, DI CAVALCANTI
«(...)Nada a fazer, há que fingir que é fingimento a não existência da dor, nada a fazer, mais nada a fazer.(...)»
disakala
***
Ciumento, Terno
Ciumento, terno, inquieto,
como um sol divino amava.
Matou-se o pássaro branco,
porque ao passado cantava.
Entrava ao poente em meu quarto:
"Ama-me e ri, escreve versos!"
Enterrei o alegre pássaro
além da fonte, ao pé do tronco antigo.
Prometi-lhe não chorar.
Tenho em pedra o coração.
E é como se em toda a parte
ouvisse a doce canção.
Ana Akhmátova...
...pseudónimo de Ana Andreievna Gorenki nasceu nos arredores de Odessa em 1889 e faleceu nos arredores de Moscovo em 1966
29/03/04
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