...)
E donde deriva o "Portugal-emigrante e desgraçado"?
8/2/08 18:35
Sinceramente, qd me meto a questionar estas coisas acabo a pensar...na pescadinha de rabo na boca.
É certo q os emigrantes partem sempre em busca duma vida melhor, mas...pq raio é q 'uma vida melhor' se fica sempre por uma evolução material e poucos investem numa evolução cultural?
Regressar 'à terra' é compreensível e legítimo...a maior parte sai de zonas interiores onde os valores se prendem mais à terra propriamente dita...oriundos da cidade têm muito mais dificuldade em sentir essa ligação...
Fazer a casa - a fatídica 'maison azulejada' - tb acaba por ser natural, uma casa é sinónimo de segurança, de estabilidade, além de representar o firmar as raízes na terra...
O q começa a descambar é mesmo o carro espalhafatoso como simbolo de sucesso, ou pior: como simbolo da tão portuguesinha inveja, sentida e provocada...e a seguir os azulejos a complementar uma casa feita à medida duma 'incultura' generalizada!, e onde pecam os técnicos (engºs, arq.s,autarquias) ao permitir todos os disparates q o dinheiro pode pagar! os verdadeiros culpados dos ditos mamarrachos são estes últimos e ñ quem os paga...
Meu caro AB...em todos os grupos existem excepções, né!?...nos emigrantes tb...há uns quantos q conseguiram tb investir num desenvolvimento intelectual, ñ se ficando por assegurar uma vida mais estável, ou em ostentar o sucesso duma forma grotesca...
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