A mania que os homens têm...
...como se, para criticar a (in)competência profissional duma mulher, fosse necessário recorrer a coisas que nada têm a ver com o desempenho a esse nível...como se a um homem, na mesma situação, lhe fossem apontar o tamanho do pirilau, ou aquilatar das suas capacidades na cama...machismos, é o que é!
Macroscopio: O escarro da democracia, como diria Garcia Pereira - o advogado capitalista (dos pobres)
Macroscopio: O escarro da democracia, como diria Garcia Pereira - o advogado capitalista (dos pobres)
14 comentários:
Sem ir ler o texto que referes eu responder-te-ia qualquer coisa como: e não apontam?! A crítica do não tem nada que ver não paira exclusivamente sobre o universo feminino!
Mas fui ler o texto... Não percebi a tua indignação! Ele não a está a criticar por ser mulher, mãe de filhos, cozinheira e amiga dos animais! Ele critíca-a - como toda a gente! - por aquilo que ela demonstrou: um carácter «salazarengo, pidesco». A história da senhora ternurenta veio apenas para concluír que as aparências iludem!
On ne parle jamais aussi bien de "soi" lorsqu’on prétend parler des autres, ou d’un(e) autre. Edifiant ! Le vieux mécanisme des "projections" fonctionne à merveille. Ce Macroscopio dispose d’une capacité de haine absolument remarquable. Pour dire quoi au final ? Pas grand-chose. A propos comment s’appelle la dame en question?
alberto
Je voudrais ajourer que je n'ai pas de doute quant au machisme du texte.
alberto
A senhora chama-se Margarida Moura.
Eu até fui ler o texto novamente... Machismo?! Mas vocês acham que se estivéssemos a falar de um homem a desconsideração deria menor?! Que digam que ele demonstra um desprezo desmezurado ou qualquer coisa do género, ainda vá lá; agora machismo?! só porque pintou - e vou-me repetir - a mulher ternurenta, mãe de filhos, cozinheira e amiga dos animais!
Está a escapar-me alguma coisa...
Desculpem, Margarida Moreira.
Florilégio de invectivas de carácter machista:
"Tem cara de quem gosta de aos domingos pressionar o marido a ir comer duas pratadas de cozido a um qualquer restaurante enfarta-brutos"
"Esta senhora na rua ou na padaria, na peixaria, no talho, no cabeleireiro, num subúrbio qualquer diria, naturalmente, que é uma mãe de família"
"O que justifica quela papada-zinha, apesar do olhar - se não for falso - ser terno e meigo"
"Boa cozinheira, amiga do gato, do cão e do piriquito, asseadinha, talvez expert em croché ou mesmo porteira dum prédio das avenidas novas".
"Aposto também que coze as cuequinhas e as meias ao marido e zela pelo lar e décor da casa"
"Amiga e leal e boa esposa de família"
"Filiada nalguma associação de protecção dos animais que sofrem ou dos cães atropelados que ficaram só com três patas"
"Provavelmente, gostará de algodão doce, apesar de poder ser diabética"
"Afinal, quem é esta mulher? O que fará ela em Portugal? Solicite-se, com carácter de urgência, ao MAI e ao SEF - e mande-se investigar o seu passaporte..."
Precisa-se de mais para designar especificamente um género, que neste caso é, claro, o género feminino?
PS "mande-se investigar o seu passaporte..."??!!
En outre un discours qui discrimine l’autre selon la condition sociale ou le sexe "Porteira", "subúrbio qualquer", "restaurante enfarta-brutos" etc :
est un discours discriminatoire, voire raciste dans n’emporte quel lieux moindrement civilisé.
Inacceptable !!
Le monsieur au verbiage "BC" "BG" prétend parler au non des valeurs démocratiques; un comble !!
O Alberto disse quase tudo com as citações escolhidas...é q, além de satirizar a dita senhora e as mulheres em geral como pessoas, tb o faz na sua condição de mães, donas de casa, esposas...e desde qd é q se aquilata do carácter duma pessoa - mulher, ou homem - pela cara????
Ó meus amigos!
O Alberto basicamente transcreveu todo texto do Macro... - pode não parecer, mas eu sei ler!!! :) Dir-me-ão que todo o texto mereceu ser citado, pois todo ele é machista... Não acho, mas isso eu já tinha dito...
Eu não disse que o texto não é ofensivo, eu só não o acho machista - pelo menos tão indignadamente como vocês... Mas já que temos excertos isolados, vou aproveitar. Há alguns em que percebo o vosso ponto de vista - não me escandalizo, mas percebo. Mas onde está o machismo em:
- "O que justifica quela papada-zinha, apesar do olhar - se não for falso - ser terno e meigo"
- "Filiada nalguma associação de protecção dos animais que sofrem ou dos cães atropelados que ficaram só com três patas"
- "Provavelmente, gostará de algodão doce, apesar de poder ser diabética"
- "Afinal, quem é esta mulher? O que fará ela em Portugal? Solicite-se, com carácter de urgência, ao MAI e ao SEF - e mande-se investigar o seu passaporte..."
Quanto ao aquilatar do carácter pela cara... era uma piada! - de mau gosto, dirão vocês... Foi um texto escrito sob o ditado: "quem vê caras não vê corações"! A sério que não acham que estão a exagerar na reacção?!
Olha, Cristina...esta coisa das leituras é como tudo: cada um lê o que quer! Tu fazes a tua interpretação, quiçá à luz duma ausência de sofrer na pele os efeitos do machismo, eu leio doutra forma e entendo q a crítica à atitude da senhora ficou completamente diluída naquela fantochada à volta das pretensas qualidades, da dita, como esposa, mãe, dona de casa, mulher...e afins!
Tu interpretas à tua maneira e eu à minha...e o Alberto interpretou à luz dos seus princípios de revolucionário e, diria mais, à luz da sua progressista inteligência mas, isto sou eu a dizer...q tenho mt mais atracção por homens modernos... talvez pq sejam raros!
No entanto, sempre me salta uma curiosidade: q raio acharás, tu, q é ser machista??? Se calhar achas q, para ser machista, é preciso dar porrada na mulher?!?
O q eu te digo é q, como mulher/ mãe/esposa/dona de casa (a contra-gosto)...'já entrada'; 'anafadinha'; 'com papada(zinha)'; ainda não 'avó',mas com idade para isso; razoável 'cozinheira' sem q, por isso, faça grandes comezainas, pelo q o 'anafadinha' nada tem a ver; 'suburbana', apesar de ñ ser frequentadora do talho, da mercearia, da peixaria, ou sequer ser vista a andar pela minha rua, já q mal saio de casa entro no carro; 'amiga do gato'(dos gatos!, do cão e do piriquito, dispenso); 'asseadinha' q.b.; sem ser 'expert em croché', ou qq outra habilidade manual; não sendo 'porteira em qq prédio das avenidas novas' (e desde qd a classe média se emprega como porteira de prédios da classe média?); não gostando de 'pressionar o marido' para o q quer q seja (pq odeio ser pressionada por marido, ou outro macho qq) e menos ainda para uma 'pratada de cozido' (qt mais duas) e menos ainda para restaurantes de 'enfarta-brutos' q, com a mania das dietas e das comidas light, dificilmente me veriam num desses restaurantes; tb ñ cozo cuequinhas e meias minhas, qt mais do marido (era o q mais me faltava!); tb m'estou marimbando para o 'décor da casa', desde q funcional; e tb ñ agendo férias, impondo-as à família, já q férias são férias e cada um determina como as deve passar melhor; tb ñ faço orçamentos caseiros q eu e os números somos como cão e gato; ñ sou filiada em nenhuma 'associação de protecção dos animais', nem dos de três patas; ñ dou para peditório nenhum; ñ como algodão doce e ñ sou diabética...me senti extremamente vexada pela caricatura feita da mulher portuguesa, não de classe média q o não sou, mas do povinho!!! Porque a ideia foi essa mesmo: achincalhar uma mulher de classe média - um quadro superior - comparando-a, no seu dia a dia, com uma trabalhadora não-qualificada e, ñ lhe bastando todas aquelas figurações ainda lhe descaiu o pé pró chinelo associando-a a uma porteira de prédio das avenidas novas. O resultado foi ter achincalhado...as duas! e se isto ñ é machismo eu vou ali e já volto!
Já agora, ocorre-me uma coisa, digamos q uma analogia: imagine-se q eu, pela leitura q faço dos textos do Macro - mesmo daqueles com q partilho pontos de vista - e pela forma como ele se exprime me permito, na minha interpretação, afirmar q, os mesmos e os termos em q são escritos, espelham um homem frustrado; de mal com a vida e com as mulheres; q destila veneno por reacção ao facto de se relacionar mal com as fêmeas; q, afectado por uma qq insegurança, a disfarça ostentando uma arrogância e uma sobranceria para com 'o outro' em geral; q tentando mostrar-se um ser superior ñ passa, afinal, dum homem corroído pela má imagem q tem de si mesmo...imagine-se isto tudo com base, apenas, na leitura dos textos do Macro!..e q, ao invés de o escrever numa tónica de suposição, o afirmava como 'o homem é!', imagine-se...havia de ser giro!, se o q escrevi sobre os profs foi considerado ofensivo, imagine-se isto:=»...e se ñ era ofensivo era, pelo menos, ridículo!, como ridícula será qq presunção feita com base numa interpretação de sensações e não de factos!, pq os factos ocorridos apenas conferem honestidade às considerações acerca da postura profissional da senhora, nada mais q isso!
Sim, sim, cada um tem a sua interpretação...
E presumo que o elogio da «progressista inteligência» do Alberto não seja uma depreciação da minha ;)
Ser machista... pressupõe ter uma intenção demeritória ou limitada naquilo que se diz. E não, não acho que isso tenha acontecido no texto do Macro, pelo menos de forma que não pudesse acontecer no masculino (devidamente adaptado). Foi apenas uma construção caricatural da figura da mulher inofensiva. Por contraponto, teríamos o homem garanhão. Isso são imagens generalizadas! Erradas! - sim! Mas - mais uma vez - ele não disse que assim é que devia ser! É apenas uma alusão a uma espécie de imaginário colectivo. Não é uma apologia do mesmo!!!
Se não for pedir de mais, dá para me tentarem explicar onde está o machismo nos pontos que seleccionei acima? Só para ver se não permaneço ignorante/ingénua! :)
Quanto à crítica não factual...e pela milionésima quinta vez! - a crítica que ele faz à senhora não tem por base ela ser ou não a tal fada do lar!!! A crítica vem depois dessa polémica toda!
Não, minha cara, o meu elogio da 'progressista inteligência', do Alberto, apenas pretendia contrapo-la à machista do Macro... entendidas?
Não confundas! Machismo é o denegrir da mulher e dos seus papéis na sociedade, é menospreza-la por esses papéis, é subestimar o seu desempenho profissional e exigir-lhe uma capacidade acima da média para poder ser, minimamente, reconhecida...se a um homem se exige 50 à mulher, para o mesmo efeito, exige-se 100... machismo é, à mínima falha, ir buscar todas aquelas imagens ridiculas e achincalhantes q o Macro usou, ñ para criticar - dizes bem, pq crítica ñ se faz assim - mas para diminuir, achincalhar e ridicularizar!...quando, afinal, tantos casos como esse - de perseguição levada a cabo por quem está na mó de cima - existem por essas empresas fora sem q, por esse motivo, se coloque em causa, via exposição grotesca, as vidas pessoais desses perseguidores...
E depois, o q mais me irrita nesta idiota discussão é q andamos pr'aqui, há q tempos, a discutir o machismo do Macro - coisa de somenos importância e q apenas me mereceu um postezinho semi-provocador com umas pitadinhas de ironia...nem sarcásmo era! - em vez de se discutir pq raio nos tempos q correm ainda é possível suspender-se e inquirir-se um funcionário por ter feito um comentário de mesa de café...?oh c'um caraças!
E, se queres saber...cheira-me q esta treta toda tem mais a ver com politiquices de capoeira - com os galos a entrar em 'depressão' por terem uma gaja a mandar neles e, por outro lado, por terem sido arredados do poleiro, por outros galos - do q outra coisa...
A senhora teve um ataque se excesso de zelo? Ah pois teve, mas qts de nós ñ sofreu já na pele esse tipo de ataques do funcionalismo público, às vezes com efeitos bem mais nefastos do q este por certo terá para o coitadinho do suspenso...tal é o regabofe q já vai nas hostes ps's às aranhas com a imagem pública do seu 'primeiro'...
Era o que eu pensava! ;) Entendidas, pois claro!
«se coloque em causa, via exposição grotesca, as vidas pessoais desses perseguidores..»
- Ele não está a pôr em causa o que quer que seja da vida da senhora! Se ela for, de facto, como a imagem que ele pintou que problema há? E se não for?... Nenhum, certo?!...
«discutir o machismo do Macro - coisa de somenos importância e q apenas me mereceu um postezinho»
- Mas, de facto, tu é que lhe deste importância! Eu até comecei - sem sucesso! - por tentar relativizar a coisa.
«em vez de se discutir pq raio nos tempos q correm ainda é possível suspender-se e inquirir-se um funcionário por ter feito um comentário de mesa de café...?»
- O que acontece é que isso não tem discussão! :)
«os galos a entrar em 'depressão' por terem uma gaja a mandar neles»
- Isso já é a mania da perseguição, não? :) Mas, é claro, que isto sou eu a falar - eu que não sei nada da vida real! ;)
«qts de nós ñ sofreu já na pele esse tipo de ataques do funcionalismo público»
- :) Pois, não sei... Mas não é pelo facto de haver outros que se há-de minimizar este!
Enviar um comentário