"Sem excepção, um eco rude e inconfudível de «Viva la Muerte!»"
«Mas também nas bombas ocidentais sobre Bagdad, nos tanques israelitas em solo palestiniano, na carnificina de Ariel Sharon em Sabra e Chatila, na guerra como continuação da política, no terror pelo terror, no sangue pelo sangue. Sem excepção, um eco rude e inconfudível de «Viva la Muerte!». Sempre essa celebração da monstruosidade humana, quando algo de essencial e necessário é violentamente usurpado: sem pré-aviso e sem retorno. Foi este grito, tragicamente familiar, fatalmente claro, que hoje soou em Madrid. Um «Viva la Muerte!» partilhado também por uma direita canalha e imoral que explora os cadáveres como munição política de legitimação ou ofensa. O «Viva la Muerte!» como paroxismo daqueles que sentirão o sabor do sangue seco dos mortos quando a poeira das bombas assentar em Madrid. Apenas e só até ao «Viva la Muerte!» que se segue.»
Sous Les Paves, La Plage
sexta-feira, 12 de março de 2004
Por TBR às 20:44
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