12/09/04

Ah, caro Vasco... és teimoso, mesmo, heinnnn!?!:->

(...irás desculpar-me, mas achei melhor não continuar a fazer dos comentários do teu blog uma extensão dos fóruns...assim com'assim este blog já é um bom depósito de patetices...pelo que podemos continuar nessa onda...:->)

Compreender, ou não compreender, alguém não passa tanto por psicologismos, nem tão pouco por julgamentos de carácter, ou juizos de valor. Repara que estou a dizer compreender alguém!... é que compreender pressupõe, desde logo, desejo de aceitar esse alguém, ora ninguém aceita o que não entende, né!?...eu, pelo menos, tenho sérias dificuldades em aceitar o que não entendo, por isso sou tão "questionadora"!;-)

Dado que não tenho bases, nenhumas, do foro da psicologia e menos ainda me pretendo juiza do meu semelhante, pouco mais me resta senão interpretar pelos meios que tenho ao alcance e aqui pouco mais nos resta que interpretar leituras. Ora quando refiro "o que leio de ti" para basear a minha "incompreensão de ti" não estou, nem me passa pela ideia, ajuizar-te ou, sequer, avaliar-te...é tão só isto mesmo: não entendo!...não entendo a incongruência da tua postura em relação a determinado assunto e só nesse!...e se outros assuntos suscitam em mim incompreensão, aí manda a minha lucidez identificar essa incompreensão à luz da minha ignorância. Ora, nesses casos, nunca me viste "discutir" contigo, pois não?

É claro que, de há muito, interpretei essas incongruências e manifestos de injustiça como sendo resultado dos afectos que só a ti dizem respeito. Por mais que a tua teimosia seja irritante por insistires em que te sejam aceites essas posturas, quando mais lógico seria "calar o assunto e cada um ficar na sua", mas não!, queres apesar de tudo que te reconheçam a razão, a ti!, e aos outros seja reconhecida a inverdade e a injustiça. É contra isso que me bato e não contra ti, ou contra os teus afectos. Bato-me pelo direito de reconheceres aos outros - e, agora, em especial a mim! - o direito de estar a ver algo que tu não estás...por opção, ou incapacidade, é contigo! Se eu aceito o teu direito a defenderes o que para mim é indefensável, reconhece-me, ao menos, o direito de eu não reconhecer essa tua verdade...porque a não entendo!

E repara que, aqui, de nada (me) serve o conhecer (no sentido literal/físico) as pessoas. Ou para poder formar ideias sobre as mesmas teria que, não só lhes ler as palavras, mas também lhes ouvir os sons, lhes ver os olhares, lhes "espiar" os gestos. Ora, isso não é possível, nem me interessa, assim só por si...Da mesma forma que algo nos faz dar atenção a certas pessoas que nos passam pela frente e a outras não, também aqui só damos atenção ao que nos cativa a atenção/interesse. E se, aqui, o que temos é a escrita, como não formar ideias com base nessa escrita? Como não interpretar o autor pelo que escreve? Como imaginar alguém honesto, quando as palavras destilam má-fé, velhacaria, sacanice, cretinice, pulhice, e muita, mas mesmo muita, paranóia!? E se isso é feito e refeito e tornado a fazer...queres que eu dê o benefício da dúvida de que, quem assim escreve, é uma pessoa integra, para lá dessa escrita? Desculpa, mas...com psicologismos, ou não, a escrita por mais que se invente transmite sempre algo do seu autor...pela positiva, ou pela negativa!, é assim a modos como um espelho...é preciso, depois, é saber "ler"...e olha que eu, nos bons anos que levo destas leituras...pouco me tenho enganado quando passo ao olhos-nos-olhos!:->

É por tudo isto que eu preferia que não insistisses em me fazer ver uma verdade que é só tua...É por isso que eu lamento não conseguir concentrar a minha disponibilidade na tentativa de te entender, já que insistes em me desconcentrar...:->


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Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?,WW

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