06/02/06

Bem, vejamos a estupidez reinante de ambos os lados...

«Jornal iraniano lança concurso de caricaturas sobre holocausto
06.02.2006 - 20h00 AFP, PUBLICO.PT, AP
(...)
O mais importante jornal iraniano lançou hoje um concurso de caricaturas sobre o holocausto, em resposta à publicação de “cartoons” sobre o profeta Maomé, em diversas publicações europeias, que foram mal recebidos em todo o mundo islâmico.
(...)
“Os jornais ocidentais publicaram estes desenhos sacrílegos sob o pretexto da liberdade de expressão. Vamos ver se fazem o que dizem e se publicam também desenhos sobre o holocausto”, acrescentou o responsável.
(...)
Suspensão de relações comerciais com a Dinamarca

A controvérsia das caricaturas de Maomé já atingiu também às relações comerciais entre Teerão e Copenhaga, com o anúncio de hoje do Governo iraniano da decisão de suspender todas relações comerciais com a Dinamarca.

“A partir de amanhã, não poderá mais haver importação de produtos de consumo da Dinamarca”, anunciou o ministro do Comércio do Irão, Masoud Mir-Kazemim, citado pela televisão estatal do país.

“Todas as negociações ou acordos comerciais com a Dinamarca estão suspensos desde hoje. Todos os acordos susceptíveis de ser anulados serão anulados”, acrescentou o governante.
(...)»


...ora, não era bem melhor que se deixassem ficar pelas guerras cartoonistas???:->

Dum lado são estúpidos porque confundem liberdade de expressão com o direito de resposta. Eu não entendo nada de direito internacional, mas quer-me cá parecer que os ofendidos estrangeiros não gozam do mesmo direito de resposta...gozam?...é que se gozam vão ter, mesmo, de lhes dar espaço para a publicação dos tais futuros cartoons...:->

Do outro lado são estúpidos porque pensam que basta berrar "somos livre, somos livres" para quem não entende peva de liberdade; depois são estúpidos porque ateiam a fogueira da violência e das represálias comerciais e nesse aspecto convenhamos que quem menos sai prejudicado são "eles" que ainda não bebem na cartilha do supra_sumo do lucro capitalista. Para eles, ainda pouco dados aos vícios consumistas, fazer uma "greve" aos produtos europeus talvez não lhes dê tanto abalo como dará à economia, mais que debilitada, da velha europa a cair aos bocados e chafurdando nos seus belos valores morais que não dão de comer aos seus mais pobres, ainda se dando ao luxo de importar mais pobres para explorar...depois admiram-se!...os cartoons foram só um rastilho que os estúpidos dos dinamarqueses atearam e de que os "eles" só estavam à espera...depois nós, os ocidentais, é que somos os evoluidos, ahpoisé!:->

***...***...***
(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

8 comentários:

Alberto Oliveira disse...

Gosto imenso de comer bem e de fazer sopas e arroz-doce;
Não gosto de dormir (perde-se muito tempo);

Gosto muito de conversar. Gosto mais de conversar que de pintar;
Não gosto da falta de gosto;

Gosto imenso de imaginar cenários;
Detesto fazer projectos e esboços;

Gosto de despir as pessoas. Desenhá-las como eu entendo que elas são;
Não gosto mesmo nada que me tomem por parvo, ingénuo ou mal-intencionado;

Gosto de me rir com gosto;
Detesto dramas & infelicidades. Sobretudo onde eles (e elas) não existem;

Gosto imenso de cinema (a propósito: o "Match point" é uma agradavel surpresa!), de bailado e de teatro;
Não posso com o choradinho dos músicos portugueses que não os passam na rádio, blá blá blá. O Jorge Palma é muito bom;

Gosto imenso de pessoas. A dois, a três, em grupo, em multidão. Não consigo viver sem pessoas; amo-as;
Não gosto nem gasto de gente que superior se sente;

Gosto de amar, de fazer amor de me sentir vivo;
Detesto ter de morrer um dia destes.


PS: Afinal, ao contrário do que escrevi no blog da Lélé, convidaste-me; não garanto que tenha sido o mais sincero possível. Mas creio ter andado lá perto. Afinal apenas nos "retratamos" como desejaríamos ser, não é?

amok_she disse...

...ai a minha vida!!! átão isto é assim???..eu não dizia, lá na minha lista de manias, q gosto de encontrar as minhas coisas à primeira e q de desarrumada só tenho a aparência??? ...porque raio me metes as ceroulas na gaveta dos panamás, caraças????

amok_she disse...

Afinal apenas nos "retratamos" como desejaríamos ser, não é?

...boa 'malha'!, vou usar para post...;-)

Maite disse...

Caro Legível
Sensibilizou-me esta sua frase "Gosto de despir as pessoas. Desenhá-las como eu entendo que elas são" Eu gosto de fazer o mesmo looooooooooooool...a sério.

Alberto Oliveira disse...

Cara Maite

Gostei que tivesse ficado sensibilizada.
Essa frase, segue a linha de pensamento estético(?!) da outra que a Amok_she sublinhou a bold no comment anterior a este.

O desejo do conhecimento do outro (quando esse "outro" nos desperta a atenção pelo mais ínfimo detalhe) e a tentação de lhe atribuirmos um rosto, um corpo (no virtual) ou uma alma no real, leva-nos a exercícios estéticos ficcionados, que qualquer cirurgião plástico não desdenharia.

Gosto particularmente desta actividade porque é intelectualmnte enriquecedora. Fosse eu um cidadão regularmente passado dos carretos, convidava-a à sociedade numa empresa do ramo; porque "gosta de fazer o mesmo...". Infelizmente os meus acessos de loucura são a espaços... irregulares. Lamentavelmente.

amok_she disse...

...confesso q qd li o 'gosto de despir as pessoas...' me saltou a tampa!, é claro q nem dei pelo itálico, às primeiras;-)...depois lá recuperei e achei mt poético aquela do 'desenha-las como eu entendo que elas são...', isso sim...isso é bonito!...e precavido, mt precavido, sim senhor...ele há mar e mar...;-)))

[e ag na posso responder a mais q já 'tou morrendo de sono e com os olhos em bico de tanto mapa!...além do mais, vc.s fizeram o favor de se mostrarem mais desarrumados q eu...deixaram-me a casa em pantanas e ag eu q me lixe para encontrar o raio das coisas q quero...grrrr...vc.s me pagam, ai se pagam...num trago recuerdos pra ninguém, prontes!!!]

Maite disse...

Caro Legível
É para descobrir os mais ínfimos detalhes que fazemos esse exercício que você chama de estético. Conhecer o outro. Sempre me acontece, que para conhecer o outro tenho de "esbarrar" com ele, às vezes até de forma "agressivamente elegante" (gostei desta parte do elegante do Albertobei:)))))))

E não me convide para uma "empresa do ramo", senão iamos à falência, com certeza ;)))))))

E há ir e voltar Amok-she :)))))

Anónimo disse...

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