Existem "dois" Portugal:
Um fictício e para inglês ver, feito de infra-estruturas
exorbitantes e desnecessárias, belas auto-estradas, grandes estádios de futebol etc. etc.
que servem uma ínfima minoria da população,
outro, bem real, virado para as traseiras, feito arredores de
cidades, onde coabitam, num urbanismo leproso e caótico,
e uma densidade de população que faz medo,
ignorância, miséria, injustiça e uma violência que desconhecia.

Mas não quero perder a esperança de que as coisas venham a mudar,
ainda que entretanto, comece a acreditar que a grande mudança virá menos
das periferias, que de um centro seja ele mais simbólico que real...

Alberto

É claro que virá desse tal centro, o tal que se manifesa ainda, mesmo que seja composto à custa de alianças apenas fundamentadas no interesse económico...afinal que move o mundo de hoje?!?

Quanto ao resto - ao país real? - que mais se pode esperar no meio de tanta ignorância e miséria a gerar a injustiça e muita violência...? Afinal de contas não é para isso que se quer um povo burro, senão para o tornar amorfo, passivo e estúpidamente violento?!...usasse, este povo, a sua raiva num sentido positivo e inteligente e os abutres veriam onde fariam seus ninhos, mas..."é a humanidade, estúpido, é a humanidade"!

Isso faz-me lembrar o que, há dias, alguém me dizia: "imagina, pr'ai uns oitocentos gajos, daqueles empurrados por circunstâncias várias para as franjas marginais da nossa sociedade(zinha), a entrarem num dos feudos do Belmiro e a encherem os carrinhos de alimentos e...desatarem a sair 'porta fora' sem pagar!??"...confesso que adoraria ver!:=>...e porque será que isso não acontece...?

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(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW