Maite e a urbanidade...;-)
«Sempre posso defender, mesmo veementemente, um ponto de vista sem descer “do salto alto”.» Maite dixit!;-)
Ora, comecemos por esclarecer dois pontos:
- rara, mas mesmo muito, raramente uso...saltos altos! Gosto pouco de 'espartilhos'...:->
- até posso entender o que, à superfície, aquela ideia comporta, mas...agora quero ir mais fundo!, ou seja: vou descalçar o sapatinho...:->
Tenho para mim que o "saber estar" nos remete, essencialmente, para uma capacidade de adaptação que nos leva a saber inter-agir com o ambiente que nos rodeia, quer seja o social, ou outro...E esta inter-acção só se justifica se a mesma se exercer com conforto. Conforto físico, emocional, intelectual, afectivo...por aí fora. Recuso, desde já, inter-agir com algo que me provoque desconforto e, menos ainda, sofrimento. É assim que levo ténis para o campo e não os tais sapatinhos de salto alto!:-> E mesmo esses, para além de precisarem ser muito bons - uns Pablo Fuster ou uns Aldo, por ex.!;-) - só os uso quando a situação é, mesmo, muito exigente. Em todo o caso, preferir por preferir, em matéria de saltos altos, prefiro...botas!Mas adiante...:->
Ora, no que toca à forma da expressão informal - é que existem diversas formas de expressão, né?!?:-> - vai dar quase ao mesmo...se preciso sentir-me espartilhada a todo o momento; se não me permito descontrair em certos ambientes, em geral os que são para isso mesmo, aqueles em que estamos com quem nos conhece e sabe aferir de todos (ou pelo menos de quase todos que o todos nem nós mesmos!) os sentidos possíveis para as nossas palavras e/ou expressões informais, então corro (corre toda a gente, acho eu) sérios riscos psico-emocionais...aliás, pensando bem, deve ser por isso que parece andar todo o mundo meio-louco...esta gente não aprende a descontrair, mesmo!;-)
É por demais evidente que não usamos as mesmas formas de expressão em todos os lugares, eu não uso! Tal como não escrevo uma carta comercial como se estivesse a escrever uma carta de amor; nem um post como se estivesse a escrever um ensaio candidato a um qualquer prémio literário!:-> Isso não quer dizer que não exista uma linha condutora, mas essa deve dizer mais respeito aos nossos próprios valores que se aplicam em termos gerais e não a uma uniformização da nossa própria forma de estar...e ser! É claro que, se não faz parte dos meus hábitos usar de palavrões na linguagem oral, isso não me impede, no entanto, de os usar se me apetecer em determinado momento e se eu achar que tal servirá um determinado propósito, meu! Agora, dos meus propósitos e dos seus respectivos significados deve aferir, cada um por si, esperando-se que se use da inteligência de os colocar dentro do contexto...e é isso que os hipócritas não sabem fazer! Ouvem um palavrão e 'ai jesus!, q'horror!, q'escândalo!, q'ordinária(o)!' :->...em geral estes espécimes acabam por morder o próprio anzol e, mais tarde ou mais cedo, caiem na própria rede: acabam a usar de expressões reles num contexto descabido.
Mal de nós se nunca descartarmos o formalismo a que nos obrigam as socializações formatadas e formatadoras- do emprego ou da presença de estranhos, por exemplo - e não soubermos desconstruir esses formalismos e transformá-los em sadia confraternização.
Como eu costumo dizer: só me ofende quem eu deixo!...e para isso é preciso já ter-se ultrapassado as socializações hipócritas. Ao respeito pelo outro, pelos seus sentimentos, pela sua forma de pensar, pelas suas opções de vida...chamo eu valores! Nunca socialização, mesmo se feita de : 'delicadeza; civilidade; cortesia; afabilidade'. E estes são, apenas, alguns dos 'utensílios' que usamos para dar corpo aos valores humanos...alguns apenas!, e mesmo assim quantas pessoas conhecemos que são muito simpáticas, muito afáveis e muito (aparentemente) cheias de civilidade e, afinal, na pratica do dia a dia e nos momentos mais expressivos são uns sacanas da pior espécie!?
E, ainda, a veemência* não se compadece com esses formalismos...essas delicadezas...essas pseudo-civilidades...as coisas da paixão pouco (nada!) têm a ver com fru-frus...e defender ideias, ainda mais com veemência...implica paixão! Coisa de que os amorfos (ou já formatados!?!) desconhecem...Pois é, minha cara Maite...o pior não é usar-se a expressão sacana...pior, mesmo, é ser-se sacana! :->
*veemência
do Lat. vehementia
s. f., qualidade do que é veemente;
impulso rápido na alma ou nas paixões;
impetuosidade;
energia calorosa;
intensidade;
centro;
rigor;
eloquência arrebatadora;
arrebatamento;
ardor;
fig., instância;
grande interesse, entusiasmo;
empenho.
Ora, no que toca à forma da expressão informal - é que existem diversas formas de expressão, né?!?:-> - vai dar quase ao mesmo...se preciso sentir-me espartilhada a todo o momento; se não me permito descontrair em certos ambientes, em geral os que são para isso mesmo, aqueles em que estamos com quem nos conhece e sabe aferir de todos (ou pelo menos de quase todos que o todos nem nós mesmos!) os sentidos possíveis para as nossas palavras e/ou expressões informais, então corro (corre toda a gente, acho eu) sérios riscos psico-emocionais...aliás, pensando bem, deve ser por isso que parece andar todo o mundo meio-louco...esta gente não aprende a descontrair, mesmo!;-)
É por demais evidente que não usamos as mesmas formas de expressão em todos os lugares, eu não uso! Tal como não escrevo uma carta comercial como se estivesse a escrever uma carta de amor; nem um post como se estivesse a escrever um ensaio candidato a um qualquer prémio literário!:-> Isso não quer dizer que não exista uma linha condutora, mas essa deve dizer mais respeito aos nossos próprios valores que se aplicam em termos gerais e não a uma uniformização da nossa própria forma de estar...e ser! É claro que, se não faz parte dos meus hábitos usar de palavrões na linguagem oral, isso não me impede, no entanto, de os usar se me apetecer em determinado momento e se eu achar que tal servirá um determinado propósito, meu! Agora, dos meus propósitos e dos seus respectivos significados deve aferir, cada um por si, esperando-se que se use da inteligência de os colocar dentro do contexto...e é isso que os hipócritas não sabem fazer! Ouvem um palavrão e 'ai jesus!, q'horror!, q'escândalo!, q'ordinária(o)!' :->...em geral estes espécimes acabam por morder o próprio anzol e, mais tarde ou mais cedo, caiem na própria rede: acabam a usar de expressões reles num contexto descabido.
Mal de nós se nunca descartarmos o formalismo a que nos obrigam as socializações formatadas e formatadoras- do emprego ou da presença de estranhos, por exemplo - e não soubermos desconstruir esses formalismos e transformá-los em sadia confraternização.
Como eu costumo dizer: só me ofende quem eu deixo!...e para isso é preciso já ter-se ultrapassado as socializações hipócritas. Ao respeito pelo outro, pelos seus sentimentos, pela sua forma de pensar, pelas suas opções de vida...chamo eu valores! Nunca socialização, mesmo se feita de : 'delicadeza; civilidade; cortesia; afabilidade'. E estes são, apenas, alguns dos 'utensílios' que usamos para dar corpo aos valores humanos...alguns apenas!, e mesmo assim quantas pessoas conhecemos que são muito simpáticas, muito afáveis e muito (aparentemente) cheias de civilidade e, afinal, na pratica do dia a dia e nos momentos mais expressivos são uns sacanas da pior espécie!?
E, ainda, a veemência* não se compadece com esses formalismos...essas delicadezas...essas pseudo-civilidades...as coisas da paixão pouco (nada!) têm a ver com fru-frus...e defender ideias, ainda mais com veemência...implica paixão! Coisa de que os amorfos (ou já formatados!?!) desconhecem...Pois é, minha cara Maite...o pior não é usar-se a expressão sacana...pior, mesmo, é ser-se sacana! :->
*veemência
do Lat. vehementia
s. f., qualidade do que é veemente;
impulso rápido na alma ou nas paixões;
impetuosidade;
energia calorosa;
intensidade;
centro;
rigor;
eloquência arrebatadora;
arrebatamento;
ardor;
fig., instância;
grande interesse, entusiasmo;
empenho.
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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW
18 comentários:
Em primeiro lugar, gostaria de exprimir a minha admiração pela qualidade do seu texto quer na forma quer no conteúdo (e isto não é um espartilho camuflado para lhe ser favorável ou quiçá "fugir" cobardemente à sua veemente réplica).
Há, porém, alguns pontos que gostaria de rebater:
Em relação aos ambientes e à inter-acção com os outros, sou de opinião que se deve usar de "urbanidade" quer sejam ambientes favoráveis ou desfavoráveis. Com certeza que a urbanidade pode ter várias formas (para mim duas) ou uso de urbanidade por respeito ao outro ou usu-a de forma egoísta para tornar os ambientes confortáveis. E com isto nunca me sinto espartilhada.
Está, por acaso, a sugerir a certa altura do seu texto, que a minha urbanidade se resume à forma e não ao conteúdo?? é que se for isso, eu tenho de dizer, olhe que não, olhe que não.
Penso que o assunto ainda não se esgota por aqui e que o seu texto ainda me irá fazer reflectir muito mais ;)
É claro que a menina sabe mt bem que em pedaço nenhum do meu texto pretendi sugerir o que quer q fosse a seu respeito...se assim fosse ñ estariamos aqui, as duas!, a tentar perceber o q dizemos, pensamos, sentimos...pq se eu quisesse sugerir o q quer q fosse sobre a menina...ñ me limitaria a sugerir!;-) ...urbanidades àparte...
...no entanto e apesar de discordarmos, não no essencial, mas apenas nas formas como enfrentamos os ambientes "hostis"...há quem tente transformar os ambientes desagradáveis em, mais ou menos, toleráveis...eu ñ tenho pachorra!...debando logo qd a coisa começa a cheirar(me) a 'podre'...;-)
...mas tb é verdade q nc disse q a carreira diplomática era o meu futuro...:->
Cara Amok_she
Como voltei aqui e li o seu comment, e claro que penso que no essencial estamos de acordo (mas só no essencial;) mas ainda há algumas arestas a limar neste tema e por isso volto amanhã porque hoje estou de rastos.
E já agora, sabe que o seu blog está mal formatado? o profile e os links e os previous posts estão todos lá em baixo.
Só agora vi que me linkou e logo nas "gajas" !!!! valha-me Deus! Você é incorregível ;)
Boa noite para si :)
amok
o tempo que eu levo a ... não te conhecer
ainda assim, gosto,
gosto muito
...pois, parece q sim...a má formatação...para quem está a usar o IE...eu uso o Firefox, por isso...paciência!, quem queira ver os acessórios vá até l'abaixo, sff!:->
...confesso q ainda fiquei a pensar se a devia colocar no meio da malta...das gajas!, mas depois pensei: q se lixe!, ela é assim a modos q forma(l)tada, mas ñ deixa de ser uma gaja...porreira!...e se ñ gostar da companhia...das outras gajas...q debande!:->
...mas duvido q a menina opte por debandar...duvido!;-)
...ora, mm, eu sou absolutamente...transparente!!!;-)
...bem, depois dos arranjinhos feitos ali ao lado, na bonecada!, espero q os IE's consigam ver o blog tal como os Firefox's!!!;-)))
Como é isso de se ser transparente? A gente olha e vê através da transparência até onde? E da transparência vê-se o quê? Bem, já me senti invisível... mas isso não é bem mesma coisa!...
Amok_she
Confesso que achei piada ao facto de me ter colocado no meio das "gajas" (palavra que não uso..oops, mais uma;), mas é claro que não debando, era só o que faltava, só se me corresse à "vassourada" eheh.
Lélé (desculpe, mas não sei se é homem ou mulher - e como agora não tenho tempo de ir ver...), a finalidade da transparência não será ver os orgãos internos mas o "coração" das pessoas. No fundo, no fundo, acho que todos somos transparentes, se nos dermos ao trabalho de estar atentos aos outros.
«No fundo, no fundo, acho que todos somos transparentes, se nos dermos ao trabalho de estar atentos aos outros.»
...aproveitando esta da maite - toda a gente já sabe como sou preguiçosa!:-> - respondo, tb, à lélé...;-)
...então é assim: eu diria, antes, de outra forma a frase citada...e diria: no fundo, no fundo, todos podemos ser transparentes se os outros se derem ao trabalho de estarem atentos e nos olharem...pra dentro!...é q aquilo q se vê, muitas vezes, depende mais de quem olha do q de quem é olhado...
...mas é claro q a menina ñ usa o palavão gajas - eu tb ñ usava, esta como outras, antes de começar a andar mal acompanhada...com estes gajos e gajas da net!:-> - e nem me passou pela cabeça colocar isso em dúvida, mas...nem pense q vou abrir um grupo p as damas de fru-fru, mas é q nem pense!!!;-)))
À Maite, obrigada pela resposta... Estava mesmo convencida que uma transparência era pelo simples facto de ser e não para uma finalidade qualquer (quem lhe a daria?)... No fundo, no fundo... onde é que isso fica? É lá que está o "coração"? E, se estar atento as outros é, sem dúvida importante, não será mais importante, quiçá mais trabalhoso, estar atentos a nós próprios? Bem, agradeço mesmo a resposta, obrigada e, já agora, eu sou gaja...
À Amok, também agradeço, pois claro! E não acho que aquilo que se vê depende mais de quem olha, mas sim que aquilo que se vê não é mais nem menos do que aquilo que quem olha vê, independentemente do que aquilo que na realidade lá está!
«E não acho que aquilo que se vê depende mais de quem olha, mas sim que aquilo que se vê não é mais nem menos do que aquilo que quem olha vê, independentemente do que aquilo que na realidade lá está!»
...ohhhhhh, gaja!!!...átão na foi isso mesmo q eu disse???!???;-)))
...quem olha vê mais o q quer do q aquilo q, realmente, lá está...às vezes, às vezes...;-)
[bem, 'tás desculpada...isso já deve ser do sono...pelo menos eu já 'tou mais pra lá q pra cá...;-)]
Não...
Amok_she, ontem nas notícias, vi o comício do Jerónimo de Sousa, (20 mil apoiantes???bolas) e logo pensei...a Amok_she deve estar aqui :))))
Cara Lélé
Tenho que admitir, prontus, que tem razão àcerca da "finalidade da transparência" (vejo que está atenta;), não tem nada a ver. À 1ª vista é uma expressão infeliz, porque desadequada. Mas o que eu queria dizer é que tendo nós a consciência que somos transparentes diante dos outros e os outros diante de nós (embora muitas vezes tentemos mostrar o oposto, ou os outros não nos ligam nenhuma e por isso nada vêem) são muito mais fáceis e gratificantes as relações interpessoais.
Bom dia
At 15/1/06 10:14, Maite said...
Amok_she, ontem nas notícias, vi o comício do Jerónimo de Sousa, (20 mil apoiantes???bolas) e logo pensei...a Amok_she deve estar aqui :))))
...por aqui se vê o qt a menina é dada a perder-se mais pelas formas q pelos conteúdos!:->
...se me lesse com mais atenção, e em especial nas 'polémicas murcónicas', teria percebido q sou alérgica a carneiradas!...essa dos comícios já foi chão q deu uvas lá prós idos da juventude da revolução - aí tb eu era jovem, (mais!) ingénua e cheia de utopias acerca do ser humano - e disciplinas partidárias são-me, ainda, mais difíceis de suportar q outras... tentei, por pouco tempo, mas ...tchau, ficamos amigos como dantes, mas eu ñ dou pra is(t)so!
...e já ag só um pequeno esclarecimento acerca do meu significado para o termo transparente...qd digo q sou transparente, e digo-o muitas vezes e em diversas circunstâncias, quero apenas dizer q eu não tenho pachorra para jogos...quer sejam de sedução, quer sejam de ilusão, quer sejam de engano puro...às vezes acontece ser eu a deixar-me seduzir por quem faz uso desses joguinhos, às vezes até parece q alinho, mas...farto-me com muita facilidade!, em especial qd mexem com muita hipocrisia...ou qd os jogadores ñ estão, todos, devidamente informados das regras do jogo...no fim vai dar td ao mesmo: eu sou ser de água...preciso de transparências...e 'cenas' limpas...
...oh lélé...Não...????...olhe q sim, olhe q Sim!!!;-)
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