25/11/05

Murcon: À portuguesa...

Murcon: À portuguesa...

4 comentários:

amok_she disse...

Xuana disse...

Sou uma antiga aluna da escola António Sérgio, onde as duas alunas estudam. Actualmente sou estudante de direito, talvez pela marcante existência de tais paredes. Na qualidade de antiga aluna, nunca poderia concordar com as afirmações de Miguel Sousa Tavares, que certamente desconhece a realidade do lado dos estudantes. Não deixo de olhar com um laivo de orgulho para a situação... Por saber que os estudantes da António Sérgio fazem parte de uma nova geração, que dá valor aos sentimentos e que de facto não cria compartimentos, pequenas divisórias e sub divisórias para o Amor.
Sei, porque a "Lei Anti-abraço" não mostra mais do que a irritação do Conselho Executivo, a irritação dessa “gente educada”…
Estou certa de que polémica foi a naturalidade com que o corpo estudantil encarava os “afectos” como descreve MST, obrigou-os a tomar “medidas drásticas”... Talvez numa tentativa de os “educar” (aquela treta da moral e bons costumes).
A António Sérgio foi onde aprendi a exercitar a democracia, onde realmente utilizei os instrumentos que nos são permitidos. Fomos a Associação de estudantes, da Assembleia de Escola, do Conselho Pedagógico, fomos representantes da colectividade de escolas na Assembleia Municipal de Gaia de Uma Plataforma estudantes à revelia da FNAES. Aprendi a questionar, tive a sorte de partilhar com bons amigos experiências que iriam mudar a minha maneira de ver o mundo e com um certo orgulho paternal, influenciar a de tantos outros...
Organizamos o primeiro debate daquela escola sobre homossexualidade (por isso a luta já vai longa...já que eu já vou na 5ªinscrição da faculdade) onde convidamos membros de associações gay para um debate informal. Um primeiro ataque á mentalidade e obtivemos uma resposta fantástica e desfizemos mitos. Irritamos muita gente também com as nossas manias...
Mostramos maneiras diferentes de ensino, quando convidamos José Pacheco a partilhar connosco a sua experiência na Escola da Ponte, editamos livros com pensamentos de alunos... Aprendemos a pensar juntos e partilhámos com toda uma escola o que nos ia na alma, sentimos aquela felicidade de sentir que conseguíamos mudar alguma coisa, questionar e motivar as pessoas a compreender o espaço social que é a escola para além das aulas. A escola é a nossa introdução no mundo social, é o nosso mundo social naquela idade. É onde estão os nossos amigos, as nossas relações...
Daí quando digo que discordo de Miguel Sousa Tavares, sinto-o de uma forma muito pessoal, porque me irrita a distância para com as pessoas. A atitude do conselho executivo não espelha de forma alguma o que a António Sérgio acredita muito menos a de Miguel Sousa Tavares.
Orgulho-me porque vejo que o espírito da António Sérgio não mudou e a Associação de Estudantes mais uma vez apoiou o direito á diferença. Daí o orgulho paternal, pois apesar dos 5 anos de diferença, tenho orgulho nesta nossa geração de irmãos mais novos. Que continua a agarrar todas as oportunidades que o sistema nos permite para dar voz ás pessoas que somos. Há quem diga que somos educados “para” a cidadania, agrada-me ver que ainda há uma escola que se educa “na” cidadania, sem a ajuda dos professores. (Infelizmente).
Sinceramente não me podia interessar menos o que o Miguel Sousa Tavares pensa acerca delas, o que realmente me importa é que a mentalidade mudou! Nós, como humanos compreendemos que não há nada de diferente, na substância são os mesmos sentimentos partilhados por todos e que nos negamos terminantemente a aceitar que nos imponham uma "lei anti-abraço"!

1:13 AM

Alberto Oliveira disse...

Uma geração que sabe explicitar assim o seu direito à democracia (onde a diferença parece ter um papel de actriz secundária), não me deixa envergonhado. Pelo contrário; dá-me algumas esperanças* que a utopia não desapareça de vez do dicionário da vida.

*Embora a minha experiência da dita, me diga que não há milagres.

Beijos.

PS: Aquele pedaço de prosa "... ainda há uma escola que se educa para "na" cidadania, sem a ajuda dos professores. (Infelizmente).", dá que pensar não é?!

amok_she disse...

PS: Aquele pedaço de prosa "... ainda há uma escola que se educa para "na" cidadania, sem a ajuda dos professores. (Infelizmente).", dá que pensar não é?!

...dá, dá e muito!, mas...eu diria antes «ainda há uma escola que se educa para "na" cidadania, sem a [des]ajuda [de alguns]dos professores.»

Anónimo disse...

as estudantes, as mulheres, o beijo delas, os nossos beijos, a malta, a malta cusca, o miguel, que ganha a vida a cuscar, os cães a ladrar e a caravana a passar, as meninas a correr, os cavalos a saltar, quem será a mais bonita que se vai esconder?
tanta treta
mas que todos vivam como melhor entenderem, sem chatear.
mas pq é q um beijo chateia alguém?