06/04/04

"Lá Fora"

...pronto, fui ver o filme!...eu e a minha mania de, pelo menos tentar, não ser preconceituosa com o cinema português...saí de lá sem entender...nada!...quer dizer: não é bem "sem entender nada"...o problema é estar, sempre, à procura do que "o outro" quer dizer - neste caso, o realizador...o contador da "estória" - e "aquilo" não tinha "estória" nenhuma...mas, enquanto o filme ia avançando - criticismo aparte e eu nem entendo patavina de cinema! - fui começando a "entrar" nele...no filme!...afinal de contas até tinha "estória"... melhor, continha pistas para uma infinidade de "estórias"... não digo que "a coisa" está bem contada, sei lá!, não percebo patavina de cinema, já disse!, mas...ainda bem que só li o E.P.C. depois de ter saido do cinema...é certo que lê-lo me tranquilizou...fiquei mais tranquila pensando que, afinal, não sou só eu, mas...confesso!...ainda não "vi" aquilo tudo que ele viu...no entanto gostei/concordei com isto:

«A grande interrogação do filme tem a ver com essa recusa dos rostos simétricos em que a parecença crescente elimina a estranheza de que se alimenta o amor. Neste filme o sexo está presente em tudo sem nunca ser visível: é uma dobra do que se passa lá fora, é uma ferida no que se passa dentro.
(...)
Amar sem tocar, tocar sem amar, são a contradição desmedida onde a paixão se inscreveE.P.Coelho, in Público

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