25/03/08

Faço minhas as palavras do Henrique Fialho e não se fala mais nisto!


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

24/03/08

2ª Parte, alguns esclarecimentos ao Eduardo Pitta

Da Literatura: UMBIGUISMO. DE QUEM?

«(...)Pelo calor com que defende as suas razões, deve ser parte interessada no problema. (...)»

  • Para começar informo, desde já, o Eduardo Pitta que sou parte interessada no problema, sim senhor!, e depois? São menos válidas as minhas razões, ou menos válido o calor com que defendo a questão??? Mas também acrescento: não trabalho ao domingo!, faço parte duma pequena minoria, na empresa, que tem uma das folgas ao domingo...sempre! Ora isso implica que a grande maioria tenha, por força do cumprimento do horário semanal, uma folga por mês, ao domingo...ah, e quanto aos tais cinco fins de semana por ano... já tiveram direito a...um!, desde há sete anos a esta parte!!!
«(...)Então, se é assim, alguma coisa vai mal nessas empresas. Para isso é que existem advogados, entidades reguladoras e sindicatos. Verdade que a legislação que regula o trabalho por turnos permite vários modos de aplicação. Mas em nenhum caso inibe o trabalhador de gozar dez fins-de-semana completos (sábado + domingo) por ano, e mais dez “incompletos” (sexta + sábado ou domingo + segunda).(...)»

  • O Eduardo vive em que país? Alguma coisa vai mal nessas empresas??? Mas, no ponto de vista do trabalhador, alguma coisa vai bem em alguma empresa??? Por acaso saberá que a grande maioria trabalha no regime precário dos contratos a prazo? E saberá, por ventura, qual é o ordenado médio desses trabalhadores e que as categorias base andam na ordem de pouco mais que o salário mínimo?
  • Saberá que a contratação colectiva, deste sector, está por negociar há três anos devido aos constantes boicotes das entidades patronais implicando, essa situação, que também há pelo menos três anos que os vencimentos não são revistos?
  • E saberá que a abertura das grandes superfícies, no feriado passado, se ficou a dever a uma acção concertada dessas mesmas entidades patronais, por forma a pressionar o governo a renegociar, pelo menos, a abertura ao domingo o dia todo, além de abertura de lojas durante 12 horas/dia e a divisão dum dos dias de folga em dois meios dias?
  • Mas, alguém minimamente honesto, afirmará que os sindicatos têm algum poder para interceder por trabalhadores cujos direitos não sejam cumpridos? Ou que estes mesmos trabalhadores têm acesso a advogados? Ou que os tribunais julguem os casos de desrespeito, desses mesmos direitos, em tempo útil para quem vive do que ganha com o seu trabalho?

«(...)Também se coloca aos casais em que pai e mãe, não trabalhando em grandes superfícies, trabalham ambos por turnos. O comércio alimentar não esgota as possibilidades. A própria Amok encaminha para «as superfícies de pequeno/médio porte que até estão abertas o domingo todo»... os consumidores agastados com o encerramento das grandes superfícies. Então esses pais e essas mães? Com esses já não há problema? E os que trabalham no check-in dos aeroportos? Informe-se de certas escalas e vai ver o que é pêra doce. E quem diz estes diz outros. Voltando aos hipers. Porventura saberá que para obviar ao fecho das tardes de domingo, muitos trabalhadores são obrigados (mediante escala) a trabalhar fora do horário estipulado, quase sempre de noite, para preparar acções de promoção? Não sabia? Como me diz um leitor que conhece bem o problema, «em vez lá estarem domingo à tarde, ficarão sexta ou sábado à noite». (...)»

  • trabalhar por turnos não é a mesma coisa que trabalharem os dois com o mesmo horário;
  • os trabalhadores das pequenas e médias superfícies deveriam ter o mesmo horário!, não defendo esse horário, antes pelo contrário, como já disse no post anterior: devíamos era estar a defender o encerramento total ao domingo e não a abertura por mais tempo dos outros;
  • Quanto aos trabalhadores que se vêem obrigados a 'trabalhar horas fora do horário estipulado', pois é... isso já sucede com muitos e em muitas circunstâncias, independentemente do trabalho ao domingo!
Tenhamos, pelo menos, alguma honestidade intelectual para não jogar com os dados e baralhá-los ao sabor dos interesses dos mais poderosos (ou dos interesses egoístas de quem entende o mundo à medida do seu umbigo) porque, duma forma ou de outra, não são só os trabalhadores das grandes superfícies os que são penalizados por esta guerra aberta aos direitos conquistados com o esforço (e sangue!) de muitos que nos antecederam!


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Da Literatura: UMBIGUISMO. DE QUEM?

Ok, deixemos pra lá essas tretas das classes e vamos ao que importa!

Para já prefiro deixar de lado as 'pessoalizações' e não vou responder apenas ao Eduardo Pitta, mas a todos os que esquecem os direitos dos trabalhadores, neste caso os das grandes superfícies e, além de os esquecer, ainda perguntam: 'e qual é o problema de os hipers abrirem ao domingo?'

Pois, realmente para os egoísmos(zinhos) reinantes é natural que não se veja problema nenhum e ainda se possam dar ao luxo de afirmar que 'só vai quem quer', naturalmente...aliás é a coisa mais natural, neste mundo, chegar-se a qualquer departamento de RH duma qualquer grande superfície - e convinha não esquecer que dentro desta denominação não estão apenas os hipers! - e dizer: meus caros, não quero trabalhar aos domingos à tarde por isso...não contem comigo! Pois, Pois!:=>

Quanto ao argumento de que, nas superfícies de pequeno e médio porte que trabalham ao domingo à tarde, como ficam os direitos dos respectivos trabalhadores? Pois, o que seria lícito e justo era que estivessemos a lutar para que vissem reconhecido o seu direito ao domingo inteiro de folga e não, num retornar a passados nada saudosos, estarmos a reduzir a olhos vistos direitos conquistados com tanto esforço.

A falta de solidariedade na nossa sociedade é generalizada e não se confina, apenas, à falta de união entre todos os que vivem dos rendimentos, única e exclusivamente, do seu trabalho. A falta de civismo, a falta de respeito para com o outro - tão evidente, todos os dias, para todos os que trabalham nesta área e vêem estas 'alminhas' entrarem cinco minutos antes do fecho e ainda se darem ao luxo de andar na maior das calmas sem o mínimo respeito pelo horário de trabalho de quem está desejoso de sair dali - a prevalência do direito individual face ao dos outros, são sinais duma sociedade caduca e sem valores que, depois, gera os 'monstros' que fazem bradar aos céus estas tais 'alminhas' que ostentam um ar muito horrorizado quando vêem vídeos de alunas a 'agredir' profs!!!


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Não sou saudosista, mas...







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23/03/08

Eu, se fosse professora...

...também me sentiria enojada...e ultrajada! Não pelos alunos, mas pela comunicação social e pelas intervenções de alguns ditos professores! A desonestidade intelectual, então, campeia por essas intervenções fora.

Títulos referindo «professora brutalizada», «professora agredida», etc., etc., são demagógicos e desonestos, nada abonando a favor da razão dos professores. O que eu vejo no vídeo são duas mulheres à bulha! O que confere a gravidade à coisa é que uma das mulheres deve obediência à outra e refutou essa obediência. E isso é grave. É sempre, e em qualquer lugar, grave e de consequências mais ou menos pesadas para quem prevarica.

Mas, não menos grave é ver-se que quem tem, também, o dever de educar infringe o dever de respeitar! A si mesma primeiro e, depois, à outra...perdendo poder (de persuasão, no mínimo, ou de imposição). Se pegar num braço é brutalizar, então, meus amigos...muito aluno, por esse país fora, foi e continua a ser brutalizado...sem a atenuante do descontrolo fácil de quem tem quinze anos!

Deixemo-nos de lérias. Houve uma enorme falta de respeito para com a professora, como autoridade dentro da sala de aula e até mesmo como pessoa, simplesmente. Ai de quem me pegue no braço e me grite para me levar a fazer qualquer coisa, mas dai a esquecer-se que uma professora não pode embarcar numa peixeirada, ainda menos com uma aluna e ainda menos dentro da sala de aula...desculpem lá, mas querer passar por cima disto é emporcalhar a luta dos professores para a recuperação dum prestígio perdido e que merecem! E se não merecerem que se elaborem mecanismos para correr do ensino os incompetentes.

Quanto às medidas vingadoras que muitos apregoam por aí, profs e opinadores profissionais, pois...nem vale a pena perder tempo a criticar. Gentinha menor que faz engrossar a malha medíocre deste país, criticadores dos outros sem se deterem a dar uma mirada no espelho para perceber que são eles que constituem essa massa humana que cria e deseduca a juventude que tanto julga e condena...ou, porventura acharão que os jovens nascem de geração espontânea, ou que os mal educados são só os filhos dos outros? Pois sim...olhando para o belíssimo panorama da nossa classe política, dos nossos jornalistas, nos nossos 'jetessetes', dos nossos médicos, dos nossos advogados&juízes...é preciso continuar???:=>

«(...)diz Carlos Chagas, para quem o Estatuto do Aluno permite que o processo de averiguações funcione mais ou menos como uma inquirição judicial: "É feita por um professor que não tem formação jurídica, levando a que não se faça justiça quando se deve fazer, especialmente nos casos de flagrante delito como foi este."(...)»

Mas...desde quando é que aos professores foi conferido o poder de julgar e condenar, ou seja: fazer justiça?!? Para que raio servem os tribunais??? E espantava-me eu que, há uns bons quinze anos, se utilizasse o termo 'arguido' para designar um puto de 10 anos num processo disciplinar motivado por ter dado um 'calduço' num colega!?:=>

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Somos muito ingénuos, ou...estúpidos?!

Andava tudo - sendo que este 'tudo' se refere, basicamente, aos trabalhadores das grandes superfícies que foram surpreendidos com o fecho das lojas, pela ASAE, na passada 6ªfª de Páscoa - conjectura pr'aqui, palpite pr'ali e pensávamos nós que teria havido um qualquer descuido por parte dum qualquer carola, a nível superior, que se tinha 'esquecido' de remeter para as respectivas autarquias a necessária 'burocratice(zinha)' para validar a troca da abertura, durante todo o dia, de sexta pelo domingo de Páscoa. Coisa pouca, já que de qualquer modo esse domingo é o único do ano em que se encerra totalmente, cumpra-se ou não o disposto para o feriado da sexta feira dita santa.

Mas alguém no seu perfeito juízo - que não nós os tolos que trabalham, quando os outros descansam, para mero gáudio do consumismo - poderia imaginar este suposto 'descuido' (ainda por cima e por um raio duma coincidência a acontecer em várias empresas!?!:=>) como uma acção concertada do patronato do sector para levar o governo a pegar, de novo, na sua reinvindicação mais 'cara', a seguir à de poder despedir, a seu belo-prazer, sem dar cavaco a ninguém?!? Somos mesmo burros, não somos?!!!?:=>

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Bandalheira nacional

«(...)"A máscara está a cair, os portugueses vão-se fartar deste governo e acabarão por virar-se para a alternativa que é o PSD", afirmou Luís Filipe Menezes que falava aos jornalistas,(...)»

Pois, a mim, parece-me bem mais o contrário! Face à menoridade intelectual desta oposição; face ao oportunismo que joga mão de todo o acontecimento para o imputar, empolando os aspectos negativos, como responsabilidade única deste governo quando, tantas vezes, a origem vem dos governos anteriores; face à tão apregoada e praticada alternância que nos faz andar da porcaria para a merda e vice-versa...quer-me cá parecer que nas próximas eleições quem vai ganhar...é a abstenção, ainda mais!

A não ser que...continuando o PSD nesta senda de diarreia mental, nos obrigue a nós, os que não votaríamos PS, nem mortos!, a sentir-mo-nos obrigados a lá ir...engolir mais uns sapos!, só para não nos vermos, ainda mais, atolados entre 'menezes&lopes&portas&cª'!!! O aproveitamento oportunista destes casos, à volta dos profs&manifs&télélécas, já me fez estar mais longe, ai já, já!!!


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O umbiguismo pequeno-burgês...[correcção a fazer-se no burguês...com a ajuda dum burgesso]:=>

...é que nos trama a todos e esta treta que o Pitta posta - Da Literatura: GRANDES SUPERFíCIES - é apenas uma pequena fatia do bolo onde, também, se insere a treta maior do vídeo do momento: 'a prof q teve medo da aluna por causa dum télélécas!'...:=>

Por certo o Pitta, quando chega às suas férias(zinhas) pega nas malinhas e zarpa para um qualquer paraíso, se não das Fidjis por lá perto andará...em contrapartida os empregados das grandes superfícies tentam aproveitar, essa metade de domingo, para estar alguns momentos com a família. Porque nem as férias podem ter em conjunto e muitos vêem-se a braços com o problema dos infantários e/ou ATL's que encerram durante o mês de Agosto...todo!, quanto mais pensar em férias juntos onde quer que seja...pelas férias desencontradas mas, ainda mais, pelos euros mais desencontrados ainda!!!

E que legitimidade tem o senhor Pitta para achar que 'nem os empregados das grandes superfícies tiram benefício das tardes de domingo.'??? Por acaso fez alguma sondagem junto dos mesmos para aferir tal sentença?

Eu só gostava que os senhores pittas deste mundo me explicassem umas coisas:
  • porque raio as pessoas querem fazer compras ao domingo? porque raio não as fazem durante a semana, se as grandes superfícies do ramo alimentar até estão abertas até às 23/24h? e porque não as fazem nas superfícies de pequeno/médio porte que até estão abertas o domingo todo???
  • porque raio estes consumidores, estando as grandes superfícies abertas das 9h às 13h (ou 10h às 14h), só começam a aparecer para fazer compras a partir do meio dia, chegando a entrar (tantas vezes!) em cima da hora do fecho e dando-se ao 'luxo' de andar na maior das calmas até que alguém alerta para o fecho da loja!?
  • por acaso o senhor Pitta saberá que existem empregados de grandes superfícies que nunca folgam um fim de semana seguido, anos e anos a fio, excluindo apenas os períodos das férias?!? e ainda se atreve a afirmar que não beneficiam com as tardes de domingo?
  • se pai e mãe trabalharem numa grande superfície que tempo dispõem para os filhos? ou estes trabalhadores não têm direito a ter filhos? ou estes filhos não têm direito a ver-se devidamente acompanhados e acarinhados por forma a não se transformarem em 'energúmenos filhos de pais desclassificados que os não educam e apenas criam agressores dos coitadinhos dos profs'!???
Deixem-se de demagogias bacocas! As actividades que o senhor Pitta referiu são, na sua grande maioria de interesse vital para todos...uma pessoa não adoece quando decide; o crime não acontece com horário fixo, etc., etc., já a actividade comercial, relacionada com o consumo, prende-se muito mais com a criação artificial de necessidades do que de necessidades efectivas. E, em todo o caso, era melhor não se falar em médicos...afinal de contas que médicos encontramos aos domingos, sem ser nos hospitais? Por alguma razão os serviços de saúde são considerados serviço público e o supermercado é comércio, né?!?

O Eduardo Pitta de vez em quando tem cada uma!!! Oh deus me livre!!!

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22/03/08

Típico!!!...ou, como no melhor pano cai a nódoa!?:=>

...o 'algodão natural' do anda a precisar duma barrela, ai anda, anda!...:=>
Há por aí, por essa blogosfera fora, umas certas mentes(zinhas) que se julgam donas_e_senhoras da verdade, da rectidão, do bem_dizer_pra_melhor_fazer ...supostamente, claro! Pseudo-elites 'mal pensantes', julgam-se no direito de lançar atoardas pró ar como quem não quer a coisa. Depois, quando são alertadas para tais atoardas, recusam-se a assumir um simples e natural erro - de leitura precipitada, por exemplo!, mais usual em mentes menos dadas à reflexão (como a minha, por ex.) e menos esperado em mentes esclarecidas(?) como as dessas 'elites', mas enfim... - e, em vez disso, resolvem assobiar pró ar, se possível apontar o dedo para erros alheios e no fim, porque há uns chatos que não vão muito à bola com estas espertezas saloias, decidem atirar com uma destas: «Amok_she, não tem ninguém com quem falar, pois não?», versão soft do trivial 'à lá mercado da ribeira': «Amok_she, 'tá com falta de gajo, é?!»:=>

Assumo-me como uma pessoa muito (mas mesmo muito!) crítica, mas não embarco em leviandades quando as mesmas mexem com juízos de valor; com avaliações dos caracteres alheios; com considerações acusatórias das atitudes dos outros, quando não me sinto detentora do todo o contexto que as envolve. Por isso considero que propagar boatos, 'diz_que_disse' e 'parece que...', ainda mais se vindo de pessoas supostamente responsáveis e credíveis, é tão ou mais grave quanto o são, por vezes, os 'objectos' criticados. Agora, numa de 'assobiar pró ar,' atirar com estas 'preciosidades':

...em vez dum simples: 'precipitei-me, li apressadamente e repeti uma coisa que não corresponde, afinal, à verdade', é no mínimo desonestidade intelectual, já que se recusou a tal da má-fé!

Ao que parece esta questão do ter_ou_não_ter_com_quem_falar foi/é, afinal, importante. Ao ponto de alguém, supostamente detentor duma superioridade, pelo menos intelectual, ser incapaz de assumir um erro, de certo modo, simples...ao que parece essa necessidade de ter com quem falar - não a de conversar, de trocar pontos de vista, mas o mero falar por falar - impede alguém de ser eticamente correcta...enfim, coisa de 'elites'!!!:=>


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21/03/08

O que querem com isto? Desprestigiar, ainda mais, os professores?!?

Depois de, ontem, ter iniciado um post sobre o assunto achei por bem não seguir avante. O dito assunto deixa-me completamente incrédula, não tanto pelas atitudes (indesculpáveis!!!) da aluna - não tão inéditas quanto isso nas escolas portuguesas - mas pela impotência e inoperância da professora. Senti-me envergonhada, essencialmente, pela divulgação. O que querem com isto? Desprestigiar, ainda mais, os professores?!? Atirar, ainda mais, as culpas para cima dos pais?!? Mostrar o quanto os nossos jovens estão a tornar-se delinquentes juvenis (tenho lido por aí)?!?

Posto isto e depois de ter lido alguns blogs e respectivas caixas de comentários decidi seguir o conselho do Henrique Fialho: Insónia: O VÍDEO«(...)Impõe-se também alguma serenidade, antes de, como é costume, apontar o dedo, atirar culpas, fazer juízos. (...)Repartam as culpas, antes de reivindicarem uma inocência que não têm. ...e considero este post uma boa chamada de atenção para os hipócritas que se esquecem dos seus tempos de estudantes - a começar pelos professores, os primeiros a atirar as pedras, destas situações, para cima dos pais! - no entanto, não entendi alguns pontos:

  • uma aula livre...com teste?
  • a prof deixou que usassem os tm's?
  • a prof só apresentou queixa depois do caso se tornar público, quer dizer: após dar-se o escândalo. Porquê?
  • o conselho executivo só tomou conhecimento do caso por via externa à escola, porquê?
  • como é que um caso, gravíssimo como este, pode ser sonegado ao conhecimento da direcção da escola?
  • como é que se quer impor disciplina na escola se se tenta subtrair, ao necessário castigo, situações destas?
  • esse castigo deve ficar, apenas, a cargo da família quando a situação ocorreu dentro da escola?
Ele há coisas que, por mais serenidade que se pretenda ter, fica difícil não levantar questões, dúvidas e até críticas!

Toda a gente sabe, até eu que sou só mãe e não sou professora, que entrar no mesmo tipo de atitude de quem está a ser mal educado e/ou agressivo não leva a nada e menos ainda é uma atitude pedagógica. Ora se eu que sou só mãe - e burra ainda por cima! - e não tenho qualquer tipo de formação pedagógica sei isso...porque raio uma professora o não sabe e/ou aplica!?

Pelo que eu, ao contrário do Henrique Fialho, não estou nada solidária com aquela professora! Estou, sim, com a pessoa que está por trás daquela professora. Uma pessoa que não soube agir de acordo com o que é esperado de quem desempenha tal profissão, mas enfim...dias maus todas as pessoas têm. O problema já é diferente quando as pessoas que desempenham esta profissão e têm dias maus, aliás como todas as pessoas que são pessoas!, se recusam a assumir essa evidência e preferem atirar com as culpas para cima dos outros: dos alunos supostos delinquentes, dos pais que não educam, dos ministros, dos governos...enfim de toda a gente menos dos profs!

Mas isto, claro, não desculpa governos, ministros, pais, alunos...nem professores!

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19/03/08

MayDayLisboa2008 (2)





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18/03/08

MayDayLisboa2008




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15/03/08

O Professor está sempre errado...

Quando...

É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora de ‘barriga cheia’.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta às aulas, é um “Caxias”.
Precisa faltar, é ‘turista’.
Conversa com os outros professores,
está “malhando” os alunos.

Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama à atenção, é um grosso.
Não chama à atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a ‘língua’ do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, ‘deu mole’.
É, o professor está sempre errado mas, se
você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

Autor Anônimo




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Curioso que no meio de tanta BABOSEIRA que se lê vinda de profs pouco, ou nada, se faz eco de mensagens deste teor de que já, no ano passado, tinha feito referência. Como é evidente, dada a natureza demasiado sensível dos profs, dispenso-me de linkar as inúmeras baboseiras que por aí andam... nem vale a pena!, vale a pena é deter-mo-nos sobre quem faz propostas, boas ou más, o que importa é reflectir e procurar alternativas, se possível boas!


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Depois de ter visitado a

Você tem um espírito independente e proclama alto e bom som que o amor não é prioridade – o que não deixa de ser verdade, mas esconde também algum medo de ficar só.


QUAL É A SUA PROBABILIDADE DE FICAR MILIONÁRIO?




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14/03/08

Jorge Palma...


Escuridão (vai por mim)

Não estou com grande disposição
p'ra outra enorme discussão
tu dizes que agora é de vez
fico a pensar nos porquês
nós ambos temos opiniões
fraquezas nos corações
as lágrimas cheias de sal
não lavam o nosso mal

e eu só quero ver-te rir feliz
dar cambalhotas no lençol
mas torces o nariz e lá se vai o sol

dizes vermelho, respondo azul
se vou para norte, vais para sul
mas tenho de te convencer
que, às vezes, também posso...

ter razão!
também mereço ter razão
vai por mim
sou capaz de te mostrar a luz
e depois regressamos os dois
à escuridão

Se eu telefono, estás a falar
ou pensas que é p'ra resmungar
mas quando queres saber de mim
transformas-te em querubim
quero ir para a cama e tu queres sair
se quero beijos, queres dormir
se te apetece conversar
estou numa de meditar

e tu só queres ver-me rir feliz
dar cambalhotas no lençol
mas torço o meu nariz e lá se vai o sol

dizes que sou chato e rezingão
se digo sim, tu dizes não
como é que te vou convencer
que, às vezes, também podes...

(Escuridão)

ter razão!
também mereces ter razão
vai por mim
és capaz de me mostrar a luz
e depois regressamos os dois
à escuridão

Atenção!
os dois podemos ter razão
vai por mim
há momentos em que se faz luz
e depois regressamos os dois
à escuridão




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«RESPEITOSAMENTE

Sou um individuo humilde, a minha mãe julga-me simplório, vivo numa cidade de província, evito a confusão da urbe e a vida mundana, desleixo-me com a saúde e com o aspecto, pelo que desconfio não ser vaidoso, gosto muito pouco daquilo a que chamam convivência social, fico nervoso, ansioso, chego a ter ataques de pânico quando me sinto observado, coisa que apenas aguento com muito álcool a correr-me no sangue, adoro dançar, mas sozinho, também gosto de cozinhar, mas apenas para mim, não me considero um tipo egoísta, antes pelo contrário, dou muito do que posso dar a quem me pede e, muitas vezes, a quem nada me pede, no entanto nunca me faço convidado, detesto que pensem isso de mim, nada haverá que deteste mais do que a hipótese de alguém me julgar indigente e arrivista, por isso mantenho sempre alguma distância, inclusive dos amigos, os amigos sabem que assim é, alguns até sofrem um pouco com essa distância, queixam-se que não lhes telefono, que não lhes escrevo, que não lhes digo nada quando passo por perto, a culpa disso é um tremendo desleixo na cultura e preservação das relações (talvez o meu pior vício), prefiro ser tomado pelos acasos do que ir ao encontro das oportunidades. Isto tudo para dizer apenas que às vezes fico acanhado com a tamanha estupidez de algumas afirmações. E sinto alguma raiva, inclusive, quando escuto ou leio tais paspalhices. É que,(...)»

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12/03/08

Mas...esta gente está toda louca???! (2)


***
Carta Aberta ao Senhor Ministro dos Assuntos Parlamentares
Exmº Senhor Ministro Augusto Santos Silva,

Venho por este meio informá-lo que me sinto insultado pelas suas afirmações proferidas ontem à noite, em Chaves e dadas hoje à estampa na comunicação social escrita.

Foi o comunista do meu pai, Sérgio Vilarigues, que esteve preso 7 anos (dos 19 aos 26) no Aljube, em Peniche, em Angra e no campo de concentração do Tarrafal para onde foi enviado já com a pena terminada. Que foi libertado por «amnistia» em 1940, quatro anos depois de ter terminado a pena. Que passou 32 anos na clandestinidade no interior do país, o que constitui um recorde europeu. Não foi ao seu pai, e ainda bem, que tal sucedeu.

Foi a comunista da minha mãe, Maria Alda Nogueira, que, estando literalmente de malas feitas para ir trabalhar em França com a equipa de Irène Joliot-Curie, pegou nas mesmas malas e passou à clandestinidade em 1949. Que presa em 1958 passou 9 anos e 2 meses nos calabouços fascistas. Que durante todo esse período o único contacto físico próximo que teve com o filho (dos 5 aos 15 anos) foi de 3 horas por ano (!!!). Que, sublinhe-se, foi condecorada pelo Presidente da República Mário Soares com a Ordem da Liberdade em 1988. Não foi à sua mãe, e ainda bem, que tal sucedeu.

Foi a mãe das minhas filhas, Lígia Calapez Gomes, quem, em 1965, com 18 anos, foi a primeira jovem legal, menor (na altura a maioridade era aos 21 anos), a ser condenada a prisão maior por motivos políticos – 3 anos em Caxias. Não foi à sua esposa, e ainda bem, que tal sucedeu.

Foi a minha filha mais velha, Sofia Gomes Vilarigues, quem até aos 2 anos e meio não soube nem o nome, nem a profissão dos pais, na clandestinidade de 1971 a 1974. Não foi à sua filha, e ainda bem, que tal sucedeu.

Fui eu, António Vilarigues, quem aos 17 anos, em Junho de 1971, passou à clandestinidade. Não foi a si, e ainda bem, que tal sucedeu.

Foi o caso do primeiro Comité Central do Partido Comunista Português eleito depois do 25 de Abril de 1974. Dos 36 membros efectivos e suplentes eleitos no VII Congresso (Extraordinário) do PCP em 20 de Outubro de 1974, apenas 4 não tinham estado presos nas masmorras fascistas. Dois tinham mais de 21 anos de prisão. Com mais de 10 anos de prisão eram 15, entre eles Álvaro Cunhal (13 anos).

São casos entre milhares de outros (Haja Memória) presos, torturados e até assassinados pelo fascismo. Para que houvesse paz, democracia e liberdade no nosso país.

Para que o senhor ministro pudesse insultar em liberdade. Falta-lhe a verticalidade destes homens e mulheres. Por isso sei que não se retratará, nem muito menos pedirá desculpas. As atitudes ficam com quem as praticam.


Penalva do Castelo, 8 de Março de 2008

António Nogueira de Matos Vilarigues


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11/03/08

Valentes profs!!! II

«(...)Há escolas que de forma mais ou menos assumida decidiram boicotar: umas vão avaliar todos os professores com "Bom" (nota para a qual não há quotas) e outras recusam-se a avançar com o processo.(...)»


Esta tem sido, ao longo dos anos, a forma que os profs escolhem para se oporem a tudo o que lhes desagrade e/ou estrague os interesses: boicotar!

Nunca se lhes conhece propostas alternativas; nunca se lhes ouve projectos que respondam duma forma mais adequada ao que tanto criticam; nunca se percebe o que, afinal, querem que se faça em prol da educação e dos alunos, respeitando é claro os seus direitos que é uma coisa que pai/mãe que se preze não lhes nega!

Em contrapartida existem muitos professores que exercem a sua profissão duma forma digna e produtiva, mesmo com todos os diabos dos ministros que vão passando...porque será? E se, por acaso, se pensa que estes professores são mais respeitados pelos seus pares, pois, engano puro!, ai daquele que ouse furar o clima de permanente contestação e boicote a tudo o que venha de cima e colida com direitos adquiridos, muitas vezes desde o tempo da outra senhora. Por isso é que me rebolo a rir por ver alguns patêgos pretenderem associar os protestos actuais e a manif de sábado com o partido comunista...esta é mesmo a melhor anedota dos últimos tempos!!!

E, entretanto, entra governo e sai governo e as políticas educativas são a bandalheira que se conhece...sem que ninguém se lhes oponha eficazmente!, porque andamos todos entretidos a apedrejarmo-nos mutuamente!


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

10/03/08

Ai se isto fosse dito/escrito por mim...uma ignorante e simples mãe...:=>


Quanto aos dias de...passo!, gosto mais de pensar nisso nos outros 364 dias...:=>

[...eu bem ando a ameaçar, há um ror de tempo, que um dia destes volto (em fuga acelerada!) para a caverna!...tanto mais quando ainda nem sequer me afastei muito da entrada...]


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

E eu tenho vergonha que os professores deste país, tendo ou não estado (todos!) na manif de sábado, sofram afrontas destas geradas pelas condutas menos dignas dos profs deste país!!!

Já lá dizia a minha avó: 'quem com ferro mata, com ferro morre'...pois, e quem ventos semeia...

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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

Mas...esta gente está toda louca???!

...como se já não bastasse andarem pr'ai a pretender associar os insuspeitos profs de estarem a ser 'comandados' pelos comunistas...e se há coisas de que não se pode acusar os profs é de serem comunistas!:=>...agora vem este com patacoadas destas!?

"A liberdade é algo que o País deve a Mário Soares, a Salgado Zenha, a Manuel Alegre... Não deve a Álvaro Cunhal nem a Mário Nogueira", afirmou Santos Silva

...que os deuses me acudam, caraças!


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08/03/08

Valentes profs!!!


Magistral! Há muito que não se via uma destas. Aliás, desde os velhos tempos das velhas manifs de que os velhos 'pcs' tanto gosta(va)m...pelos vistos, neste caso, poucos tiveram medo de se verem associados a praticas ditas antidemocráticas 'à lá pc'...Assim estivessem todos os trabalhadores portugueses, bem mais explorados que os profs. E no entanto...não se manifestam, não fazem greves, quase não protestam já, mais...quase não se sindicalizam sequer!...porque será???

Tivessem, os profs, os seus lugares na mira dos despedimentos e ver-se-ia onde é que ficavam estes 100.000! Tivessem, os profs, os seus lugares na mira dos despedimentos e ver-se-ia onde ficavam os dias de greve junto aos fins de semana e/ou feriados; ver-se-ia onde ficavam os dias de greve aos exames; ver-se-ia onde é que os sindicatos tinham verbas para pagar tanta camioneta!

Isto duma gaja ter de fazer de advogada do diabo é...o diabo! E se há coisa que mais me faz tirar do sério, para lá de ver o regabofe em que se vão tornando as nossas escolas, é ver a valentia protestante de quem tem o lugarzinho seguro e o chequezinho garantido, sem que os protestos se façam pelas causas mais importantes e que dizem respeito ao bem comum - o acesso à educação de qualidade para todos - e depois não poder cascar no governo porque do poder pouco mais se pode esperar; seria de esperar sim!, que os professores fossem um bom bocado mais inteligentes e menos individualistas e voltados para os seus umbiguinhos! Assim não sendo e a continuar-se com este tipo de profs 'nem o pai janta nem a gente almoça', que é o mesmo que dizer que mudam-se as moscas, mas...a merda das políticas educativas vai ser sempre a mesma com PS ou com PSD, pelo que continuaremos a ter estas fantochadas do 'vira o disco e toca o mesmo'.

Não é em vão que os sindicatos estão cada vez mais enfraquecidos (à excepção dos dos profs, né!?!); que a legislação laboral está cada vez mais afunilada por forma a reduzir os direitos e a aumentar os deveres; que os trabalhadores, à mercê de contratos instáveis e de milhares de ofertas para cada posto de trabalho, se vejam na obrigação de amordaçar os protestos e a reinvindicação dos seus mais básicos direitos. É que a eles ninguém lhes garante que no regresso duma greve, ou dum protesto, não tenham perdido o posto de trabalho; ou que no caso dum erro grave não vejam reflectidos nos vencimentos esses mesmos erros. Já os prosf, esses, são intocáveis e impróprios para avaliações!:=>

É por estas e por outras que uma gaja se vê metida na pela do tal advogado do diabo...é que face a estas fantochadas professorais não há como não fazer comparações com as condições de trabalho de muito mais que 100.000 trabalhadores por esse país fora e lá se perde a oportunidade de discutir (e protestar e reinvindicar) pelo que está mal na educação em Portugal e que passa muito mais pela responsabilidade dos Governos que destas fantochadas dos profs. Mas eles, os profs, assim o querem e ao confundir meia dúzia de árvores com a floresta arredam os pais/encarregados de educação dum apoio que lhes daria muito mais força reinvindicativa...isto se o interesse deles fosse, mesmo, a educação...os alunos...a evolução cultural deste país. Depois admiram-se da perda do respeito...de todos!


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07/03/08

Isto é o modo muito português de fazer as coisas...


...que mais querem?!?:=>

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Insónia: INFELIZ »(...)Em dez anos de ensino, repartidos pela escola pública, privada, formação profissional, explicações, etc, deparei-me com situações aberrantes que só um completo laxismo dos professores tornou possível. Também tive colegas muitíssimo competentes, gente disponível, inteligente, dinâmica e cheia de vontade.(...)«

Há anos que digo a mesma coisa. Como mãe (de dois rapazes, de 18 e 25 anos) e, tendo passado pelo movimento associativo de pais e encarregados de educação desde o primeiro, sempre vi exactamente o que ali em cima transcrevi do post do Insónia. Várias vezes o repeti aqui e noutros sítios e sempre tal foi visto como sinal de estupidez, burrice, até mesmo má fé da minha parte e por extensão dos pais/encarregados de educação, isto vindo de professores claro.

O grande drama desta questão - a guerra dos professores contra o ministério, os pais, os alunos, ao que parece contra o mundo e na realidade até contra eles próprios - é que não se vê uma luta digna contra os erros políticos que se têm cometido, não apenas por este governo, mas por todos. Houvesse verdadeiro interesse em investir na educação em Portugal e as coisas teriam sido muito diferentes desde o 25 de Abril. Mas também não sejamos ingénuos: a que tipo de poder interessa uma nação culta? E convenhamos que aos professores - em geral! - também não é coisa que esteja nos seus horizontes de interesses. Serem bem pagos; terem privilégios inerentes a uma classe de elite (esquecem que esses tempos já lá vão); serem intocáveis nos erros cometidos (e quantos não foram, à conta de reformas inventadas sem rei nem roque, apenas obedecendo a bajulações ao poder a troco de tachos)...é quase tudo o que lhes interessa nas suas benditas carreiras! Ver tudo isto colocado em causa e, pior, ver que uma grande parte da nação está contra eles, porque pais e mães que lhes sofre as consequências de todos os seus boicotes e lamurias, quando não represálias, é ao que parece o motor principal que os move.

E no entanto, apoio que os professores deste país tenham resolvido descer e subir até Lisboa para se manifestarem...porque algo (tudo) está podre neste 'reino da dinamarca'. Pode ser que no meio do maralhal surja uma qualquer luzinha que os faça ver como, onde e por que lutar...verdadeiramente! E que não se limitem, apenas, aos seus umbiguinhos! Para que prosas destas (excluindo os comentários finais onde, como sempre, se espalham ao comprido!) possam ser levadas à pratica.


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06/03/08

Eh lá!... isto está mesmo a acontecer???

...pelo andar da carruagem devem estar a prever uma manifestação como nunca se viu em Lisboa!?! Será, mesmo, só isso...??? Imagino a quantidade de agentes que andaram por aí, país fora, recolhendo dados para garantir...o que diz que disse????Pois...a segurança e etc.

Mas esta gente quer-nos mais tolos do que já somos?!?


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Este homem é...insaciável!


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Literatura, marginalidades e outros que tais...



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Tão simples!...


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

02/03/08



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Mais do que louco...está tudo podre!


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Algumas questões que poderiam, muito bem, ver-se colocadas sobre a mesa duma boa discussão, n' O Gato Maltês:


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01/03/08

Devo, desde já, assumir que o teor deste post era para ser muito (mas mesmo muito, em sentido oposto mesmo!) diferente do que agora irei escrever. Isto porque, numa estúpida reacção, ia atrás dos comentários que por aí se têm escrito sobre este assunto. Mas, depois, resolvi ler o tal documento com mais atenção e pasmei!

Ora vamos lá a ver a razão de tanto escândalo: «Verbaliza a sua insatisfação/satisfação face a mudanças ocorridas no Sistema Educativo/na Escola através de críticas destrutivas potenciadoras de instabilidade no seio dos seus pares»

Não entendo como é que alguém 'verbaliza satisfação(...)através de críticas destrutivas potenciadoras de instabilidade no seio dos seus pares», mas enfim, deve ser a minha burrice...no entanto, também não entendo onde é que está a razão do escândalo!?

É claro que entendo que os profs não tivessem gostado nada disto, ainda mais vindo dos seus próprios pares, mas...onde está o 'crime'??? Em qualquer equipa, qualquer tipo de 'críticas destrutivas e potenciadoras de instabilidade no seio dos pares' é sempre vista duma forma negativa, é sempre prejudicial para os resultados da equipa, mas...onde é que existe o espírito de equipa na maioria das escolas? Onde é que se encontra um prof que não faça mais que protestar contra as políticas de qualquer governo que faça a mais pequena menção de lhes tocar nos privilégios de classe...de funcionários públicos!? E, no entanto, como eles os têm vindo a perder ao longo dos tempos...porque será?

Agora estúpido, estúpido!, é pretender-se ficar pela rama, como se o conteúdo de tal parâmetro fosse, única e exclusivamente, a crítica às políticas educativas, quando na realidade se centra na forma como se verbalizam essas críticas: duma forma destrutiva (presume-se sem qualquer intenção de procura de soluções alternativas) e geradora de ondas de protesto inconsequente tão nosso, tão português, junto dos outros. Assim a modos que uma qualquer alma, numa fila para qualquer coisa, desatar a protestar alto, olhando em redor para colher apoios, e às tantas já está tudo aos berros sem se perceber muito bem o que quer aquela mole de gente protestante e sem lógica. Mas tudo isto sabem os profs muito bem!, só que julgando-se únicos detentores do saber em Portugal imaginam todos os restantes portugueses burros...e vá de lhes tentar atirar areia nos olhos!

Numa entrevista de ontem, num qualquer telejornal, acerca da sobrecarga de horas passadas na escola, uma prof referia que chegava a sair da escola, quase todos os dias, por volta das 21 horas. Instada a esclarecer o porquê dizia ela que eram reuniões atrás de reuniões para 'tratar destas coisas exigidas pelo ministério'; depois de, também, lhe perguntarem se essa sobrecarga de trabalho se reflectia na qualidade das aulas e sobre os alunos, resposta pronta e com o ar mais inocente possível: 'claro que não que nós somos muito profissionais!' Estes profs são umas máquinas, é o que é! E desonestos!, intelectualmente desonestos ao pretenderem que todo o mal e todos os erros recaem sobre o(s) governo(s) e os pais/encarregados de educação, enquanto eles são os únicos intocáveis nesta trampa toda em que se tornou a educação em Portugal. Tão intocáveis que até são capazes de trabalhar dez horas numa escola, ainda vão pra casa tratar da família e as aulas continuam com a mesma qualidade como se assim não fosse...o dia, para esta gente, deve ter 48 horas e eles, então, são de ferro!

O engraçado disto tudo é que aquele documento refere ainda um outro ponto que, no meu entender, diz muito dum professor: «Mantêm uma relação pedagógica com os alunos produtora de expulsão de aluno(s) da sala de aula» e «coloca as causas do insucesso dos alunos em situações de vida do discente ou no seu perfil».

Ora, esta é uma das situações que venho referindo (há anos!) e que potencia as diferenças entre profs e professores...por alguma razão, numa mesma turma e com o mesmo aluno, uns profs não conseguem resultados e um ou outro professor obtém resultados que se podem considerar completamente díspares dos primeiros. Por diversas vezes assisti a trabalhos apresentados por professores, realizados por alunos que outros profs da turma classificavam de indisciplinados e incapazes para qualquer tipo de trabalho na sala de aula. Não era em vão que, com os primeiros, os alunos permaneciam na sala de aula, enquanto que com os segundos era mais o tempo que passavam expulsos que dentro da sala de aula. Um prof que opta por usar da medida de expulsão, com a leveza com que se usa nos últimos tempos, só demonstra a sua própria incapacidade para impor disciplina; um prof que recorre à expulsão como forma de reduzir o número de alunos na sala de aula para, assim, lhe facilitar a tarefa pela redução do trabalho só consegue obter desses mesmos alunos o desrespeito que quem se demite da sua função merece! Tal como acontecia com aqueles pais que, incapazes para a educação dos seus filhos, optavam por os internar em colégios internos, isso sim!, a verdadeira demissão de pais como educadores e não o facto de o sistema em que vivemos estabelecer uma grande maioria da população a viver com recursos económicos na ordem do ordenado mínimo (ou pouco mais se conseguem estar os dois empregados) não lhes deixando grande margem para investir na sua própria qualidade de vida de forma a transmitirem aos filhos qualquer coisa mais que não seja 'ensinado' pelas televisões...

Enquanto continuarmos a admitir gente incapaz para exercer a função de ensinar, gente que recorre ao ensino como fonte de rendimento alternativa por não conseguir instalar-se onde quereria, ou até o conseguir...teremos sempre uma corja de funcionários públicos que colocam os seus próprios interesses acima de pessoas em formação, pessoas permeáveis a todas estas imagens degradantes do ser humano, como 'o salve-se quem puder e quem vem atrás que feche a porta!'...depois admiram-se uns pela indisciplina e falta de respeito, e outros por termos um país de gente menor e incapaz...com tais ensinamentos que mais se espera?!?


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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW


Ainda ando a digerir esta, mas...continuo a achar que anda tudo louco...





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