13/05/05

E...o feminismo, hoje, é o quê...?

[Este foi o texto(zinho) que me falhou a postagem - na 2ªfª passada lá no Murcon!;-) - e que só por uma questão de arquivamento de memória o guardo aqui...]

«(...)Refiro-me, por exemplo, a colegas minhas, que em determinada altura decidiram suspender ou aligeirar a carga profissional para serem mães mais tempo.Porque lhes apeteceu,...Certo feminismo recusa este tipo de comportamento -como outros a nível sexual...-por considerar que reforça o estereotipo.», in Comentário do Prof. JMV, lá no seu Murcon

...não obstante esta realidade ser sentida em alguns meios (de classe média supostamente evoluida culturalmente) - apesar "dessa coisa" do feminismo, hoje em dia, ser o quê? - não deixa de ser, ainda, muito forte a pressão social que parece até estar a crescer de novo, sobre as mães que não abdicam da sua profissão para serem mães a tempo inteiro; ou que adiam, cada vez mais, o momento de ter o primeiro filho; ou desistem mesmo da maternidade porque entretanto o tempo foi passando e os projectos foram crescendo -nestes casos acho que a vontade da maternidade nunca foi muito presente, mas a coacção psicológica familiar/social acaba por ser tão forte que a mulher se recusa a assumir que ser mãe não era uma prioridade de vida e, quando deixa passar essa ideia, de imediato se sente a mulher mais desalmada...ou fazem-na sentir! - basta ter em atenção os artigos que visam abordar o tema da educação, da alimentação, da formação, do acompanhamento infanto-juvenil...já para não referir as temáticas à volta da adolescência e de problemas relacionados com qualquer tipo de adicção...parece que a "culpa" é sempre da mãe -egoísta!- que optou por trabalhar em vez de ficar em casa a tratar/alimentar/acompanhar/educar os filhos...

...e o pai!?...ah, o pai é para ganhar os €€€€€ que pagam os colégios que guardam as criancinhas enquanto as "dondocas" vão às compras para os shoppings!:->

...desculpem lá!, não pode haver feminismo, ou machismo, que possa determinar como cada um(a) pode e deve gerir as suas opções de vida, seja em que área fôr!...quer dizer: não pode!, não deve!, mas...é assim que as coisas continuam a funcionar e quem se atreve a "furar" essas regras paga a factura...social, familiar, emocional, mental...

...em todo o caso acho que, na situação portuguesa (que é a que mais me interessa de momento) a opção de trabalhar, ou ficar em casa, ainda não se coloca para a maioria da "quota feminina"...o factor económico ainda continua a pesar sobre a decisão da mulher: muitas quereriam ficar com os filhos, mas não é por pressões feministas que o não fazem!, é mesmo porque o que o pai ganha não chega nem para pagar os livrinhos do ensino obrigatório e grátis(???:->), entre outras coisas, quanto mais colégios ...já para não referir o crescente número de mães que têm de assumir os dois papeis: de mães e de pais!
09.05.2005

[...um dia destes vou ter de trazer aqui aquela questão dos pais que se vêem impossibilitados, regra geral com a "benção" dos tribunais de família, de serem pais e mães ao mesmo tempo...uuoopss, ñ é bem isto q eles querem, só pedem para serem pais!...pudera!;-)...estou a brincar um pouco, é certo...porque é, realmente, importante o problema dos pais q são arredados da educação dos filhos e de lhes acompanharem o crescimento...um dia destes...]

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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

2 comentários:

Anónimo disse...

Pegando apenas numa questão, CONCORDO inteiramente com o facto de o factor económico ainda continuar a pesar sobre a decisão da mulher - em Portugal, onde não existem subsídios para apoiar as famílias ou estrturas similares.

Continue amok_she pq este é um multitema de peso, senão o tema mais crucial da sociedade portuguesa.

amok_she disse...

...o problema é q, genericamente falando, os q estão na mó de cima esquecem com frequência q existe uma mó de baixo...

...há quem diga q Portugal é Lisboa e o resto é paisagem, mas muitos pensam (e parecem convencidos!) q Lisboa (ou mesmo Porto e pouco mais) é Portugal ...e o resto q se lixe!...

...uma sociedade q perde o sentido da(s) realidade(s) existente(s) é uma sociedade a caminho da morte...isto se acreditarmos q vida é VIDA e ñ mera sobrevivência...