13/02/06

Já não sei como, fui descobrir este texto...

...podia ter sido eu a escrever, mas...aviso já!, não fui...não é meu!...e gostava de saber porque se 'calou' quem o escreveu...

«(...)Depois, desce o pano. Tiro a maquilhagem e os adereços, e nas sombras vou até à minha toca, onde de mim para mim desabafo. De mim para mim me saro. De mim para mim me preparo para o dia de manhã.
Sou cachorro manso, meigo, dócil. Fizeram de mim cão de luta. Mas foi o meu orgulho que não me permitiu perder. É o meu orgulho que não me permite perder. E é esta dor que vivo, a de saber que quando ganho, perdi. Porque dê por onde der, perco sempre. Nunca serei o que de mim esperam. Nunca serei o que eu espero, porque eu, sinceramente, espero muito pouco de mim, apenas a paz e o sossego. E já agora, que falo disso, o ombro sem a crítica. O colo sem juízos ou compensações hipócritas. A compreensão em silêncio. A cumplicidade. E uma mezinha qualquer que sare de vez a estas feridas que trago no corpo.»


***...***...***
(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

3 comentários:

Maite disse...

Hoje não me apetece comentar este texto, sorry!
Vim desejar-lhe um dia de S.Valentim feliz junto de quem mais ama :)

Anónimo disse...

Parece haver um elo entre este e o post anterior, mas será melhor procurá-lo em 'O poder soberano e a vida nua' de Giorgio Agamben, Presença, 1998

Lê-se no site da Presença: “O Poder Soberano e a Vida Nua”, ou a vida política qualificada e a vida natural, o homem como sujeito político ou como animal vivo, bíos e zoé (perfeitamente distintos para os Gregos), foram progressivamente entrando numa zona de indiferenciação na qual a vida nua se foi tornando súbdita do Poder Soberano e a política foi assumindo contornos de uma biopolítica.

amok_she disse...

...parece, não parece mm?!?, só tu para o descobrires...;-)