E lá voltamos à vaca fria IV
Eu até preferia continuar a tentar acreditar que aquilo não passava dum diário de desabafos, com algum humor incluido,é certo!, mas...
Não me parece e firma-se mais a ideia do tipo de Profs que 'habitam' as nossas escolas e participam (ou deviam participar!) na formação dos nossos jovens. Com Profs acagaçados que se pode esperar da juventude??? Repare-se que eu digo formação e não educação que é uma coisa que os ofende muito por parecer ser um dever exclusivo do pais...e quem não tem pais? e quem não tem pais capazes para educar? ...extermina-se? quem: os pais, ou os alunos?
Aliás, começo a achar que enquanto não se decide acabar com tudo à bomba, talvez fosse boa ideia começar pelo extermínio! Já que os condomínios fechados parecem não funcionar e um dia destes os muros também vão mostrar-se inoperantes perante as massas ignaras e brutas, talvez fosse uma ideia começar por exterminar aqueles alunos que obrigam os pobres dos Profs a ficarem lé-lés da cuca. Deixo, desde já aqui o reparo que não é ideia minha esta, de serem os alunos que deixam os Profs lé-lés da cuca. Cá pra mim é mais a incompetência deles aliada a uma feroz dose de corporativismo arcaico qua ainda se mantém e os não deixa ver a realidade. Isto aliado à natural inapetência do poder para permitir o acesso das massas à cultura! É claro! Um povo culto é muito menos manipulável...até o Salazar sabia isto muito bem!
[Curiosamente, isto faz-me lembrar dos meus tempos de escola, tempos da 'outra senhora' e quando ainda havia Professores!, lembro-me bem que nem todos eram acagaçados - no tempo em que havia razões para se ter medo, cara Prof! - e nos falavam de coisas...proibidas! E, no entanto, ainda há Professores, uma minoria como dizia há dias o Pacheco Pereira, porque a profissão está muito degradada...por grande dose de responsabilidade dos próprios Profs, digo eu!]
Não me parece e firma-se mais a ideia do tipo de Profs que 'habitam' as nossas escolas e participam (ou deviam participar!) na formação dos nossos jovens. Com Profs acagaçados que se pode esperar da juventude??? Repare-se que eu digo formação e não educação que é uma coisa que os ofende muito por parecer ser um dever exclusivo do pais...e quem não tem pais? e quem não tem pais capazes para educar? ...extermina-se? quem: os pais, ou os alunos?
Aliás, começo a achar que enquanto não se decide acabar com tudo à bomba, talvez fosse boa ideia começar pelo extermínio! Já que os condomínios fechados parecem não funcionar e um dia destes os muros também vão mostrar-se inoperantes perante as massas ignaras e brutas, talvez fosse uma ideia começar por exterminar aqueles alunos que obrigam os pobres dos Profs a ficarem lé-lés da cuca. Deixo, desde já aqui o reparo que não é ideia minha esta, de serem os alunos que deixam os Profs lé-lés da cuca. Cá pra mim é mais a incompetência deles aliada a uma feroz dose de corporativismo arcaico qua ainda se mantém e os não deixa ver a realidade. Isto aliado à natural inapetência do poder para permitir o acesso das massas à cultura! É claro! Um povo culto é muito menos manipulável...até o Salazar sabia isto muito bem!
[Curiosamente, isto faz-me lembrar dos meus tempos de escola, tempos da 'outra senhora' e quando ainda havia Professores!, lembro-me bem que nem todos eram acagaçados - no tempo em que havia razões para se ter medo, cara Prof! - e nos falavam de coisas...proibidas! E, no entanto, ainda há Professores, uma minoria como dizia há dias o Pacheco Pereira, porque a profissão está muito degradada...por grande dose de responsabilidade dos próprios Profs, digo eu!]
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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW
1 comentário:
Nesse tempo da outra senhora, que por acaso também é foi meu tempo, os professores viviam tão acagaçados como agora; a diferença residia ao nível do poder que se tinha relativamente aos alunos.
Nunca quis possuir tal poder. O de humilhar. De destruir.
Estou nesta nesta profissão porque gosto dela, porque gosto de ensinar, gosto da matéria que ensino, gosto daqueles que ensino. Estou nela há muitos anos, mais de duas décadas, o suficiente para me aperceber das mudanças que se têm vindo a sentir. Primeiro, o ministério da educação deixou de educar e desobrigou-se de professores e alunos. O ministério é o nosso patrão e odeia-nos.
Segundo, os alunos relacionam-se com os professores como com os pais: sem qualquer respeito. Aliás, os alunos não dominam este conceito. Não é possível educar uma pessoa que grita, grita e não ouve nem quer ouvir.
O mundo mundou, a escola não consegue acompanhar essa mudança, porque é incompatível. Não posso aceitar o calão, a gíria, a desorganização, o caos. Isso não seria escola. E este é o conflito da escola actual.
Quanto a professores e professoras, há-os muitos bons, muito bem formados ao nível pedagógico, didáctico, científico, como nunca houve no tempo da outra senhora. O problema está no público alvo.
Se tivesse filhos, estudariam na escola -pública, porque é lá que estão os bons professores. Nas privadas estão os que não entraram para a pública, e igualmente acagaçados, desde sempre.A escola privada garante é melhores meninos, não melhor educados, mas mais psicotratados, melhores turmas, mais condições, mais ocupação de tempos livres.
Há hoje razão para se ter medo nas escolas. como munca, porque, cara Amok, no tempo da antiga senhora havia emprego para um professor exonerado, e hoje não. Um professor exonerado, que passa para os excedentes e tem a vida muito complicada. Há medo porque há vigilância. E as pessoas têm medo de falar dentro das escolas, porque têm medo de perder os empregos. Outra coisa é fora das escolas...
Por outro lado, os sindicatos perderam poder negocial porque a administração é surda e muda. Estamos no tempo da antiga senhora mascarado de democracia.
Criei este blogue, minha senhora, porque estou cansada de ver os professores que trabalham que nem mouros e são tratados que nem escravos, serem gozados e menosprezados pelo governo, pela Imprensa, pela Opinião Pública. Porque isso é uma tremenda injustiça. Faz-me sofrer. Quero que saibam como é o quotidano de um professor de uma escola pública. De um professor que não é burro nem medricas e que adora ser professor.
Muito obrigada.
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