[...antes de mais, gostaria de esclarecer que o texto que tanto apreciaste não é da minha autoria. Tal como vem referido, no final, o seu autor é um dos nossos escritores com a pena do humor mais refinada dos últimos tempos...pensando bem, há muito que não me lembro de aparecer alguém com aquele tipo de escrita e o MEC - Miguel Esteves Cardoso - anda por outras paragens...para mal da nossa sanidade mental!]
Um agradecimento especial...à 'greecyss'...
Não tanto pelas palavras amáveis, mas...porque me espanto sempre que alguém - que não me conhece, de todo! - consegue captar qualquer coisa de essencial (para mim, pelo menos) nas pobres palavras que 'rascunho'... e, nem aquele "pobres palavras" pretendem transparecer humildade (de que me sinto incapaz!), nem o espanto resulta do ego afagado!...o espanto prende-se, tão só, com a minha incapacidade para me fazer entender pelos que me são/estão próximos...assim, mesmo que este entendimento (o dos desconhecidos) seja apenas virtual (em todos os sentidos?), pelo menos dá-me a ilusão de que tal seria possível...
«(...)me gusta escribir, mucho. Es una especie de alternativa a la locura, como bien dijo una amiga.(...)»
Curioso! Um amigo meu também, em tempos, acreditava nisso; ou será que, antes, acreditava que era a loucura em si mesma!?...sei lá...para mim e apesar de todas as patetices que escreva a escrita será, sempre, o meu canavial...
nota: entende-se muito bem(!) o que escreves, só espero que também assim o seja com o que aqui se escreve...;-)
***...***...***
(Magritte)/"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW
4 comentários:
Escrever.......
escrever... Muito!.. até à exaustão!
E, aí, ahhhh.... chegaremos ao ponto em que olharemos "para baixo"...
E, onde veremos a loucura como escrita ou a escrita como loucura...
Mas.. onde, acima de tudo, nos veremos... sempre!
sobre os finais e sobre o amor, ou sobre o medo de cada um ou de ambos, recordo-me sempre de Dancer in the Dark (Lars von Trier). recordo-me também sempre do "conselho" da nesse filme Selma Jezkova, sair sempre na penúltima música.
Razão de ser
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Paulo Leminski
«sair sempre na penúltima música.»
Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.
Paulo Leminski
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