19/09/04

POEMA


o tempo não sabe nada

o tempo não sabe nada

o tempo não tem razão

o tempo nunca existiu

é da nossa invenção



se abandonarmos as horas para nos sentirmos sós

meu amor o tempo somos nós



o espaço tem o volume

da imaginação

além do nosso horizonte

existe outra dimensão



o espaço foi construído sem princípio nem fim

meu amor tu cabes dentro de mim



o meu tesouro és tu

eternamente tu

não há passos divergentes para quem se quer encontrar



a nossa história começa

na total escuridão

onde o mistério ultrapassa

a nossa compreensão



a nossa história é o esforço para alcançar a luz

meu amor o impossível seduz



o meu tesouro és tu

eternamente tu

não há passos divergentes para quem se quer encontrar

Jorge Palma




***...***...***
(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW

1 comentário:

cristina disse...

As coisas que se descobre quando se anda à procura de um post! Em 2004 eu ainda não andava por cá, por isso, ainda não tinha visto isto.

«Eternamente Tu» - como eu gosto desta música!
Tum
turu tutum turu-ruru-rurum
turu tutum turu-ruru-rurum
[isto sou eu a cantar o baixo! :)]